O Caminho Que Escolhi para Seguir ( Por Favor, Repasse o Artigo)


Repasse: "As pessoas precisam entender que as crianças com necessidades especiais não estão doentes. Elas não procuram uma cura, apenas aceitação. Esta é a semana da educação especial. Noventa e três por cento das pessoas não vão copiar e colar este texto. Que tal fazer parte das sete por cento e...deixá-lo no seu mural por pelo menos, uma hora?"

Agora há pouco estava lendo o blog do digníssimo e sempre Alexandre, do "Lost in Japan" e um de suas postagens chamou-me muita a atenção. Fala sobre pessoas especiais e o preconceito que elas sofrem por causa disso (leiam "As Lágrimas dos Diferentes - Autismo e Preconceito").

Não somente pessoas autistas ou excepcionais (na minha opinião, pra mim é politicamente incorreto e preconceituoso falar "retardado"!) que sofrem com o preconceito, indiferença e até agressão por parte das pessoas que acham que "esse tipo de pessoa deveria ficar trancado em casa". Pessoas que sofrem de alguma doença (seja genética ou adquirida ou sequelas), também.

Tenho uma colega de trabalho cujo marido sofre de Mal de Parkinson. Teve que pedir aposentadoria por invalidez no trabalho dele e de dois em dois meses faz fisioterapia, o que diminui os tremores, mas para locomover-se depende daquele minicarrinho elétrico, que usa para sair, fazer compras, levar o gato pra tomar um ar... Ele descobriu a doença meses antes de casar-se com minha colega. Ele ficou receoso com a reação da minha colega se contasse. Contou, e sabe o que aconteceu? Ela o aceitou do jeito que estava mesmo e fazem mais de dez anos que estão vivendo juntos e muito bem.

Eu digo que isso é um caso de amor e superação. Superou os comentários maldosos de algumas pessoas e aceitou a mão de quem a estendeu.

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Quatro anos atrás, teve uma novela (aqui no Japão, claro) de onze capítulos semanais que tratava sobre autismo - "Boku no Aruku Michi", traduzindo para o título do artigo de hoje. Na resenha do site Fuji Creative, "o autismo não é fácil de compreender, porque se têm dez pessoas autistas, têm dez casos. Você tem que entender cada caso, do contrário, vai estar completamente perdido. Aqui, tem um caso de um rapaz autista de 31 anos, cujo intelecto seria como de uma criança de 10 anos. Devido à sua falta de compreensão, as pessoas ao seu redor ficam confusas e até irritadas com ele. Sua família cuida dele com dedicação e com a ajuda de sua amiga de infância, aos poucos vai se abrindo de seu mundo, mas continua a seguir seu próprio caminho. Este emocionante drama acompanha sua vida e como as pessoas ao seu redor mudam suas atitudes e acabam aprendendo com ele."

A novela, na verdade, faz parte da trilogia que se iniciou em 2003 com "Boku no Ikiru Michi" ("A Vida que Escolhi") e "Boku to Kanojo to Kanojo no Ikiru Michi" ("A Vida que Escolhemos"), mas não significaria que um estaria ligado ao outro, pois são temas diferentes (apesar que o ator principal é o mesmo), o que pode assistir um ou outro que não perde o fio da meada.

Uma das cenas (que seria o final do primeiro capítulo) é quando Teruaki (interpretado por Tsuyoshi Kusanagi) consegue um trabalho no zoológico onde sua amiga de infância Miyako (interpretada por Karina) trabalha. No meio do caminho, quando comenta a um transeunte o mesmo fica assustado.


Cena final do primeiro capítulo da novela "Boku no Aruku Michi", com créditos finais ao som de "Arigatou".

Uma das novelas que deveria passar (novamente) e devidamente legendado (aconselho também assistirem "Rain Man" e "Forrest Gump", que abordam também sobre o tema).

Foto que abre a postagem de hoje: via d-addicts, site que consigo encontrar a maioria das novelas e programas de variedades do Japão (e de alguns países também) e torrentar...

Comments

  1. Alexandre, obrigada. Meu post é curtinho, mas espero que transmita o recado pros leitores.
    Esse dorama dá pra encontrar no site d-addicts. Consegui torrentar e assisti. Muito tocante mesmo.
    Beijao!

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  2. Eu assisti esse dorama. E me fez questionar, chorar de emoção e retratou muito bem a superação.
    Adorei teu texto. Vou fazer a minha parte tá! abçs

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  3. Ótimo post...mas quer saber, acho que existem pessoas "normais" que são muito mais deficientes que os próprios deficientes. Acho impressionante que ainda exista preconceito sobre esse assunto mas infelizmente ainda existe ne?

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  4. Oi, Anna! Saudades de ti!
    Eu fui assistir essa novela bem depois, muito tocante mesmo (acho que foi uma das novelas mais bonitas que assisti de Tsuyoshi).
    Beijao!

    Desabafando, é verdade: as pessoas que se dizem "normais" mas possuem esse preconceito, elas são mais deficientes do que as propriamente ditas. Infelizmente existe esse preconceito sobre o assunto.
    Beijao!

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  5. Kiyomi,
    Hoje, quando liguei o pc, e vi o post do Alexandre, mesmo com o meu tempo limitado, fiz questão de comentar e postar no meu blog também.
    Fiz questão de comentar, porque a cultura do Brasil é essa(a maioria).
    Meu pai tem mal de parkinson, ele fez uma cirurgia no Japão, que ajuda a amenizar os tremores, eu sei que ele não voltara mais para o Brasil, e o entendo perfeitamente.
    Aqui no Brasil, tudo que é diferente, ou é motivo de piada, ou é ignorado.
    Falo isso, porque quando fui tentar pesquisar sobre a doença no google, vi muitos videos e piadas sobre a doença, e todo feitos por brasileiros.
    O que podemos fazer, é isso....um pequeno começo, como essa postagem, mas a partir daí, esses 7% vão aumentar com certeza.
    beijos

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  6. Apesar da novela passada das 20h na Globo retratar o cotidiano de uma deficiente (rica, mas deficiente), houve uma grande melhora em relação aos deficientes no Brasil e isso é uma coisa que me chamou a atenção logo de cara qdo voltei. Claro que não é nada absurdo, mas aos poucos eles estão tomando espaço, estão sendo criados espaço pensando neles, as empresas precisam contratar etc... Muito legal esse texto.

    Kisu!

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  7. Fabiana, o triste sobre determinada molestia é que há preconceito e desdem. Mas felizmente, existem pessoas que entendem bem o caso. Falo por experiência propria: namorido sofre de disritmia cerebral, o que faz ele ser dependente de remedios por toda a vida, e se fizer cirurgia, nao garantem se ele voltara a ter a mesma vida normal. Portanto, enquanto o medico receitar os remedios, ele pode fazer quase tudo (exceto escaladas e pilotar aviao). O problema é quando ele fazia entrevistas de emprego, ele tinha que omitir essa informação, pois a ultima vez, recusaram-no dizendo "nao contratamos gente doente", o que quase baixou sua autoestima.
    Felizmente ele não tem crises de tremedeira nem vertigem, mas nunca se sabe. E aceito ele do jeito que é mesmo...
    Beijao!

    Bah, soube sim, no Brasil, que existem empresas que contratam pessoas especiais para executarem serviços, mesmo que simples, mas que possam dar-lhes a autoestima e a vontade de viver e integrarem-se na sociedade. Eu acho muito genial a iniciativa dessas empresas de estimularem o trabalho e integração delas. Mesmo em passos lentos, digo que seria um grande avanço.
    Beijao!

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