Rata (o) de Livraria ou Traça de Biblioteca


Semana Especial do Dia das Crianças

Desde que aprendi a ler (embora sejam os gibis da Turma da Mônica), minha mãe me estimulou a ler e ler mais. Desde os gibis que meu pai semanalmente comprava pra nós até placa de trânsito eu tentava decifrar. Agradeço a eles por eles terem deixado a ler (e muito) gibis, pois quando entrei no primário, comecei a ler aqueles livrinhos da Ediouro, que meus professores traziam para a gente ler.

Daí pra frente, o estrago estava feito: toda semana, um livro pra casa. Com figurinhas, como toda criança gosta. Meu irmão mais velho (tudo bem, dois anos, vai) trazia os livros da biblioteca da cidade pra ler. E eram os livros do Monteiro Lobato, de capa dura, tamanho A4, ilustrados por Manoel Victor Filho (a primeira edição foram ilustrados por Belmonte). Não lembro qual foi o primeiro que li da série "O Sítio do Pica Pau Amarelo", mas foi a partir disso que comecei a frequentar a biblioteca da cidade e da escola.

Daí vieram os livros da série "Vaga Lume", pra quem já estava entrando na fase "não-sou-mais-criança-mas-também-não-sou-adulto". Eram histórias de aventuras, suspense, mistério, romance escritos pelos melhores autores da literatura brasileira, como Marcos Rey, Origines Lessa, Maria José Dupré, Francisco Marins... Só pra constar, o pessoal da minha faixa etária cansou de ler "O Escaravelho do Diabo", "O Mistério da Borboleta Atíria", "A Ilha Perdida", "Eramos Seis" (virou até novela), "O Feijão e o Sonho"... até as páginas cairem de tanto serem manuseadas.

E pensam que eu parei por aí? Li sim, os livros de Ziraldo. "O Menino Maluquinho" fez parte da minha leitura não-obrigatória no magistério (existe uma coisa que eu detesto é ler por obrigação). Outro do Ziraldo que gostei foi "Meu Amigo, o Canguru". Pelas histórias e pelos desenhos. Gosto de livro infanto-juvenis, e quando cursei o magistério, eu emprestava livros assim na biblioteca com o pretexto de que eu iria usar na aula, mas como as bibliotecárias me conheciam muito bem, elas sabiam que não era bem pra isso.

Eu gostava, sabem. Assim como até vir pra cá, tinha meu hábito de emprestar na biblioteca. Depois, eu leio quase que regularmente. Os livros infantis do Japão têm muito o lado educativo e o lado histórico. Claro que eu conheço bem as histórias de Momotaro, Kintaro, Kaguyahime e Urashima Taro, minha mãe contava. Tinha outras que eu desconhecia, graças ao curso que faço...

Sinceramente: desconheço hoje o que estaria tendo de novo em matéria de livros infanto-juvenis. Mas aposto que uma parte fala sobre ecologia, meio ambiente, cidadania. Se bem que, os livros que eu lia tinham esses assuntos de forma muito subliminar, talvez devido à época que foram lançados (na pós guerra e durante a ditadura militar, quem abordasse determinados temas, no mínimo era preso).

Uma coisa é certa: ler, estimula a imaginação e incentiva a cultura.

Um dos primeiros livros que comecei a ler ainda mal ter entrado no primeiro ano primário.

Comments

  1. Caracassss Iwa, sera que tow veio???
    lembro de todos esses livros da serie vagalume...

    bons tempos que nao voltam mais

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  2. Salve, Dids!
    Faz tempo, hein? Como andam as coisas por aí?
    Véio, não. Mas se você falar que você leu os livros da serie Vagalume com as capas que ilustram o post, eu vou ter que pensar no seu caso.
    Brincadeira, os livros dessa série eram daqueles "vale a pena ler de novo". Eu li praticamente todos.
    é... bons tempos mesmo, né, Dids?
    Abraços!

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  3. Eu li muito quando criança.
    Mas vc leu mais ainda, que legal.
    fiquei com saudade daquela época.
    bj

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