The Fab(ulous) Four



Depois do que aconteceu em 2001, fico na dúvida se o dia certo de lembrar que os Beatles começaram a debutar seria dia 6 de julho, dia em que John Lennon conheceu Paul McCartney durante uma festa na St. Peter's Church, ou seria dia 11 de setembro, quando os Beatles - já em sua formação que eternizou o mundo - gravaram seu primeiro single.



Independente disso, mesmo o grupo ter deixado de lançar material "novo" há anos, os Beatles continuam sendo lembrados (seja por bem ou por mal, mas lembram), influenciam muita gente, e aquela história que muita gente sabe. Fãs surgem todos os dias, mesmo por osmose ou como dizem "posers" (mas que depois muitos tornam-se fãs de verdade).

Até hoje a origem do nome "Beatles" é uma controvérsia - dizem que seria um trocadilho com a banda de Buddy Holly (The Crickets") e quiseram ser "Beetles". Como se tratava de uma banda de rock, "Beatles" seria a junção das palavras "beat" (ritmo, batida) com "beetles" (besouros). Outra, talvez a mais aceita, é uma crônica que John Lennon escreveu para o jornal "Mersey Beat", na edição de 6 de julho de 1961:

"... muitas pessoas perguntam que são Beatles? Por que Beatles? Ugh, Beatles, como esse nome surgiu? Então, vamos contar a vocês. Veio numa visão - um homem apareceu em uma torta flamejante e disse para eles - 'de hoje em diante, vocês se chamarão Beatles com A'. Obrigado senhor, eles disseram, agradecendo-o ..."

Tanto é que, um dos álbuns de Paul McCartney se chama "Flaming Pie" por causa dessa história que John contou.

Sou fã dos Beatles desde 1982, ou seja, depois que as esperanças do grupo se reunir novamente foram embora de vez. Já fui daquelas bem xiitas, insuportáveis, fanáticas, mas depois que ingressei no magistério, gente diferente e gostos idem, comecei a ser mais tolerante. E realista também, porque adolescência é fase dura de digerir muita coisa.

Claro que nunca deixei o quarteto de lado, continuo ouvindo as músicas deles, quando sai algo diferente deles, vou e compro, como livros de fotos maravilhosas, álbuns com músicas nunca lançadas oficialmente e só. Ponto máximo: ter ido duas vezes ver o Paul ao vivo (ia ter uma terceira vez, mas... saúde em primeiro lugar, Macca!)

Até hoje, os Beatles mantem o recorde da banda com 600 milhões de cópias vendidas de seus álbuns.

Conheço muita gente que faz de tudo pra conseguir qualquer item da memorablia do quarteto - desde o álbum cuja foto ficou polêmica em todo o mundo (a "butcher cover" da versão americana de "Yesterday and Today") até um tijolo do Cavern Club. Acho que pra mim, fazer um Beatle Tour na Inglaterra já estaria de bom tamanho, com direito a (tentar) foto na porta dos Estúdios da EMI da Abbey Road (segundo minha amiga Heloize, não pode mais, não sei desde quando, mas ano passado o Jun conseguiu).

Apesar dos Beatles serem uma das bandas que influenciaram muita gente no mundo artístico, nem sempre pode agradar a todos. Acontece. Hoje, se alguém chegar pra mim e falar que "ah, eu não gosto de Beatles", vou achar normal. Da mesma forma que não gosto de jaca.

O lado ruim é que não posso criticar quem é fã xiita, fanático de carteirinha, daqueles que "se falar mal do meu ídolo, vai apodrecer nas catacumbas do inferno", porque, como disse, já fui uma delas. O que posso fazer é ignorar, deixar quieto e ficar no meu cantinho. Posso comentar, mas descer o malho - como já fiz no passado até recente...


Por mais que a banda deixou de existir desde 1970, seu legado vai ser eterno. E vai ter muita gente querendo saber muito mais (e até um pouco o que não se deve rs) sobre a música, sobre eles e porque eles continuam influenciando gerações e gerações.

Mesmo eles terem se apresentado em lugares bem suspeitos em Hamburgo, nos porões do Cavern Club, num estádio lotado nos Estados Unidos, no Budokan, no terraço de Saville Row.

Mesmo eles terem músicas geniais (outras nem tanto), terem feito muita gente descobrir outros músicos graças aos covers que gravaram.

Mesmo eles terem um humor peculiar, nunca perderam seu sotaque regional, e nem tiveram vergonha de fazerem uma representação teatral (a modo deles) de Shakespeare.

Pyramus (Paul McCartney), Moonshine (George Harrison), o Muro (eu não sei quem fez esse papel), Thisbee (John Lennon) e Lion (Ringo Starr), no especial "Around the Beatles", transmitido no dia 28 de Abril de 1964, em comemoração aos 400 anos de Shakespeare ~ ele fizeram uma parte da peça "Sonhos de uma Noite de Verão" (Ato 5, cena 1, que deu inspiração para "Romeu e Julieta")


Incluindo no j-pop, gênero que eu gosto e, sim, os Beatles se fazem presentes em muita gente boa no mercado japonês, basta dar uma conferida (desde musicalmente até mencionados subliminarmente em capas e comerciais).

Onipresentes? Posso dizer que no caso dos Beatles, sim.

E pensar que tudo começou numa simples festa de igreja...

Imagens: tudo via google de diversos sites e fan pages.

Comments

  1. Putz, eu fiz o Beatles tour no Magic Bus, fui umas 3x na Abbey Road e tb no Cavern Club e é verdade que não pode mais tirar foto na frente do estúdio pq a galera fazia algazarra... mas pelo menos pode escrever o nome no muro... já é alguma coisa.

    E, eu sou fã do Pink Floyd e não consegui ver nada deles por lá, só um show cover... é muita ironia da vida...

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    1. Romina, e eu doida pra fazer esse Beatles Tour, só falta os fundos, porque disposição nunca me faltou. Claro que vou seguir suas dicas valiosas quando você foi pra lá lol.
      Sorte foi de gente que ainda conseguia tirar foto na porta dos estúdios da Abbey Road, porque dois amigos meus foram no ano passado e este ano, só deu pra tirar de longe. E ainda bem que dá pra assinar no muro (se ainda tiver espacinho pra fazer, porque o que deve ter de assinatura, não está escrito. Literalmente.)

      E agora o Pink Floyd vai lançar (ou já saiu) álbum novo!! Turnê nova por aí? Se tiver, não perca!!!

      Beijao!!! <3 <3

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