O Nosso Dia

Oito de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Como de sempre, as lojas fazem promoçõezinhas, os jornais lembram dos feitos e conquistas delas... Mas só neste dia, porque os outros 364 (ou 365, se for ano bissexto) pouco se falam de nós, mulheres.

Tudo bem dedicar um dia somente para nós, porém não seria certo lembrar somente neste dia. E acabar esquecendo dos outros dias. Afinal, todo dia é dia da mulher, é dia das mães, dia dos pais...

De muitos séculos para cá, conseguimos muitas coisas: o direito de votar, o direito de guiar, de assumir grandes cargos. Claro que sem perder a feminilidade. Apesar de tudo isso, ainda somos discriminadas, somos tratadas como objetos. E fazemos as mesmas coisas que os homens fazem. E de salto.

Certo que vai ter muito homem e machista discordando de tudo isso, mas claro que existem certas profissões que realmente precisam da força masculina. Tal como ser estivador de porto e carregar peso, muito peso.

Aqui, felizmente, aos poucos, as mulheres nipônicas estão deixando de ser submissas. Uma das provas é o aumento de denúncia de violência doméstica. Já estava mais no que na hora de botar a boca no trombone, afinal, nem masoquista agüenta tanta pancada.

E também nos trens e metrôs os vagões para nós, nos horários de rush. Se bem que ontem, indo para Tateba, no horário em que o vagão do metrô é reservado para as mulheres, vi alguns suspeitos "dormindo". Sei...

E pensar que a data foi criada em cima de uma tragédia e levaram mais de um século para ser data oficial...

Não importa, lembrem-se de nós todos os dias do ano. Mas que seja uma lembrança boa.

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