Algumas "ídalas" da autora...

Esse termo "ídalas" eu peguei nos tempos que eu lia "Love and Rockets"...)

Bem, quem me acompanha, sabe que eu ouço (e muito) música. Seja em casa no meu Vaio (ou na rádio) ou no iPod (geração geriátrica mas está em boa forma) indo e voltando de trem, ou no CD-player do carro dirigindo (ou namorido kinguio dirigindo, 90% das vezes). Já que dentro do trem o pessoal entra mudo e sai calado (salvo algumas exceções, como estudantes, mulherada exaltada e gente bêbada), para enfrentar minha ida e volta (quase que) diária, ouço música. Só tirando o fato de às vezes esquecer de descer na estação certa porque não ouvi o aviso eletrônico...

Quem pensou também que no meu iPod ou no meu Vaio ou na coleção de CDs adquiridos em comunhão conjunta de toupeirices e vexames com namorido kinguio só ia ter o Masaharu ou Beatles, enganou-se. Também vario o repertório e claro, tem minha ala feminina. Não digo que teria quase toda a coleção completa, mas tenho um álbum ou outro, no caso "the best of...", pois assim não fica naqueles de ter todos os álbuns e ter um ou outro que só uma ou duas músicas se salvam (é, mas do quarteto de Liverpool e seo Masaharu tem tudo né?)

O meu porém com cantoras, é que fica inevitável associar mulher = baladas e músicas delicadas demais. A ponto de matar o mais desavisado de tamanha diabete de tanto açucar que muitas músicas que já ouvi. Se bem que, neste mundo louco que o mundo pop se encontra hoje, ouvir baladas de vez em quando nunca fez mal a ninguém, exceto se a pessoa for muito mal amada e desgostosa da vida e acaba descambando pra dor de cotovelo mesmo.

Gosto, eu já estou até o pescoço de dizer, nunca se discute ou é que nem traseiro, todo mundo tem o seu. Se eu gosto de música romântica? Gosto e têm horas que faz um bem necessário. Se eu gosto de música divertida? Rir é o melhor remédio. E rock? Depende de quem canta...

Karen Carpenter: Por mais que muita gente vai me jogar pedras, mas não me importo: ela foi a primeira cantora que ouvi quando entrei na adolescência, um ano e pouco antes de ela falecer. Culpa parte foi do meu irmão mais velho, que, pra meio que fazer birra comigo porque eu gostava (e gosto) dos Beatles. Enganou-se: as músicas entre baladas e as mais alegres casavam bem com a voz delicada de Karen. Que também tocava bateria numa época em que "bateria é coisa pra homem" e ela aparecia, no início, de vestidão, penteado bolo de noiva (muito antes da Amy) por trás de seu kit Ludwig (cujo modelo anterior era igual a do Ringo Starr) e influenciou aí muita mulher hoje, como Kim Gordon (Sonic Youth), as meninas do trio Shonen Knife e a cantora Akiko Kobayashi.
Foto: Karen, no início dos anos 70, quando nem pensava naquelas dietas malucas que a fizeram partir para a eternidade...

Cyndi Lauper: Confesso que, entre a poderosa Madonna e a divertida Cyndi, eu fico com a segunda. Quando ela apareceu com "Girls Just Wanna Have Fun", eu e minhas colegas do então Magistério, gostávamos do visual coloridíssimo e das roupas mais ainda e das músicas alegres e divertidas. Pode ser que ela fique sempre conhecida por essa música (se bem que as baladas "Time After Time", "True Colors" e a subliminar "She Bop" - que disseram que a letra falava sobre masturbação - também ficam entre as minhas favoritas), mas fica impossível ficar parado e não se divertir. Afinal, a gente quer diversão, poxa! (Será que por isso na abertura do programa semanal de rádio - pelo Nippon Hoso - Nakai escolheu sem pestanejar a música da Cyndi?)
Foto: Cyndi, nos tempos em que usar roupas coloridas, balangandãs, ter o cabelo colorido era pura diversão.

Hibari Misora: O primeiro que falar que cheguei na idade geriátrica, apanha. Nove entre dez cantores daqui já cantaram pelo menos uma música da "eterna dama do enka" em algum show ou karaokê por aí. Hibari começou a carreira muito criança, com músicas para alegrar o pessoal que sofria com a pós-guerra. Do rádio pro teatro e depois pra TV foi um pulo. Com sua voz potente e capaz de cantar músicas desde as tradicionais, passando pelo jazz (sim, ela gravou um álbum em inglês com músicas famosas americanas) até pop, mesmo depois de sua repentina morte (que coincidiu com o fim da era Showa), Hibari continua sendo referência pra muita gente desavisada. Dúvidas? Ouçam "Midare", "Yawara" (feita especialmente para os Jogos Olímpicos de 1964), passando por "Kanashii Sake", a pop "Makkana Taiyou" e a famosa "Kawa no nagare no youni"...
Foto: Hibari Misora em uma de suas últimas apresentações. Se estivesse viva, estaria ainda na ativa, com certeza...

Teresa Teng: Apesar do nome (em homenagem a Madre Teresa) e fazer muito sucesso aqui no Japão, ela era chinesa (nascida em Taiwan). Foi no Japão que tornou-se famosa (apesar de um incidente que teve nos anos 70), com suas músicas de teor romântico, mesclando folk e também de protesto, devido a invasão da China sobre Taiwan. Tanto que suas músicas foram proibidas na China (mas muitos ouviam na clandestinidade). Durante a revolução estudantil de 1989, Teng fez um show em Paris apoiando o movimento a favor da democracia. Reuniu mais de 300 mil pessoas, bem como também em Hong Kong (antes de ser devolvida à China). Teng não pôde realizar um desejo pessoal - fazer um show na China - faleceu antes que o Partido Comunista pensasse em convidá-la nos anos 90. Muito embora outras cantoras chinesas/taiwanesas vieram antes e depois, Teresa Teng é a mais lembrada, como "Toki no Nagare ni Mi wo makase", "Tsugunai" e "Aijin".
Foto: Teresa Teng no auge da (curta) carreira. Dedicado a Bah, que adora a cantora taiwanesa mais japonesa que a Asia já teve.

Suzanne Vega: Muita gente da minha faixa etária sempre vai associar a Suzanne Vega com a música "Luka". Só que ela vai mais além da música-história de uma criança que sofria maus-tratos na vizinhança onde a autora morava. A voz quase sussurante de Vega fez presença no início dos anos 90 mas, infelizmente, a cantora/compositora está meio sumida no mundo artístico, tendo aparições esporádicas. Para quem não sabia: no cult filme adolescente "A Garota de Rosa Shocking", a canção "Left of Center" era do primeiro álbum de Suzanne. Uma de minhas favoritas é "Solitude Standing", que é faixa-título do segundo álbum que a trouxe pro estrelato (e foi um dos primeiros álbuns que ouvi quase na exclusividade devido a uma amiga minha de faculdade que conseguiu a fita cassete made in Japan).
Foto: Suzanne Vega, nos anos 90. De semblante delicado, voz sussurrante e letras confessionais.

ZARD (Izumi Sakai): Eu falei dela em alguns posts passados. Há quem goste, há quem ache que seja invenção da gravadora, já que ela quase nem aparecia na TV. Esqueçam o passado suspeito de Sakai, as músicas dela continuam sendo tocadas mesmo depois de seu repentino falecimento em 2007. Canções de amor adolescente, frustações, superação e força eram temas de suas músicas. Provando que não precisa aparecer na TV com superprodução pra fazer sucesso (se apareceu duas vezes no programa Music Station foi muito). Lembrando que "Makenaide" faz parte do programa "24 Hour Television" mesmo antes de ela ter falecido (antes que pensem que, depois que morre, é que lembram que o artista era bom e ninguém sabia).
Foto: uma das maiores ídalas da autora deste sítio e de seu namorido kinguio - Izumi Sakai.

Nara Leão: Muita gente achava que eu não gosto de música brasileira. Gosto, mas com estilo. Os cantores e cantoras da Bossa-Nova foram o que mais ouvi no tempo em que era uma universitária penando pra pagar o aluguel da república. Ainda mais que dividi por dois anos uma república com mulheres que gostavam de MPB de fina classe. Aqui no Japão, MPB de fina classe ouve-se nos lugares mais chiques que tem (como cafeterias da rede Starbucks, Tsutaya de Roppongi e outras lojas de departamentos). Segundo Bah e Alexandre, já ouviram MPB em lojas de conveniência, mas desde que eu estou aqui, nunca ouvi em alguma e olha que uma delas fica em frente do nosso prédio de apertamentos! E Nara Leão é mais conhecida aqui entre os japoneses do que em sua própria terra natal. O que é uma pena.
Foto: Nara Leão, nos anos 60, no auge de sua beleza física ("os mais belos joelhos da bossa nova", segundo Caetano Veloso) e musical.

Amy Winehouse: Se não fossem os problemas de natureza etílica-ilegal-TPM-em-hora-errada, essa inglesa que surgiu de uma hora pra outra poderia estar no terceiro ou quarto álbum. Apesar do visual meio desastroso a la trash fifties com direito a delineador pesado (e topete idem), quando essa mulher canta... Parece que Billie Holiday entrou nela!!! Ignorem os vexames que Amy cometeu, ouçam os dois únicos álbuns que ela gravou e como se canta do fundo da alma (como "Tears Dry on Their Own", "Love is a Losing Game" e "You Know I'm no Good") e o lado bom dela: contribuiu para um ensaio fotográfico em 2008 para a revista "Easy Living" numa campanha contra cancer de mama.
Foto: Amy Winehouse, em início de carreira, muito antes do visual trash, do topetão, dos barracos, do uso de substâncias ilícitas e lícitas, quando ela era mais saudável...
Rita Lee: Falem mal, mas falem dela. Uma das pioneiras do rock brasileiro nos anos 60, imortalizada na música "Sampa", esta paulistana descendente de italianos e americanos, começou na fase psicodélica com os Mutantes (outra banda preferida de muito japonês aqui), passou pelo movimento Tropicália e aventurou-se na carreira solo. Entre muitos altos e baixos, Rita continua firme e forte, seja nos hits antigos e recentes. Do rock a bossa-nova. Da fase deboche ao romântico. E acreditem: Rita é cantora preferida do Principe Charles e até do Mick Jagger (tanto que, quando os Rolling Stones vieram pela primeira vez, o vocalista queria que Rita fosse abrir os shows deles no Brasil. Foi numa destas que Rita quase é foi pra melhor: nervosa de tanta emoção, se entupiu de calmantes e foi parar no hospital).
Foto: Rita Lee, em meados dos anos 2000. A pioneira do rock brasileiro, a "mais perfeita tradução", fã dos Beatles (gravou um álbum de versões em português do quarteto de Liverpool) e Rolling Stones, em todas as fases.

Kumi Koda: A princípio não tinha muito interesse nela devido ao visual "pouco" apelativo, mas com o tempo comecei a gostar dela e das músicas, muito apesar do fora que deu na rádio Tokyo FM em janeiro de 2008. Se Ayumi Hamasaki as músicas são mais de amor, Koda vai mais fundo: aborda temas de quase tudo um pouco, como homossexualismo, amor livre, por exemplo. Começou a bater ponto no Kouhaku, fica até o final e volta este ano pra continuar a turnê "Trick", que foi interrompido devido ao surto de influenza que teve na região Tokai-Kansai. O que até hoje nem ela e nem Masahiro Nakai confirmam se estão enrolando juntos (mas também não negam)... Off-topic: um dos arranjos de cabelo que Koda utilizou em um single foi um amigo meu quem fez e vendeu para uma loja. Só soube que apareceu no single e ainda da Kumi Koda quando viu num poster de divulgação... E um outro amigo meu a conheceu pessoalmente no Kouhaku e garantiu-me: Kumi é fofinha (de corpo) mas muito simpática.
Foto: Kumi Koda, em um dos singles que fez parte de um box-set reunindo alguns deles. Usando o tal arranjo que um amigo meu fez nas horas vagas (mas não vendeu diretamente pra ela, né...)

Hikaru Utada: Foi, junto com a Izumi Sakai, uma de minhas primeiras cantoras que ouvi logo que cheguei aqui. "Automatic", "Time Will Tell" e "First Love" eram obrigatórias no meu (velho mas bom) CD player. Não sei o que aconteceu com a Hikki, mas depois que casou (e depois separou) de Kazuaki Kariya, já não faz aquele grande sucesso de início. Confesso que a última música que ouvi dela foi "Beautiful World" e olhe lá. Eu também torço pela volta por cima de Utada, apesar de insistir em fazer mercado nos Isteites, sua terra natal. Uai, ninguém sabia que ela nasceu em Nova Iorque e por isso ela fala inglês fluente sem sotaque???
Foto: Hikaru Utada, na capa do álbum "Deep River", ainda no auge do sucesso... aqui.

Momoe Yamaguchi: Top idol dos anos 70 e até hoje é influência para muita cantora que tenta ser aidoru mas igualar ou ser mais que a Momoe, acho que nem a Seiko Matsuda conseguiu (mas chega perto). Em oito anos de carreira, Momoe, com sua voz firme e transmitindo grande carga sentimental, conquistou grande público com músicas como "Cosmos" (秋桜), "Yokosuka Story", "Imitation Gold" e "Playback part. 2". Desde que anunciou sua retirada da carreira artística para casar-se com o ator Tomokazu Miura, muitos fãs aguardam seu retorno. O que vai ser meio difícil, pois Momoe praticamente retirou-se até da vida pública, tornando-se uma dona de casa e mãe de dois rapazes. Porém, seus álbuns relançados continuando vendendo e uma de suas mais famosas músicas - "Cosmos", de Masashi Sada - teve várias versões, tanto que, muita gente pensa que o original é da própria Momoe.
Foto: Momoe Yamaguchi, nos anos 70, quando fazia ainda parte do chamado "Hana no Chuu Trio": era formado por Yamaguchi, Masako Mori e Junko Sakurada (lembrando que nos anos 50, tinha o San-nin Musume, que era Hibari Misora, Izumi Yukimura e Chiemi Eri).

Tem mais cantoras, sim. Mas se eu listar aqui, vai ficar longo demais a ponto de pensar em escrever um livro sobre o assunto...

A autora pede desculpas por ficar postando a estas horas da noite, mas toda véspera de sábado acaba dormindo mais tarde, mesmo sabendo que terá que fazer plantão no trabalho...

Comments

  1. Lista formadora de caráter!!

    Mas, naquela filosofia do Jack, "vamos por partes" eu digo:

    Karen Carpenter: Muito antes do MPKouhaku se transformar em MPKouhaku, era um moleque introspectivo que morava no bairro do Méier, na cidade do Rio de Janeiro. Um belo dia, comprei um LP de sucessos dos Carpenters. E naquele velho toca-discos Garrard ecoava a voz de Karen Carpenter. Depois vi o filme sobre a carreira (que conta com riqueza de detalhes a degradação da saúde dela por conta da anorexia) e já depois de ser "apresentado" ao universo da música japonesa, vi num programa "Songs" da NHK, especial sobre os Carpenters com a presença do Richard Carpenter, a Kobayashi Akiko interpretando o megasucesso "Koi ni Ochite Fall in Love" num arranjo à la Carpenters, com cordas, piano, oboé e harpa.

    Misora Hibari: Quem diz que Enka é coisa de velho, merece apanhar de vara de bambu no lombo. E hoje a Enka não pertence só ao Japão, pertence ao mundo. Depois da taiwanesa Teresa Teng (que será depois analisada à parte), das coreanas Kei Eun-Seok e Kim Yeon-Ja, apareceu o Jero, vindo lá das quebradas da Pensilvânia mas sabendo como é que se faz. Se o cara diz que gosta de música japonesa mas nunca ouviu Misora Hibari, é um ouvinte de música japonesa PELA METADE. E também já ouvi algumas das versões que Hibari fez para músicas ocidentais: as músicas italianas "Core'ngrato", "La Novia" e "Torna a Surriento", e as americanas "Fascination" (Fascinação) e "Red Sails in the Sunset". Minha mãe, amante de música italiana, ficou particularmente emocionada ao ouvir Misora Hibari cantando "Core'ngrato". Se estivesse viva, Misora Hibari completaria 73 anos no dia 29 de Maio. E ano passado completaram-se 20 anos de sua morte.

    Teresa Teng: Sua morte até hoje é envolvida em mistério. Oficialmente, Teresa Teng faleceu devido a uma crise de asma, durante uma turnê na Tailândia. Desde então, criou-se mais um mito. E a trinca "Tsugunai"-"Aijin"-"Toki no nagare ni mi wo makase" elevou ainda mais o prestígio dos compositores Miki Takashi (falecido há pouco menos de 1 ano, um dos "inventores" da música japonesa do Século XX) e Araki Toyohisa.

    (continua)

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  2. Sakai Izumi: Quem me conhece sabe que eu tenho aversão a músicas de anime e fico furioso (pra não dizer p...) dentro das calças quando resolvem regravar alguma das minhas músicas favoritas para colocar em anime, como ocorreu ano passado com o anime "Sora no Otoshimono". Mas Zard consegue me convencer por ser muito além das músicas que acabaram parando nas trilhas dos animes. Gosto também das músicas que Izumi Sakai fez para o grupo Deen, tais como "Tsubasa wo hirogete" e "Hitomi sorasanaide". São músicas como "Ano hohoemi wo wasurenaide", "Nemurenai yoru wo daite", "Goodbye my loneliness", "Mou sukoshi ato sukoshi" e "Yureru omoi" que ficarão para a eternidade, o legado de Izumi Sakai.

    Koda Kumi: Há quem torça o nariz para suas músicas (eu quase fui expulso de um fórum infestado de otakus por defender sua forma sem preconceitos de fazer música) e prefira porcarias tipo Sakamoto Maaya, Hayashibara Megumi e outros cantores de otaku music. Mas eu defendo, até porque não existem argumentos contra dois Record Taisho (um Grand Prix e uma melhor performance vocal), duetos com Go Hiromi e Ishii Tatsuya e a parceria com o Exile para regravar "Won't be long". E é bom mesmo a Koda e o Nakai não assumirem que estão se pegando, senão a vida de ambos vira um inferno.

    Utada Hikaru: Talvez seja a prova definitiva de que os americanos ignoram tudo o que não seja Britney/Mariah/Beyoncé/Gaga/Madonna no lado feminino. Mesmo a Utada sendo tão americana quanto um Big Mac. Se um dia muda, não sei. Os americanos conseguiram eleger um presidente negro, mas será que vão ouvir uma cantora de origem japonesa? Só pra constar, o disco "Exodus" em inglês chegou a ser lançado (sem estardalhaço) no Brasil. Estão errando o alvo, investindo no país do passado ao invés de investir no país do futuro.

    Yamaguchi Momoe: Quando Momoe fez sua carreira, MP Kouhaku não era nem nascido (nasci em 1982, Showa 57, ano onde mais teve estreia de idol). Mas depois ouvi suas músicas... e obviamente me apaixonei por essa voz maravilhosa. E para os que ainda tem esperanças, Yamaguchi Momoe não volta, até porque o filho mais velho já tem uma banda. O que se pode fazer é ouvir suas músicas e ouvir também os dois CDs de tributo que foram lançados, incluindo essas versões:
    - Fujii Fumiya (vocalista do The Checkers) cantando "Rock and Roll Widow"
    - Fukuyama Masaharu num espetacular acústico de "Cosmos"
    - Tsunku (vocalista do SharanQ e produtor das Morning Musume) cantando "Sayonara no Mukougawa"
    - A dupla Puffy com a polêmica "Hito natsu no keiken"
    Isso sem mencionar as várias versões de "Ii hi tabidachi", composta pelo Tanimura Shinji. Um espectro pra lá de amplo, que vai de Tagawa Toshimi a Goto Maki, passando por Tokunaga Hideaki.

    Disse: MP Kouhaku. Que conhece "um pouco" de música japonesa. Indo da Enka mais tradicional (Shouji Taro, Murata Hideo, Minami Haruo, Misora Hibari, Aoe Mina, Fuji Keiko) até o que está tocando agora, passando pelos anos 80 e pegando tudo o que vê pela frente, incluindo aquelas idols onde no máximo meia dúzia se lembra, eu lembro de umas 100.

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  3. Gosto das cantoras brasileiras, mas a japas pouco conheço.
    Conheci os Carpenters por causa de um cd que meu pai ganhou nesses amigos ocultos de fim de ano (o amigo era tão oculto que meu pai até hoje não sabe quem deu o tal cd). No início a gente põe o cd com o maior preconceito, mas depois de um tempo se apaixona...Gosto da maior parte das cantoras, aliás, acho que gosto mais delas do que dos cantores; A Nara Leão eu comecei a gostar recentemente, depois de começar a conhecer a bossa nova...
    By the way, vc gosta da Gwen Stefani???

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  4. MP Kouhaku: você não quer montar um livro sobre a música japonesa de ontem e de hoje? Pelo jeito...
    Falando a verdade? Musica japonesa em casa começou com Hibari Misora, e logo pulou pra Momoe, devido meus primos (muito mais velhos que eu) conseguiam via parente que ia ao Japao e trazia as revistas "Heibon" e vinis de alguns cantores dos anos 70...
    Izumi Sakai foi devido ter conhecido namorido kinguio que me atura até hoje: ele foi no show dela nos anos 90 sem saber quem ela era...

    Fernanda, Gwen Stefani eu gostava dela nos tempos do No Doubt. A carreira solo eu vou ter que sentar e ouvir. Assim como fiz da Amy.

    Beijos e bom final de semana! ^^

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  5. AHHHHHHHHHHHHH agora sim um post onde eu posso descascar tudo o que eu penso REALMENTE rs... brincadeira. Adorei a homenagem. Eu simplesmente amo a Teresa Teng. Várias histórias foram contadas por causa da morte dela. O último vídeo onde ela aparece, já velhinha, mostra que a voz ainda era a mesma. Nossa, acho que eu sei de cor todas as músicas dela. Até a chinesa que não sei falar, eu manjo rs... Karen Carpenter é inspiração da mãe da minha melhor amiga aqui no Brasil, minha madrinha de casamento tb.

    Eu gosto da Foda Kumi ahahahha trocadilho, apesar de achar ela meio bitch rss.. mas faltou uma ai que no meu quesito atualidades está bem no top: Mika Nakashima. Essa ai apavora... ainda mais no filme NANA....

    Kisu e AMEi esse post!

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  6. Kiyomi

    Anotae meu endereço novo do blog: bahka.blogspot.com

    Continua a mesma coisa, só mudei o endereço.

    Se por acaso vc acompanha ou está nos seus favoritos, por favor atualize a URL.

    Kisu!

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  7. O irônico do Zard é que a garota se suicidou. É o que tudo indica. Parece ter pulado da rampa de acesso no hospital onde estava internada por cancer.

    O ironia da coisa é que a canção mais famosa dela é o "Makenaide" - "não se dê por vencida". Na época da morte houve um monte de gente dando depoimento na TV, chorando, dizendo que se sentia encorajada toda vez que ouvia a música.....

    Isso diz mundos e fundos sobre o mundo da música pop. Acho uma piada que levem a sério cantores e compositores como a gente costuma ver na TV ou rádio japonesa. Há de ser muito novo ou inexperiente para tanto.

    Rolling Stones cantando "Sympathy for the Devil" me parecerem ser mais honestos. Honestos consigo mesmos.

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  8. Já me perguntaram várias vezes se eu toparia escrever um livro sobre música japonesa.

    Toparia sim, mesmo sabendo do tamanho da responsabilidade.

    Primeiro eu pretendo ir ao Japão para fazer pesquisas de campo, porque só pela internet não teria como escrever um livro.

    E antes de ir ao Japão, pretendo me aprofundar na língua japonesa. Falo nihongo apenas razoavelmente, quero estudar mais para ter nível suficiente para uma boa conversação e leitura de kanji.

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  9. Bah, e você ia achar que ia esquecer da Teresa Teng e da Kumi Koda (ou *oda Kumi ahah)? Nunca tinha falado delas, mas eu ouço sim. A Teresa porque namorido também gosta. E a Koda eu aprendi a gostar por causa de um amigo meu que emprestou alguns CDs dela. Tá, ela tem aquele visual meio bitch mas meu amigo que a conheceu ao vivo disse que ela é fofa (nos dois sentidos da palavra) rs
    Ah, a Mika Nakashima... Outra que nao sai do meu CD Player by Vaio (Sakurairo mawairo e Stars)...
    Pode deixar que atualizo!
    Beijao!!!

    PS: ainda bem que gostou!^^

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  10. Alexandre, depois quem gosta de coisas er... vintage, sou eu né? Conheço quase mas quase todas as cantoras que você mencionou. Inclusive a Dusty Springfield, cuja música "Son of a Preacher Man" encaixou bem no filme "Pulp Fiction", na cena de Travolta e Uma Thurman.

    Pelo visto você tem uma discoteca bem variada!! Se for ver o meu... bem, vai rir da minha cara! E olha que 90% está aqui e adquirido aos poucos via loja de segunda ou terceira mão como sempre(o resto são os vinis que ficaram na casa dos meus pais).

    Se eu fosse sua vizinha, das duas uma: ou você iria gostar do repertorio ou você iria bater em mim, pois às vezes bate o guilt pleasure que habita em mim ne...

    Beijao!

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