Que você ainda lembra da sua infância?

Bom, essa pergunta seria questões gastronômicas.
Sendo mais direta: sabe aqueles doces suspeitos de padarias e botecos? Pois sim, atire a primeira cocada quem nunca gastou sua mesada (obtida a duras penas de ajuda de trabalho doméstico, como limpar o quarto, dar água pras plantas, buscar leite e pão e ficar com o troco) nessas guloseimas! Particularmente, por morar perto de uma padaria e três botecos, era inevitável ir lá nesses lugares e gastar os trocados em uma paçoquinha, maria-mole, cocada e outras besteiras que depois na hora da janta, os pais da gente faziam aquela guerra conosco pra empurrar comida goela abaixo. Quem tem mais de trinta como eu (caham) sabe do que eu falo.
Lembro-me do tempo do primário que a gente parava no boteco da esquina e gastava os trocados com pipoca doce (aquela de embalagem rosa-choque e parecia isopor), cocada de água, paçoca Campineira, pé-de-moleque, dadinhos Dizioli e por aí vai. Os pais olhavam torto pra gente, dizendo que vai saber de onde vieram esses doces, etecetera, mas quando a gente é criança, a gente nem tinha idéia do que seria Vigilância Sanitária e Controle de Qualidade. O negócio da gente era mesmo comer e se fartar. Quanto a dor de barriga e visita ao dentista, isso eram outros quinhentos...
Confesso que adoro esses doces de boteco, principalmente o dito creme de amendoim da Campineira. Aquela embalagem laranja e branco com dois bonecos dividindo o mesmo rosto e dentro aquele doce que se esfarelava na hora de pegar pra comer... Fazia a maior farofa, mas era delicioso! Pena que não fabricam mais. Bom, tem o similar, mas não é a mesma coisa. A Campineira eu comia três ou quatro de uma vez só, mas o similiar não passa de um. E os dadinhos Dizioli? Aquele doce que parecia que tinha amendoim, mas fazia a festa da molecada! Segundo uma conhecida minha, só se encontra nos melhores botecos fuleiros de Sampa.
Chocolate? Bom, tinham aqueles cigarrinhos de chocolate, na época que o politicamente incorreto não existia no vocabulário. Aquele a gente matava uma caixa de uma vez só! Pelo que me contaram, mudaram a embalagem e parece que não ficou a mesma coisa. Alegaram que poderia estimular as crianças a fumar... Conversa fiada, conheço muita gente da minha época que comia toneladas e toneladas deste chocolate e o máximo que aconteceu era ter viciado em... chocolate!
E o Lollo que não sei porque cargas d'água mudaram pra Milkbar. Pra mim aquilo vai continuar sendo Lollo e acabou. Bem como o Kri que mudou pra Crunch (sim, aqui nos mercados japoneses, esse chocolate existe) e mudaram a embalagem do Leite Moça.
Cá pra nós, se mudarem o nome do Diamante Negro, acho que me junto à comunidade de "Não mude o que já existe" ou coisa similar.
E vocês, o que lembram dos doces de suas infâncias?



Olhaí, se mudarem o nome, vamos fazer greve, vamos boicotar, vamos...

Comments

  1. Eu lembro de tudo isso e a que mais tenho saudades é exatamente a paçoquinha Campineira, que delícia. Também tinha outros aqui na minha cidade: o salgadinho Zambinos da Elma Chips (mini-pizza) que não fabricam mais, maria-mole em forma de sorvete com uma bexiga para encher, queijadinha em forma de salsicha, aqui tinha uma Manteiga Malibu (a melhor manteiga que alguém poderia comer na vida, era vendida em SP e RJ, e que não fabricam mais), guaraná Antartica mini, pão-bengala, Caracu com ovo. Boa infância.

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