Toda Foto Conta Uma História


Desculpae, sociedade, mas este cara é o The Best!

Apesar de ser título de álbum do início dos anos 70 do cantor escocês Rod Stewart (bons tempos em que ele era um ótimo cantor antes de descobrir o glamour do jet set society), se pensarmos bem, cada foto que tiramos - seja do celular ou de alguma câmera de última geração modernosa - traz alguma história, por mais que queiramos negar.



Shibuya, diante do 109, famosa por suas lojas e cartazes enormes. E esse seu olhar não me engana...
Ultimamente nem tenho tirado tantas fotos assim, mesmo porque, depois que mudei-me, estou saindo muito pouco. Ainda, pois preciso conciliar o maldito tempo + trabalho + folga, o que estou tentando a duras penas. Quando vejo algo interessante, felizmente carrego o celular e acabo fotografando, por mais tosca que seja a paisagem, ou um cartaz (mania que tenho de fotografar cartazes de propagandas), ou alguma figura legal, desde que eu consiga captar a imagem e ninguém venha depois me espancar.

Tudo comprado a 105 ienes, e excelente qualidade!!!
Voltei ao velho hábito: ler mangás!!! Teve uma época que eu lia mangás direto, daquelas de comprar a coleção toda. Um belo e triste dia, devido a situações adversas, fui "obrigada" a desfazer de boa parte de minha coleção, restando os seis volumes de "Mahou Kishi Rayearth" (mais conhecido como "As Guerreiras Mágicas de Rayearth"), os três volumes de "Suki, dakara suki" ("Gosto, porque gosto") e "Watashi no Sukina Hito" ("Minha Pessoa Favorita"), ambos do grupo de mangakas CLAMP. Como agora minha situação está aos poucos melhorando, e a descoberta de lojas de segunda mão que vendem como se fosse zerados como a rede Book Off, voltei a adquirir os mangás que outrora eu tinha e tive que desfazer, como "Hachimitsu to Clover" ("Mel e Trevos"), clássico da Chika Umino, que virou filme (há quem deteste, mas eu  gostei), anime e dorama. Completei os dez volumes, falta agora o "número zero" que seria o guidebook da série. 

Outro que consegui recuperar foi "My Girl", de Mizu Sahara, que virou dorama em 2010 (costumo dizer que, se não fossem Masaki Aiba e Momoka Ishii interpretarem Masamune e Koharu-chan respectivamente, o dorama nunca daria certo). Apesar de ter grandes diferenças entre o mangá e o dorama, a leitura para mim continua sendo indispensável.

Recentemente, estou (re)lendo "Kimi wa Petto", de Yayoi Ogawa. Sim, minha gente, aquele mangá que virou dorama com Koyuki e Jun Matsumoto, como Sumire Iwaya e Takeshi "Momo" Gouda. A semelhança do traço dos personagens com os atores é tão grande que até hoje tenho a quase certeza de que a Ogawa-san deve ter se inspirado neles para desenhar, porque não é possível!

Outro mangá que depois de anos de atraso e muita vergonha na cara, resolvi ler, está sendo "Hanazakari no Kimitachi e" (o famoso "HanaKimi"), de Hisaya Nakajo. Quem assistiu ao dorama original com Maki Horikita, Shun Oguri, Toma Ikuta, Hiro Mizushima, Masaki Okada e outros mais cotados, vai gostar do mangá. Isso porque, por ironia, eu descobri que o/a autor/a de "HanaKimi" também é autor/a de alguns doujinshi que eu tenho (algo que vou comentar futuramente, já tenho cobrança da Lominha).

Conheci a autora desta série pessoalmente! Sério!
Viciando também em doujinshis... Como havia dito há pouco, eu farei uma postagem sobre isso. Só pros menos avisados - doujinshi seriam quase o equivalente aos "fanzines", em que aspirantes a mangaka fazem de forma independente e divulgando somente em feiras especializadas, tal como o ComiKet, realizado nos meses de agosto e dezembro, no Tokyo Big Sight. Fui na edição de verão e posso dizer o seguinte: como tem gente que desenha, minha Nossa Senhora!!! Geralmente os doujinshi são personagens e enredos originais, mas tem autor/a de doujinshi que fazem paródia de seus personagens/ artistas favoritos. Os mais visados, pelo que andei percebendo, tanto no ComiKet, como indo nas lojas especializadas (como a rede Mandarake), seriam os artistas da Johnny's (nota: ao contrário que muita gente deve ter pensado, quem domina a maior parte dos doujinshi Johnny's não seria o Arashi, mas sim, o KAT-TUN!), animes como Tiger and Bunny e até mangás conhecidos do grande público, como Hetalia, Kuroshitsuji e outros mais cotados que agora me fugiu na mente.

Uma boa parte dos doujinshi costuma ter enredos shonen-ai e yaoi. Sim, os mais fortes devem ter entendido que os enredos seriam de cunho homossexual, variando do amor mais fofo, puro açucar que dá até enjôo até pegando pesado, se me entenderam muito bem. E antes que me perguntem, eu respondo: sim, eu tenho bons exemplares de doujinshi variando entre o amor inocente passando por companheirismo e chegando às vias de fato (isso se não tenho doujinshi que tem tudo de uma pancada só). O que mais me impressiona é que tem autor/a de doujinshi que desenha bem pra caramba!

O Love Potion #31 ficou escondido...

Seja inverno ou verão, primavera ou outono... Continuo tomando sorvete. Um tempo atrás, a rede de sorveterias Thirty-One Baskin Robbins estava com uma campanha de "compre três bolas e pague duas", o "Triple Challenge". Já mesmo eu acabei indo em várias oportunidades. O desta foto, foi no Tokyo Dome, depois de eu ter ido no evento "Waku Waku Gakkou" (okay, estou devendo essa resenha desde junho), no qual pedi os sabores de chocolate com menta (chocomint), frutas vermelhas com chocolate (Love Potion #31) e baunilha com cookies (Cookie Vanilla). Eu sei que sai um pouco mais caro do que comprar aqueles simplesinhos de supermercado (que eu também adoro), mas de vez em quando não mata ninguém, exceto minhas solitárias...

Sorvete de framboesa com baunilha e boa leitura!
Resolvi variar um dia e ter ido em um restaurante que serviam comida orgânica em Yokohama (preciso lembrar o nome do local, mas sei que é dentro do Bay Quarter), e fui experimentar o sorvete de lá. Experimentei o de raspeberry (framboesa) e baunilha. Apesar do precinho ser meio "salgado", vale a pena, pois o sabor é suave e nada enjoativo. O dia que eu for pra Yokohama novamente (algo que vai ser meio difícil, porque atualmente estou morando numa cidade que, se ir de trem, levarei cerca de uma hora e tanto para chegar, isso se o trem não demorar entre uma baldeação e outra) eu irei nesse restaurante de novo e farei uma resenha sobre isso, porque aí vou aproveitar e almoçar ou jantar lá.

Ninguém leu errado: sim, creme de...
Literalmente salvou minha pele: Em julho deste ano, tive que pedir demissão do emprego anterior porque comecei a ter problemas dermatológicos. Melhor explicando: trabalhava com controle de qualidade de parafusos. Até aí tudo bem, se não fosse o fato de trabalhar com as peças embebidas em óleo e dependendo da peça, a mesma pesava mais de cinco quilos (e vai fazer análise da peça uma a uma de uma caixa contendo mais de 3000 unidades). Mesmo usando proteção, não teve jeito ~ acabei com os braços cheios de manchas e feridas, parecia que eu havia sido atacada por pernilongos, mas era alergia!!! Quando fui ao dermatologista, ele foi reto e direto - "se não parar de trabalhar com esse tipo de material, poderá te dar problemas futuros!" - ainda mais que fui descobrir que estava com um caroço no seio, mas felizmente não era nada (tanto que depois que sai deste emprego, o caroço sumiu). No atual, logo na primeira semana, as costas de ambas as mãos ficaram em carne viva!! Uns disseram que seria devido ao material das luvas que estava usando. Pior que não podia passar creme algum antes de usar as luvas, porque trabalho com alimentos. Por algumas semanas tive que usar creme hidratante comum, sem muito sucesso. E nos dias de folga, quando saía, cobria os braços com aquelas luvas que as nipônicas usam para evitar de tomar muito sol, para que ninguém ficasse reparando o estado de minhas mãos, porque estavam num estado de calamidade pública, que eu fiquei com medo de tirar foto para mostrar.

Eis que um dia de folga, andando na loja de departamentos que tem na cidade, encontro a loja da rede The Body Shop. Talvez fosse uma esperança para que melhorasse a pele de minhas mãos, já que a loja trabalha com produtos 100% naturais e costumo usar alguns produtos da marca. Perguntei à vendedora qual seria o melhor creme e mostrei o estado que estavam minhas mãos. Imediatamente ela me indicou o creme feito a base de óleo de sementes de cânhamo, mais conhecido como... maconha! Mas como eles utilizam somente o óleo da semente e processado, claro que as propriedades alucinógenas da dita cuja somem (tal como a história das sementes de papoula). Resolvi arriscar, já que na embalagem está informando "para peles ultra secas".

Resultado: em uma semana minhas mãos voltaram ao normal, inclusive acho que o creme saiu melhor que a encomenda, pois nem rugas típicas da idade aparecem direito. Agora, eu tenho que fazer o ritual todo dia: antes de ir ao trabalho e antes de ir dormir e quando sair em seu dia de folga.

Se o Sakurai já tá sendo dificil pra montar...
Quando resolve brincar de paper toy... Parte da culpa foi da Kah Kaneko, que ela me apareceu no twitter e no FB com fotos de paper toys que ela conseguiu na weibo (tipo de um live journal chinês) e pedi os moldes. Imprimi e agora quem disse que eu terminei de montar o Sho Sakurai de hakama, inspirado na campanha da programação da Fuji Television de Ano Novo? Bem, se minha paciência voltar, acho que termino para a programação da Fuji Television do Ano Novo de 2013... (isso se não resolver montar o grupo todo, porque se já fazem uns dois meses que estou tentando montar o Sakurai, imagine montar os outros quatro...)


Shibuya: Recentemente, ao saber que seria minha folga, imediatamente me aprontei, peguei a bolsa e fui bater perna em Shibuya. Bem, digamos que fui para lá com outros propósitos, mas o importante era que eu queria aproveitar a oportunidade dada. Fazia algum tempinho que não ia para lá, diferente da época em que eu trabalhava em Ikebukuro e fazia baldeação em Shibuya, e quando era cedo demais para chegar ao trabalho, ficava andando nas ruas do bairro mais fashion e descolado.

O famoso cruzamento visto do Mark City Shibuya
Mas como foi algo nada programado, só deu para fazer o que eu tinha que fazer e andar um pouquinho. Se bem que deu para aproveitar e dar uma passada na Book-Off e completar minhas coleções de mangás.

Um dia, mesmo se calhar de me derem folga em cima da hora, eu irei andar e aproveitar mais do local, embora existam lugares que eu já sei decor e salteado, cada rua traz uma novidade, e numa dessas ruas a gente acaba descobrindo um restaurante bacana, um izakaya bem mais em conta, uma loja de roupas fashion mas com bastante descontos (Forever 21, H&M e similares do fast fashion não contam), livrarias diferentes...

No mercado negro custa 15 mil pilas!!!
Não basta ter sorte, tem que ter dinheiro!!! Vinte entre dez meninas da minha timeline do twitter quer meu fígado e pendurar num poste, outras venderiam até a mãe para estarem no Japão. Tudo porque em agosto deste ano, anunciaram o lançamento de um álbum especial do Arashi - o "Ura Ara Mania"  (vai ter resenha em breve, não sei quando) - que seriam B-sides, inéditas e tocadas somente em ocasiões especiais. Até aí tudo bem, se não fosse 1) o álbum tinha que encomendar através do site da gravadora deles e 2) somente era válido no território japonês, ia ser entregue via takkyuubin registrado nos dias que seria o show especial do quinteto - o "AraFes 2012", realizado nos dias 20 e 21 de setembro no Estádio Olímpico de Tokyo. Daí o motivo de necessitar endereço no Japão. Pra piorar, só poderia fazer um pedido por pessoa!!! Eu sei que teve gente que deve ter criado vários e-mails e colocado até o cachorro para conseguir um exemplar. Mas no ato do pedido, eles solicitam o número do seu telefone celular! Se a família for numerosa e cada um tiver um aparelho celular, era fácil, mas não era o meu caso. 

Muita gente me deu indiretas no twitter pelo fato de eu ter conseguido o meu, justamente porque eu moro no arquipélago, "tem facilidade de ter tudo", "consegue comprar tudo", e por aí vai. 

Ohayouuuuuuu minha gente!!! Não basta eu morar no Japão, né? Para eu conseguir comprar até o curativo para estancar o corte devido a uma unha quebrada eu tenho que trabalhar e pesado ainda por cima. Parece que muita gente acha que estou morando aqui e vivendo na vida boa... Queria só ver trocar o dia pela noite, encarar doze a quatorze horas num trabalho repetitivo e tudo o mais...

Fotos: todas da autora via celular, acreditem se quiser a parca qualidade de definição...

Comments

  1. Vc tá trabalhando com obentô? Já trabalhei com isso sim, mas eu não aguentava o frio e as roupas, máscaras, banhos de jatos de ar e exames de numero 2 todos os meses auhauahaua... mas foi uma época boa... o que me quebrou demais mesmo foi autopeças... até hj sinto as sequelas de trabalho como aquele... O Dú então, ficou travado.

    Mas é isso, a vida ai não é fácil,mas tem suas compensações e morar ai não tem preço mesmo... viver aqui no Brasil está cada vez mais complicado no quesito segurança. O país progrediu, mas o ser humano continua regredindo...

    Kisu!

    ReplyDelete
    Replies
    1. Oi, Bah! Hisashiburi!
      Na verdade, trabalho agora com alimentos, mais precisamente com bolos. O lado ruim é que a seção onde estou é quente pra caramba, porque fico na saída do forno para retirar os bolos e colocar nas bandejas para armazenarem nas geladeiras. Aí o bendito do choque térmico que pra pegar um resfriado vai ser um pulo rs.
      Nem me fale de autopeças porque tive problemas dermatológicos a ponto do próprio médico ter me mandado parar de trabalhar com isso.
      O que mais me entristece no BR é a falta de segurança, conforme o Carlos havia comentado. Não dá pra sair de casa sem estar tenso e pensando se volta pra casa incólume. Fico imaginando como vai ser os eventos de 2014 e 2016 desse jeito.
      Beijos!

      Delete
    2. Ué, mudou de área? Você não trabalhava com TI?

      Delete

Post a Comment