Nossos Desastres Culinários. Ou: O que os Olhos não veem, o Estomago não sente...

Quem leu (ou lembra) do meu post de outubro do ano passado, sobre o que acontece quando eu ou o marido kinguio resolve fazer uma receita diferente, prepara o estomago que lá vem mais.

Por que o bolo/doce/torta (ou coloque o prato de sua preferencia aqui)nunca sai igual a da receita / curso de culinaria? A Luria já fez a mesma pergunta e eu sei o drama: a gente fica sem resposta. Juro. Eu já fiz curso de rocambole, de pão e de bolo de Natal. Na hora fica aquela coisa linda, maravilhosa, digna de foto. Quando a gente tenta fazer de novo...



O rocambole quebra na hora de enrolar, o pão fica mais duro que pedra e o bolo afunda. Por isso que por mais que o pessoal do cubiculo me cobrem por um rocambole made in casa, eu pensa vinte vezes em repetir a dose.

A não ser que eu compre algumas cartelas de purgante, ou eles tenham pago as parcelas do seguro de vida rigorosamente em dia e que eu seja a beneficiária. Tá, não chega a esse extremo...

Seguir fielmente a receita: Atire a primeira colher de pau quem nunca fez a iguaria seguindo fielmente a receita, sem acrescentar ou diminuir um grama e a iguaria que seria deliciosa, quase vai pro lixo. Uma das poucas receitas que eu sigo a risca são as receitas de bolo (e mesmo assim, de dez que já fiz, só os bolos formigueiro e gelado não afundaram ou desandaram). Porque, o resto, eu acabo fazendo "a olho" como diz minha mãe.

Quer exemplos? Quibe (detalhes desastrosos a seguir), a "torta de qualquer coisa" e estrogonofe são receitas que eu faço sem medida alguma e seja lá o que o estomago quiser. Mas nunca causaram desarranjos para a cobaia... ops, pro marido kinguio (exceto o dia que eu substitui o creme de leite por leite puro no estrogonofe).

Nunca o improviso dá certo: Tirando o ratatouille que fiz sem o tomilho, a maioria dos pratos que já fiz no improviso, não foi aqueeeeeeeeela maravilha, mas ao menos deu pra comer. Mesmo demorando uma semana para acabar tudo, pois desperdício de comida é um pecado mortal nesta casa.

Ontem, marido kinguio resolveu fazer quibe. Aquela iguaria arabe, siria, sei lá raios a origem, mas é facil de se fazer. Não sei porque cargas d'água ele resolveu inventar. Ou pegar receita via internet. Confesso que desde que me conheço, NUNCA mas NUUUUUUUUUUNCA mesmo, vi/ouvi dizer que colocava o trigo pra quibe de molho em agua quente!!!

Não sei se foi por isso, mas o quibe desmontou - literalmente - na hora de fritar. O que marido kinguio fez? O restante da massa que fez, acabou virando quibe assado e recheado com queijo e presunto. Menos mal.

E ainda por cima queria saber se fritasse quibe recheado com queijo iria acontecer algo...

Nada se perde, tudo se aproveita: Sabe pão frances ou "bengala"? Quando sobra e fica duro, que vocês fazem? Eu, particularmente, torro, e tento moer até virar farinha de rosca. Pra empanar carnes e outros salgadinhos vai bem. Se eu tivesse aquele processador de alimentos que faz carne moída, mistura massa e tritura tudo, eu ficaria feliz. Mas não: certa feita, fiz farinha de rosca na base do ralador de queijo mesmo.

Meus braços necessitaram de doses cavalares de gelol (ou algo similar a) por uma semana.

E ainda depois dessas aventuras culinárias, a gente teima, mas bem que tenta.

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