Como ser um projeto de barista

Meu consumo compulsivo por café chegou ao ponto de querer saber como se faz de forma... como nas cafeterias. Sabe como é: café feito na cafeteria com café feito em casa, tem uma grande diferença. Podem achar que não, mas é verdade. Tive que confirmar isso com meus próprios olhos. Digo, olfato e paladar.

Pra dizer a verdade, já faz desde o ano passado que penso em aprender as técnicas de como se faz um bom café, mas sempre me faltava uma coisa ou outra: quando eu tinha tempo (leia-se dinheiro) o curso era no dia que eu tinha que ir trabalhar; e quando eu tinha tempo (no sentido de espaço ocioso), faltava uma semana para receber a cebola mensal e não tinha nem a casca pra se virar.

Mas no começo deste mês, dei um basta e disse comigo mesma: eu faço o curso nem que seja pra trocar folga com alguém (coisa meio difícil, mas...), nem que fosse em Hokkaido. Tá, não exageremos. Pesquisando em cafeterias conhecidas daqui, descobri que em Yokohama mesmo uma cafeteria de grande rede nacional (e internacional) promove cursos de "como se fazer um bom café".

Mandei o e-mail e recebi de volta confirmando. Domingo? Dia de minha merecida folga. Só o horário que, convenhamos, teria que acordar um pouco mais cedo que o de costume, mas se é pra passar duas horas agradáveis, vale a pena.

Existiam várias coisas que não sabia. Quem pensava que era apenas botar a quantidade "a olho" de café e jogar água fervente em cima e pronto, assim como eu fazia até então, está enganado.

- A água não deve ser fervida, e sim aquecida a 96 graus no máximo para não acabar com o oxigênio da mesma e alterar drasticamente o aroma e gosto do café. Pra não errar, quem tem aquele "pooto denki" ou aquela garrafa elétrica de esquentar água, ela já deixa na temperatura ideal. Agora, se mesmo assim não gosta de água esquentada com medo de ter vermes ou coisas parecidas, aconselham-se o uso de água mineral. Qualquer uma. Não precisa ser "de marca".
- A cada 200 ml de água, 10 gramas de pó de café. Na dúvida, compre aquela colher de medidas, não custa tão cara assim.
- Antes de colocar o coador de papel no lugar apropriado, coloca-se um pouco de água quente como se estivesse "filtrando" o café. Agite a jarra, como se fosse dar uma lavada e descarte a água.
- O coador de papel, dobram-se nos lugares apropriados mas nunca na mesma direção, e sim um contrário do outro.
- Depois de colocar o pó no coador, dê algumas batidinhas para não deixar o pó "empelotado".
- Coloque água quente o suficiente para cobrir rasamente o pó e deixe por um minuto.



- Coloque o restante da água de forma circular até dar a quantidade certa (se fizer 500 ml de café, são 25 gramas do pó e por aí vai).
- Não adoce ou incremente o café diretamente na jarra (eu tenho a mania de fazer isso).
- Antes de servir, dê uma misturada no café segurando pela própria jarra.



Como se faz "French Espresso"

Eu não sabia, mas para fazer aquele café expresso, o tipo da moagem do pó é bem mais... rústico. Como é feito sob pressão (literalmente), se o pó for de moagem mais fina, além de sobrar borra no final, fica terrivelmente amargo.

No final, além de degustar e saber como se faz café tradicional, café expresso e "one drip" (vai mais pó e menos água), a cafeteria te presenteia com produtos da própria loja - café moado, licor e biscoitinhos.



Ah, tá. Esqueci de mencionar a cafeteria, mas não ganho cachê por isso, mas visite aqui e vá em uma das lojas da rede tomar um expresso ou um honey milk latte (o favorito da autora que vos escreve).

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