Redes [Nada] Sociais



Um dos motivos que me fizeram estar meio sumida nas redes sociais, seria o tempo. Eu sei que seria mais uma questão de eu administrar melhor o tempo, mas para quem trabalha e tem que cuidar da casa, da vida, entrar nas redes sociais só pra dar uma olhada por cima no que interessa e acabou.

Mas quando entro, eu tenho vontade de chorar. Acabo saindo e fazendo outras coisas para matar o tempo, como ler mangas, assistir o último capítulo do dorama que perdi...

Eu não sei o que acontece com essa gente nas redes sociais, que a cada dia que passa, eu fico impressionada o quanto essas pessoas têm o coração cheio de ódio. Cada postagem que leio, os comentários são diversos, desde os legais, passando para os engraçados e culminando com os ódio extremo, que só faltava matar o leitor com as palavras.

Eu entendo que ninguém é obrigado a concordar com tudo que o outro fala, mas que saiba discordar de forma mais civilizada, melhor dizendo. Porque vira um festival de xingamentos de baixo nível, que nem esfregando a boca com soda caústica adiantaria. Nessas horas que eu quase nem comento no FB para evitar a fadiga (*Jaiminho feelings*). Quem vê, no máximo eu comento nas postagens dos (poucos) amigos, nas comunidades de meus ídolos, doramas, comida e café, e compartilhando postagens fofas, porque num mundo como esse, um pouco de fofura nunca matou.

O Twitter para mim ainda continua sendo a salvação, porque foi através dessa rede social que conseguimos nos comunicar no dia do terremoto. E foi através dessa rede que conheci muita gente legal e bacana e continuamos a nos comunicar até hoje, e que muitas vezes me faz acreditar que o mundo sim, ainda tem esperança.

Só que às vezes existem pessoas que fazem a gente diminuir as esperanças de um mundo melhor. E cada comentário que dá vontade de retrucar, mas o jeito é ignorar, senão piora (ou melhor dar unfollow de uma vez, assim poupa muita dor de cabeça). Não é tanto como no FB (porque lá sim, a coisa pega fogo!), mas já li cada coisa que, quem ler, fica chateado mesmo.

E' normal a gente reclamar da vida (eu também tive minha fase de pessimismo tanto que levei muita, mas MUITA bronca mesmo), mas quando se torna constante, nem os mais fortes aguentam, outros acabam dando diretas. Dói, eu sei, mas só assim pra acordar pra vida.

Gente que reclama comparando a vida do lugar atual com o do anterior:  E' batata: se alguém morou muito tempo num lugar fora da sua terra natal e retorna, comparações são inevitáveis. Eu sei como é, porque quando fiquei um mês de férias, senti a diferença, mas procurei mais ver o lado bom - família, especialmente. Mesmo se a gente muda de uma cidade para outra, é normal sentir falta ou excesso de alguma coisa. O duro quando tem gente que leva ao extremo. Começa a falar mal de tudo, que tudo é uma droga, o povo é uma droga, e compara TUDO com a vida que levava no outro lugar. Já tive vontade de dizer na caruda "levanta o rabo da cadeira e vá fazer algo de útil, e se quiser voltar a tal lugar, que se esforce pra conseguir e sossega o facho", mas até hoje não fiz isso porque a probabilidade da pessoa me mandar pro inferno seria grande.

Gente que fala mal de um fandom para defender o outro: Acontece e muito. Já fui dessas e hoje me arrependo até o fio do cabelo. Portanto, hoje eu fico quieta, assisto/ouço as músicas nos programas de rádio/TV e comento somente o necessário. Só porque não gosta de tal grupo/artista que vai ficar tacando pedra e falando impropérios. Pode até não gostar, mas se a gente se limitar "ah, não faz meu gênero", até dá pra passar batido. Agora, quando desce o nível... Pior ainda quando o artista que a gente não gosta vai num programa onde o seu favorito está, aí o circo pega fogo. Já li comentário pesado mesmo, daquelas declarações de ódio ao ponto de dizerem "tomara que morra porque falta não fará". MELDEUS pra que isso???

Se bem que, no caso de fandom, ultimamente eu só observo. Nem meto mais a colher porque sei que não valerá a pena. Dói muito ler comentário de gente que fala mal horrores de tal fandom para defender com unhas e dentes o outro. Aí eu me pergunto: que raios de fã é esse que fica falando mal de um para proteger o outro? Foi numa dessas que um conhecido meu deu-me a maior bronca mas que me fez acordar pra vida: "Você fala mal de artista X, mas se a gente falar mal do seu, você iria gostar?"

Como eu havia mencionado alguns parágrafos antes: nem tudo está perdido, porque existem pessoas que ainda dão aquela luz de esperança que tudo vai melhorar. Gente que não se mete nem briga; que compartilha coisas boas, mensagens de otimismo, fotos e vídeos alegres. Puxa, o mundo já anda carregado de tanta maldade, porque não compartilhar alegria para dar um sopro de alívio nessa maluquice toda?

(E quando a gente compartilha algo fofo, muita gente ignora.)


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