Transição

Desde julho estou numa fase que eu chamaria de "transição". Mas estaria passando para "renovação".

Seria a fase em que estaria atravessando por certas dificuldades, mas superando cada uma delas. Contornando algumas e outras tenho que estar munida de paciência. E com o espírito preparado para escutar/receber cartas de retorno com a mensagem "sinto muito, mas ficará para a próxima". (Tá, e o dia que me chamaram para conversar, concluo que não sirvo pra vender alfinete pra formiga) E não estou escolhendo serviço, mas tenho que estar consciente que não posso ficar pegando qualquer coisa para não parar no hospital depois. E olha que pra criticar, público garantido eu tenho, hein!

Tenho que aguardar resposta de alguns lugares, pois enviei currículo e tenho que esperar nem que seja "sinto muito, ficará para a próxima". Não estou perdendo esperanças.

Sobre o lado emocional. Estou mantendo uma certa rotina em casa e fora desta. Arrumando o apertamento e vendo como me livrar de algumas coisas, pois acontece de ter que mudar (algo que vivo falando sempre mas nunca consigo porque sempre acontece algum imprevisto) e se a casa for menor, onde vou colocar os móveis... Não entendi porque algumas lojas de segunda mão dizem que "móvel com mais de dez anos de uso, nem adianta pedir para buscarmos". Ainda se fosse eletroeletrônico eu entendo, mas... uma mesa? Uma cama??? Vai entender....

Voltando ao foco: para eu não ficar estagnada, até a hora do almoço, mantenho minha rotina de "hysteric housewife", e fora ainda dar uma bela de uma navegada na internet para me atualizar. Durante a tarde ou eu vou no Women's Forum of Yokohama que fica perto de casa (tá, uns vinte minutos de bicicleta) e participo de algumas palestras ou de bate papos com um grupo específico. Só assim eu melhoro meu nível "até quanto eu entendo de língua japonesa". Ainda aproveito a biblioteca, dou uma arejada na mente...

Quando falei do meu lado emocional, a tormenta que estava me afetando como mencionei na primeira quinzena deste mês, aos poucos está sendo contornada. Estou ainda aparecendo com pouca frequência nas redes sociais, é verdade. Mas às vezes aparecem algumas coisas que leio e vejo e nem contesto ou discuto para não passar mal (mais do que passo ao ler ou ver), mas existiram alguns comentários e trocadilhos infames que eu, particularmente, fiquei sentida, mas nem retruquei mais pois quero evitar constrangimentos com minha pessoa. Pô, eu também tenho amor próprio...

Pois sim, ainda estou naquela história conforme relatei na postagem "Tormenta?", mas melhor eu comentar ou repassar alguma mensagem que eu tenho certeza de que é válida. O restante, deixar passar batido. Confesso que teve um retweet que recebi (acho que quem segue a pessoa também), cujo avatar (foto) quase me fez cair da cadeira. Fiz um pequeno comentário logo que imediato, porque aquilo me chocou (e acho que qualquer pessoa mais liberal que seja também ficaria) e sei não se recebi alguma indireta, mas dane-se. Acho que foi recente, nem eu mais lembro (dá unfollow nele, oras!).

E antes que muita gente me interne ou tente me converter, vou avisando: já tenho onde recorrer e onde refletir, só gostaria que respeitassem minhas decisões. Opiniões, desde que sensatas, sempre são bem vindas.  Claro que ninguém poderá ter opinião igual a de outra e a minha também. Mas eu agradeço sempre que existem pessoas que compartilham e apoiam, da mesma forma que compartilho e dou forças para que a pessoa consiga se resolver também.

Essa fase de transição para renovação tenho que fazer aos poucos, como eu havia mencionado antes - fazer tudo no atropelo, na pressa e sem pensar, pode trazer resultados bem desastrosos e no que poderia resolver em menos espaço de tempo, perde-se o dobro tentando consertar.

Ultimamente me sinto como Nino, na foto acima: momento de reflexão solitária, sabendo que existem pessoas que lhe dão forças (foto: revista MORE, da coluna mensal "Itto" que Ninomiya escreve desde 2009, obtida via comunidade que pertenço, o OL). 

Comments

  1. Oi kiyomi, já passei e ainda estou passando por uma tormenta do qual em Outubro já vai fazer 3 anos...(tive perda total de audição num ouvido e no outro escuto só 25%)
    Pergunto até hj pra Deus pq tinha que acontecer, sei que quando chegar o mês vou passar alguns dias chorando... Por causa disso perdi uma oportunidade de mestrado por causa do preconceito da orientadora. Emprego então ficou difícil de conseguir um, quando consigo tenho q mostrar que sou capaz.
    Respeito pelo o que está passando. Infelizmente tem gente que é cruel em dar opiniões...
    É preciso lutar sempre acreditar por mais que seja difícil.

    Abraços

    ReplyDelete
  2. Olá Kiyomi,
    Momentos de transição ou transformação não são fáceis de enfrentar. Sempre teremos que abrir mão de algo e fazer escolhas. Mas são momentos importantes, caso contrário nossa vida ficaria meio que estagnada.

    Nestes momentos acabamos repensando muitas coisas e quando tudo passar, fica aquela sensação de uma nova etapa a ser enfrentada.

    Abs,
    Carlos

    ReplyDelete

Post a Comment