Filhos? Melhor não tê-los

Antes que muita gente comece a jogar tomates e latas no computador ( o que não aconselho, pois além de ser desperdício, o prejuízo será muito maior do que simplesmente mudar de site ou tirar este site dos seus favoritos), explico melhor: perante muitas situações que ando presenciando, chego a conclusão que melhor não ter filhos. Sim, imagine aqui, onde nós, estrangeiros, a estabilidade de um emprego pode ser instável de uma hora pra outra. Imagine ter um filho aqui - já começa na demissão da mãe, que tem que faltar quase sempre por causa de médicos e enjôos, então já chega ao chefe e pede demissão. Se não tiver pagando seguro-saúde? Cada ida ao médico é metade do orçamento que se vai! Imagine somente o pai trabalhando, a renda financeira cai pela metade e olhe lá! E também ter muitos gastos, preparando o dito enxoval, comprando isso e aquilo e ainda cuidar da casa! Daí, um belo dia, o provedor da casa recebe bilhete azul e daí a situação se entorta de vez!
Mas quando se salva de receber o bilhete azul, imagine a aflição do provedor quando recebe o salário - além de pagar as despesas habituais, tem as despesas com médico, seguro, os caprichos da mulher - sim, as ditas vontades de fora de hora, como a vontade de comer pudim de jaca as duas da madrugada ou beber suco de abacate com melão quando não é época de um ou outro.
O nascimento do rebento, vocês acham que é aquela alegria? Imagine a despesa do hospital! Se tiver pago o seguro, receberão 70% do valor pago ... daqui a três meses! Enquanto isso, as despesas aumentam - fraldas, fraldas e mais fraldas. E idas ao pediatra. Quanto a questão de fraldas, quando fizerem o dito "chá do bebê", peça às convidadas que presenteiem com fraldas. Nunca será demais. E se você for visitar uma mãe recém chegada do hospital, nada de flores ou doces - mais fraldas! O bolso vai agradecer e você também não fica quebrando a cabeça pensando no que vai dar para a visita.
Quem disser que a dor de cabeça terminou, lamento dizer que só é o começo.
Chega a fase escolar. Um tal de gastar aqui e ali com material escolar. E tem que ser daquele, não pode ser similar barato não! Nas escolas, os próprios colegas fazem competição pra saber quem tem coisa melhor e assim vai. Fora os ijimes que os professores fazem vista grossa e os pais acabam por podar a educação dos filhos.
Chego a triste mas sensata conclusão que: filhos, melhor não ter mesmo. Poderia ser uma alegria? Depende do ponto de vista. Se têm, melhor o provedor vir aqui, suar muito e juntar dinheiro para garantir o futuro dos seus rebentos em sua terra natal. Aqui, lamento dizer, para estrangeiros o preconceito é muito grande bem como a adaptação é lenta.
Digo isso porque todo dia escuto as pessoas dizerem que "a situação está feia, meu filho adoeceu, gastei uma nota com hospital, minha mulher não trabalha....".
Nessas horas que sinto-me aliviada em ter feito a opção certa, ao menos no meu ponto de vista.

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