[Discoteca Básica do Empório]: Arashi ~ "LOVE"





No dia 30 de junho de 2013, que foi o último dia do evento "Waku Waku Gakkou" no Tokyo Dome, o quinteto Arashi anunciou além da turnê nacional (o famoso "Five Dome Tour"), o novo álbum contendo os singles e material inédito. Daí por diante, sintam o drama de quem é fã do grupo mais popular do Japão.

Antes disso, eles já haviam lançado dois singles - "Calling"/"Breathless" e "Endless Game" - que ficaram em primeiro lugar logo no dia do lançamento. Durante o ano Novo até as gravações do material pro novo álbum, não ficaram parados. Além dos programas de TV e rádio habituais, comerciais e fotos promocionais, divulgação de filme (Kazunari Ninomiya com "Platina Data") e doramas (Masaki Aiba com "The Last Hope" na temporada de inverno e Sho Sakurai com "Kazoku Game" na temporada da primavera).

Um mês antes do lançamento oficial, uma das músicas já havia "vazado" nos programas de rádio de Satoshi Ohno (no Yokohama FM), Aiba (pelo Bunka Housou) e Ninomiya (pelo BayFM). A música "P.A.R.A.D.O.X." serviu como divulgação do álbum.

Quando o álbum foi lançado, no dia 23 de outubro de 2013, o mesmo logo já pulou no primeiro lugar de vendas pela Oricon e saiu em duas versões - a edição limitada, contendo o promotion video de "P.A.R.A.D.O.X.", e a edição regular, sem o DVD. 

O álbum dividiu o público - como se fosse novidade - em "fãs que adoraram", "fãs novos que não acreditram que pudessem ser eles" e "fãs que odiaram o álbum e botaram na fogueira".

Vamos às músicas:

- "Ai o utaou" (愛を歌おう) que abre o álbum, faz uso de cordas e coral, cuja intensidade da melodia aumenta a cada verso, complementando com a passagem do (indefectível e infalível) rap de Sho Sakurai. Uma das músicas mais intensas do álbum (Opinião pessoal: essa música deveria encerrar o álbum, mas vai saber como é feita a ordem das músicas...)

- "Sayonara no Ato de" (サヨナラのあとで) a melodia faz lembrar um pouco o ritmo de "ever" (de 2009), mas tem um tom mais triste, já que a letra fala sobre despedida.

- "CONFUSION" já bem mais agitada, dá a impressão de terem sido influenciados por bandas indie, com mistura de rock e pop.

- "Hit the floor", solo de Satoshi Ohno, é mais dançante (como a maioria dos seus solos) e seu vocal ajuda. Aliás, dos cinco, seu poder vocal é um dos melhores do grupo.

- "P.A.R.A.D.O.X.", foi a música escolhida para divulgação do álbum. Dançante, com boa levada techno, com direito a passagem de rap, não tem nem como ninguém ficar parado. A coreografia no promotion video do DVD que acompanha na edição limitada foi feita por JaQuel Knight (o mesmo que faz a coreografia para a cantora Beyonce), e o quinteto foi para Nova Iorque para isso (maiores detalhes, consta no panfleto da turnê "LOVE").

- "sugar and salt", solo de Sho Sakurai, novamente mostra que rappers também amam (vide as anteriores "Yume de ii kara" e "Kono mama motto", por exemplo), e alguns chegam a dizer que faz lembrar a época que Sakurai improvisava em seu (finado) programa de rádio, trazendo composições próprias (que, infelizmente, nunca foram gravadas oficialmente).

- "Breathless", double side A, do single com "Calling", foi usada no filme "Platina Data", protagonizado por Kazunari Ninomiya. Antes do single ser lançado, um trecho da música dava pra ouvir no trailer do filme nos cinemas, mas a versão completa, deu pra ouvir de primeira mão no programa de rádio do Aiba. (Cultura inútil: teve gente desocupada que teve a paciência de contar quantos "ohs" eles dizem na música inteira - 153 no total, vide no site da mirei22)

- "20825 nichime no kyoku" (20825日目の曲), solo de Kazunari Ninomiya, é uma homenagem à sua mãe, e pedindo desculpas por ter dado muito trabalho pra ela e que já está na hora de descansar. Houve gente que fez contagem regressiva a partir da data do lançamento do álbum e chegou a data de 17 de outubro de 1956 - provavelmente a data de nascimento da mãe do Nino. Logo depois que o álbum foi lançado, a música de abertura e encerramento do programa de rádio do Ninomiya - o "BayStorm" (BayFm, domingos, 22 horas) - mudou para esta.

- "Rock Tonight", é bem dançante e agitada, lembra um pouco o rock com pop dos anos 60, só pra divertir.

- "Endless Game", single que foi tema do dorama "Kazoku Game", protagonizado por Sho Sakurai. Assim como o personagem que protagonizou, a música também oscila entre a parte mais calma e a parte mais agressiva.

- "Calling", double side A, do single com "Breathless", foi tema do dorama "The Last Hope", protagonizado por Masaki Aiba. Na época, o single foi lançado em duas versões - "Calling"/"Breathless" (capa preta, com o PV de "Calling") e "Breathless"/"Calling" (capa branca, com o PV de "Breathless").

- "Yozora e no tegami" (夜空への手紙), solo de Masaki Aiba. Uma história triste mas que tenta trazer um pouco de otimismo nisso tudo. Comentário pessoal: pra mim, é MUITO difícil eu conseguir gostar de algum solo do Aiba (pra mim, os mais bonitos são "Friendship", "Yasashikute Sukoshi Baka", "Itsuka no Summer" e "Modori Ame"), porque por mais que eu tente, não consegui ouvir "Rakuten" inteira até hoje. Mas foi surpresa no álbum ele interpretar uma balada. Bonita, mas muito triste.

- "Dance in the Dark", solo de Jun Matsumoto. As Jun-baits e fãs me perdoem nessa, mas a maioria dos solos do Jun eu não consigo ouvir sem morrer de rir. Se ver a performance da música ao vivo, então... Até andar no ar ("Yabai Yabai Yabai") ainda a gente encara, mas pagando peitinho... ("Shake It"). Por muito tempo, muita gente fica com um pé atrás quando sai o solo do Jun (apesar de "We Wanna Funk, We Need a Funk", do álbum anterior, "Popcorn", é legal de ouvir, fica inevitável o trocadilho infame), mas desta vez, surpreendeu com um solo que lembra muito os musicais da Broadway dos anos 30. Nota: no verso "You wanna know my secret?", no fundo ouvem-se as vozes de Masaki Aiba e Sho Sakurai.

- "Starlight Kiss" outra faixa dançante, mas a letra traz um lado mais maduro do grupo.

- "FUNKY", traz uma mistura de disco e technopop, daquelas que ninguém fica parado na pista de dança. Na época em que sairam as datas da turnê, no site da JE, tinha até um vídeo ensinando como seria a coreografia da música. No programa "Music Station" deu pra ter uma idéia de como seria ao vivo. Como foi dividido em dois setores - "A" e "B" - muita gente teve que saber como eram as duas coreografias, porque quem recebesse o ingresso, vinha um panfleto informando qual seria o seu setor (Nota da autora: quando eu fui, o meu era o "A", mas mesmo assim a coordenação foi uma beleza -sqn).

- "Tears", balada que encerra o álbum. A letra traz sobre a tristeza da separação e que se pudesse, faria tudo diferente para ter a pessoa amada ao seu lado de novo. "Se pudéssemos voltar no tempo, quando éramos jovens/ te amaria muito que você nunca mais me deixaria de novo".

Notas:

- O álbum foi lançado no dia 23 de outubro de 2013 em duas versões - o limitado contendo o DVD com o video de "P.A.R.A.D.O.X." e o regular.

- E' o 12o. álbum da carreira do grupo - logo na primeira semana de vendas, atingiu a marca de 670 mil cópias vendidas. O que ocasionou do álbum ter ficado duas semanas no topo dos mais vendidos, além de ter ganho disco triplo de platina.

- A turnê "LOVE", realizado entre os dias 8 de novembro a 22 de dezembro nos cinco domes (a chamada "5-Dome Tour"), chegou a atingir a marca total de 840 mil pessoas (devido a posição do palco, no Tokyo Dome, por exemplo, que costuma ter cerca de 50 a 55 mil pessoas, atingiu 60 mil).

Opinião da autora: Como a gente sempre diz, "gosto nunca se discutiu, e também existem pessoas que não se discutem". O álbum trouxe opiniões MUITO divididas, como mencionei. No FB, de 20 pessoas que comentaram, 5 ou 6 gostaram e o restante literamente desceu o pau, a ponto de ter um tópico "desabafo" que gerou muita troca de farpas e discussão que, se fosse pessoalmente, já teriam saído no tapa.

Eu entendo que, mesmo quem é fã, não é obrigado a gostar 100% de tudo (quem me conhece, sabe que eu sou fã dos Beatles, e um dos álbuns que não consegui gostar 100% dele é o "The Beatles", aka "álbum branco", da mesma forma que da carreira solo do Paul, nem todos os álbuns eu gosto de todos, mas de uma ou outra música eu gosto), mas que tenha um pouco de senso em criticar.

"LOVE", por exemplo, teve gente que não gostou logo de cara porque a música que catapultou o álbum - "P.A.R.A.D.O.X." - traz um som "pesado", com uso de sintetizadores, assim como as três músicas que saíram em single - "Breathless", "Calling" e "Endless Game" - porque um trecho ou outro, as vozes foram modificadas digitalmente (essa discussão vem desde "Mada Minu Sekai e", do álbum "Boku no Miteiru Fuukei"). Sem falar que as temáticas são mais adultas e menos dançantes, o que desagradou quem gostava do grupo do tempo em que eles nem tinham 20 anos (lembrando que, na época do lançamento de "LOVE", todos eles já estavam com 30 anos ou mais).

Mas como nada no mundo está perdido, houve ótima recepção e aceitação do álbum. Teve fã que não acreditou o quanto o grupo amadureceu, e ganhou novos fãs, comentando que o grupo surpreende, ousando nos temas mais adultos (como "Starlight Kiss", "Tears" e "P.A.R.A.D.O.X."). Até mesmo nos solos os cinco impressionam, tomando uma postura mais adulta (vide "sugar and salt"). Claro que um pouco de diversão é muito bem vinda (como "FUNKY", "CONFUSION", "Rock Tonight" e "Dance in the Dark").

A capa e o encarte são um capítulo à parte: quem estava acostumado com o "jeito Johnny's de ser", ou seja, muito colorido e purpurina, leva um susto ao ver os cinco em fotos em preto e branco e seriedade tomando conta do lugar (embora alguns álbuns eles aparecem mais descontraídos como "Boku no Miteiru Fuukei" e "Popcorn").

O lado ruim de minha parte é que, como eu não fico presa a um único estilo musical (praticamente ouço de quase tudo, o que não gosto, nem ouço, mas também não fico comentando como muita gente costuma fazer), por isso que eu já aceitei muito fácil o álbum. Agora, existem uma parcela que empacou no tempo e ainda acredita que Arashi é apenas do primeiro álbum e acabou. Outra parcela, que acompanha o grupo (mesmo tendo pego a época de "Hana Yori Dango" em diante), percebe a mudança e não se acomoda.

Abordei um pouco sobre artistas que mudaram o estilo musical, mas nem perderam a essência neste post aqui (foi quando saiu a maior briga de foice na época de "Face Down").ega o

Seja como for, discussões sempre existirão, gente que acorda com a disposição de criticar e chutar o pau da barraca. Mas haverão pessoas de bom coração que saberão compreender e criticar de forma mais branda possível.



Comments

  1. Povo chato que só reclama, eu conheço vááááááários... inclusive na minha timeline, tem uma menina que me dá vontade de mandar praquele lugar (pra não falar o português claro mesmo) de tanto que enche o saco. A menina teve a pachorra de reclamar qdo eles anunciaram o show no Havaí ano passado, que só pq ela conseguiu ir pro Japão naquela época eles iam pra longe, que "ninguém sabe o que eu passei pra estar aqui" *imagine a minha cara de "affff, senta lá kiridinha" aqui, hahahaha*
    Pior ainda aqueles chatos que pararam no tempo, e acham que Arashi tem que ser aquela coisa gay de "Kitto Daijoubu" xD que preguiça desse povo...

    Bom, mas falando do album em si... LOVE foi o álbum que mais gostei desde o TIME em 2007 xD sério, de gostar de todas as músicas e ouvir loucamente no repeat mode. Os outros, não que eu não tenha gostado, mas sempre tinha aquela música que eu fico "nhé" e passo XD
    Pra mim fica uma coisa meio marcante sobre meus dois albuns preferidos, pq pra o TIME em 2007 foi a época que o Arashi começou a decolar mesmo (dali em diante foi só subindo) e LOVE pra mim mostra o quanto eles amadureceram, como muita gente comentou. Não deixa de ser Arashi, mas eles mostraram que aqueles molequinhos cresceram e se tornaram homens. E o encarte pra mim foi um show a parte tb, adoro foto PB, fiquei apaixonada.

    Agora, se for pra falar de um album que pra mim foi nonsense e fiquei "WTH" qdo saiu, é o antecessor de LOVE, o Popcorn... achei engraçado e tudo o mais, mas achei total nada a ver aquelas cabeças de pipoca e o encarte do album LE com aquele livrinho que parece historinha pra criança, hahaha mas ok, vá?
    Enfim, gosto é gosto, né? Mas sempre vai ser assim oda vez que o Arashi lança album, tenho reparado que o povo fica tudo dividido. O Digitalian mesmo, teve quem adorou e quem odiou. Eu não cai de amores, mas gostei muito de muitas coisas nesse album. :)

    No final das contas, povo fica se matando brigando por algo que não vai levar a nada... eu dou a minha opinião, mas procuro ignorar certos comentários pra evitar de me estressar.

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  2. Tathy, eu sei como foi e como está sendo, porque até no The Digitalian muita gente reclamou horrores, especialmente na música "Zero-G" por causa das batidas eletrônicas e uso do "auto-tune". Quando LOVE saiu pra DL (porque eu até hoje preciso entender porque na China, Taiwan e outros países conseguem ter antes do lançamento oficial), no mesmo dia li cada comentário no FB que só não mandei meio mundo pra... você sabe onde, por educação. Mas eu sei como é essa gente: parou no tempo de Kitto Daijobu (eu gosto do PV, brinca com o cromaqui e tals, mas gente...) e acha que eles ainda têm que continuar no tempo em que eles nem tinham chegado na maioridade....!!!

    "LOVE" e "TIME" são dois álbuns que ouço por inteiro, como você mesma disse: de gostar de todas elas e colocar eles em repeat mode on direto até o CD furar hahaha. Os outros a gente gosta de 70~80% delas e o restante a gente fica com cara de paisagem. E confesso: "Popcorn" só salvaram "Face Down", "Wild at Heart", "Meikyuu Love Song", "Your Eyes" (ok, tudo música de dorama), porque nem o solo do meu ichi aka Sakurai, não me agradou. Ok, a do Jun até é bem divertida (você ouve as vozes dos quatro no fundo, sendo que o Nino aparece mais vezes), mas o título da música gerou muito trocadilho infame, por favor!!!

    Muita gente considera "TIME" como um dos melhores álbuns pra se ouvir do começo ao fim, os solos ninguém faz passar vergonha alheia, e as músicas mais amadurecidas. "LOVE" foi a melhor definição de que eles amadureceram sem deixar de ser Arashi.

    E verdade: desde "Popcorn" eu percebi que o povo ficou bem dividido - os que pararam no tempo e odiaram as mudanças e os que preferem que o grupo amadureça e traga novidades. Lembro que na época do "Face Down", muita gente desceu o pau por causa do uso do auto-tune, e pra explicar pra esse pessoal que o uso de efeitos eletrônicos de mudar o tom de voz em música vem desde os Beatles???

    The Digitalian foi aquele álbum que demorei um pouco pra acostumar, mas também gostei de muitas coisas. Dos solos eu gostei mais do Sho (bem mais divertido), Aiba (ao vivo ficou mil vezes melhor hahahaha) e Jun (finalmente ele acertou na mosca). Do Nino é engraçadinho, mas nesse ponto, saudades de "Gimmick Game" que ele era mais ousado. E justo do Ohno, que gosto da voz dele, eu deixei meio que passar o solo dele.

    E vai continuar assim: toda vez que Arashi lançar single/album/DVD, vai ter gente reclamando. Nem o DVD LOVE escapou: muita gente ficou de mimimi por causa da capa e esqueceram do conteúdo, que era o concerto em si. E o que acaba sendo pior: gente perdendo amizade e até mudando de lado por causa disso. Teve gente que me incluiu num post para discutir sobre o último álbum (eu nem tinha nem ido buscar o meu na época, demorei cinco dias) e pergunta se eu dei meu parecer...

    Beijao e arigatou pela visita e comentário <3

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