Os Beatles sabem e a gente entende

Quem me conhece sabe que sou fã dos Beatles há mais de duas décadas. Na verdade, eu é que não demonstro, mas deixei 90% da minha coleção no Brasil e tenho que me contentar com o pouco que trouxe e adquiri aos poucos. O pouco que trouxe, leia-se um CD do Macca, pois CD tinha muito pouco no Brasil, na época era artigo muito caro, meio inacessível para uma pão-dura... ops, uma pobre e honesta programadora de sistemas.

Mas... qual seria a fórmula dos quatro de Liverpool para continuarem sempre vivos mesmo depois de 37 anos terem encerrado as atividades como grupo e dois e meio terem ido para o outro lado da vida? (Digo meio, porque até hoje não sei o Macca é o verdadeiro Macca ou se é o genérico, brincadeira eh, eh, eh.) A fórmula seria como o da Coca-Cola ou o mistério dos biscoitos Tostines. Ninguém revela.

A verdade é que as músicas dos quatro contagiam até quem nunca ouviu falar deles. Só pra constar: quem consegue ficar parado com "Twist and Shout", quem nunca chorou ao ouvir "Yesterday"? Só os insensíveis mesmo...

Se forem pensar bem, as músicas que os Beatles compuseram/interpretaram, representam bem nosso cotidiano. Imagine acordar com "Good Morning, Good Morning" mesmo sabendo que tem que encarar transporte lotado e (às vezes) atrasado. Tem que ter ânimo nestas horas difíceis mesmo. Mesmo sabendo que foi uma noite de um dia difícil.

Se alguém ouvir alguma canção dos Beatles, por mais bobinha que seja (da época que pegar na mão de uma mina era motivo de desespero), no fundo, no fundo, tem um toque de nosso cotidiano.

Pra dizer a verdade, ainda choro quando ouço "Here, There and Everywhere" e "I Need You"...



Embaixo destas cabeleiras, tinham uma grande fábrica de imaginações cotidianas... de sucesso!

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