Sustentabilidade

Em uma de minhas navegadas pela internet durante uma folga que precisei ficar mesmo em casa (leia-se: cólica violenta a ponto de nem poder pôr o nariz pra fora), entre postagens, leituras de e-mails e uma assistida a vídeos de programas perdidos, um artigo sobre sustentabilidade no site Monalisa de Pijamas, chamou-me a atenção. Resolvi acessar o site e ver sobre o que o Brasil estaria fazendo a respeito de melhor qualidade de vida.

O site, feito pela equipe dos produtos alimentícios Oetker (sim, aquela marca da "cabeça branca"), o "Faça Crescer", aborda temas de "como viver melhor sem prejudicar o meio em que vivemos". Melhor dizendo: aproveitamento melhor de alimentos, reciclagem de materiais, alternativas de economia doméstica...

(Aí vai ter trocentos leitores lotando minhas caixas de comentários e meu e-mail dizendo que "eu vivo numa realidade alternativa, que vivo num mundo de ilusão, que reciclagem e o diabo-a-quatro é coisa de gente podre de rica" e por aí vai.)

Eu reconheço que moro num país onde hoje a reciclagem é levada a sério. Ainda mais que aqui falta espaço e quando tem, é disputado no tapa e aproveitam o máximo que puder. Do espaço. Estou falando sério: aqui no Japão, sobre aproveitamento, eles levaram às últimas consequências, como hortas subterrâneas e no terraço. Pode ser que os legumes e verduras possam sair um pouco mais caras se vendesse no mercado, mas essas hortas alternativas são feitas para a alimentação dos funcionários dos prédios onde trabalham. Eu cheguei a ver uma reportagem sobre uma horta destas em um prédio em plena Marunouchi (Tóquio).
Hortas verticais - uma alternativa para seu lar caso falte espaço e também decorar a casa (e quando falta algum tempero na hora de fazer o almoço ou jantar...)

O lado bom é que os funcionários podem comer no próprio local, sem precisar gastar muito e ficar queimando pestana para procurar um lugar com menos fila para almoçar. Quem trabalha em grandes centros, sabe do que eu falo.

Ainda sobre aproveitamento: ouvi casos e casos aqui de empresas alimentícias que, por questões de que o produto saiu defeituoso (leia-se: cozimento passou do ponto, queimou um pouco a mais, rachou), eles jogam fora no lixo!!! Como cada caso é um caso, mas vai saber o destino desta comida "desperdiçada" - pode ser que eles jogam fora mas para finalidade de alimentação de animais, virar adubo... Por que não repassar para consumo da própria empresa? Dizem que seria "questão de saúde do funcionário", pois, como é sabido, as indústrias alimentícias usam alguns conservantes e produtos químicos para preservar a comida. Vai saber.

Conheci uma panificadora que aproveitava o máximo dos pães - se sobrava MUITO pão de forma, eles transformavam em farinha de rosca (ou "panko") para empanar os croquetes ou separavam para vender na própria lojinha por um preço bem módico - do tipo 2 pelo preço de um, desconto de 10 a 20%, enfim, mais barato do que comprar no supermercado (nota: até hoje compro nessa padaria, mas é um pouco longe de casa).

Quem chegou a ver alguns comerciais aqui, existe um aparelho que transforma os restos de comida em... adubo orgânico! Desde os domésticos até em escala industrial.

Uma das novidades em matéria de aproveitamento dos recursos naturais, são as bolsas com bateria solar. Coisa de ficção científica? Hoje, não. No meio deste ano, a empresa de bebidas daqui, a Suntory, lançou uma campanha do estilo "compre o six-pack de cerveja e junte pontos para concorrer a bolsas com bateria solar". A campanha acabou, mas vale o registro, pois, além dos "garotos propaganda" serem os simpáticos veteranos do programa "Shoten" (todo domingo, as 17:00 pela Nippon TV), eram dezoito bolsas a escolha do sorteado.

As bolsas vinham acopladas um painel solar, que captava a energia solar e com isso nunca ficaria na mão, caso a bateria do celular acabasse (ou do seu game portátil). Além do mais, o material utilizado nas bolsas eram material reciclado. Neste verão que passamos, o painel solar foi uma boa pedida.

O site da Oetker começou com a campanha do fermento - na compra do fermento, vinham sementes de algumas árvores. O pote do fermento, depois de usado, claro, serve como vaso provisório para fazer a muda até a planta atingir o tamanho ideal para a transferência pro lugar definitivo.

Se não tiver um lugar para plantar, não se preocupem, que o site indica os lugares que aceitam sua árvore (detalhe: no Brasil).
Fermento pode crescer bolos e pães e também crescer plantas e conscientização das pessoas.

Se vocês souberem mais sobre sustentabilidade e formas de melhorar a vida, aproveitar os recursos e novidades para ter um mundo melhor (nem que seja a partir de sua própria casa ), podem participar do forum do site do Faça Crescer ou também publicar nos blogs...

Fotos: NTT via iuchubi (campanha da Nihon Telecomunications), da revista Epoca (sobre hortas verticais), site da Suntory (campanha das bolsas solares), site da Oetker (campanha das sementes).

A autora lesada pede desculpas se o artigo entrou antes do esperado no feeds e updates de muitos blogs, e quem acessou - cadê??? -, mas ao invés de dar um ctrl+b para dar negrito, acabei dando um ctrl+p e acabou publicando pela metade. E minhas férias que demoram a chegar...

Comments

  1. muito interessante esse post.E acho muito legal eles aproveitarem cada pedacinho que possuem,pelo menos quando eu voltar para o br pretendo continuar seguindo muitas coisas que aprendi aqui.
    E sobre colicas,eu tambem sofria demais,as minhas me deixavam praticamente de cama,mais agora faco assim,quando sei que a maledita esta chegando,quando sinto aquelas pontadinhas leve,ja corro e tomo logo dois EVE,vc conhece?eh tiro e queda,so nao pode deixar a dor chegar,tem que tomar antes.E ja faz mais de seis meses que nao sinto dores.
    um beijaooo.

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  2. Oi, Andreia! Você viu o site que eu falei, da Oetker? Começou agora, mas tem muito assunto interessante!
    Bem, quanto as colicas... se eu tomar qualquer remédio, pode contar que acordo só no dia seguinte, portanto, se eu tiver colica e estar trabalhando, tenho que aguentar até chegar em casa...
    Isso porque o EVE dizem que é fraquinho, fraquinho...
    Beijao!!^^

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  3. ola queridona,
    vou da uma olhadinha no site sim,acabei esquecendo de entrar.
    E sobre o eve todo mundo diz que eh fraco e da sono,no meu caso eu tomo dois por vez e eh tiro e queda,e nao me da sono nenhum,serio mesmo.
    um beijaooo.

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  4. Se for encher a caixa de comentários que sejam de opiniões úteis rs... sustentabilidade está em alta no Brasil. Um dos trabalhos que fiz em um dos módulos da pós era justamente sobre sustentabilidade. Onde eu trabalho, temos o ISO 14000 (gestão ambiental) aplicada em todos os setores da empresa, ou seja, tenho orgulho de trabalhar num lugar que valoriza essa questão. Acho importante, como diz a Marina Silva: dá pra desenvolver sem prejudicar o meio ambiente.... adorei seu post...

    Kisu!

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  5. Andreia, acessa sim. E aproveita e acessa também o Monalisa de Pijamas, você vai rir muito dos podcasts delas!

    Beijao!

    Bah, fico contente em saber que fez um trabalho relacionado a sustentabilidade! Como está no Brasil hoje sobre questões ambientais, reciclagens e aproveitamentos?
    Beijao!

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