Voltando à Sessão Pipoca

Ou seja, voltando a frequentar as salas de cinema daqui do Japão depois de terem liberado as sessões, desde que cumpram todas as normas de higienização e distanciamento social, conforme uma postagem que eu havia feito no mês passado.


Embora eu vá com um pouco de apreensão, ao menos a maioria das sessões que eu fui, o pessoal respeitava muito bem o distanciamento social (espaço de uma a duas cadeiras de distância), mediam a temperatura (na testa) e usavam máscaras (só tirando para comer e beber). 


De alguns filmes eu tinha comprado o ingresso antecipado (e bota antecipado nisso), pagando um pouco mais barato. De outros, eu usei os pontos que adquiri no cartão de fidelidade da rede de cinemas que costumo ir. Sem falar que ganhei alguns via aplicativo da operadora do celular que possuo (eu pago a mensalidade desse aplicativo pra quê, né?), e quando isso acontece, acabo comprando o combo pipoca e refrigerante, que, depois que voltei a frequentar os cinemas, acabo levando pra casa (a pipoca).


Não quero que ninguém tenha inveja ou raiva (ou as duas coisas juntas) pelo fato de eu e mais gente estar conseguindo ir ao cinema em meio a essa pandemia que ainda ficamos com medo de cair doente. Já começa pelo fato que o ingresso aqui é caro (1900 ienes em dia normal, mas têm os dias "mais baratos", sessão noturna e primeira sessão, dia de members card, dia das mulheres, dia dos casais, todo dia 1 do mês, todo mundo paga mais barato, e aí vai), o combo também não é tão barato assim (normalmente pago 650 a 700 ienes um copo de refrigerante médio e pipoca idem). E também que os filmes não são legendados, ou seja, um jeito de aprender a entender a língua japonesa...


Tem gente que não gosta de ir aos cinemas daqui pelo fato do pessoal não fazer barulho enquanto assiste o filme (segundo a Mikan, um dos pouquíssimos cinemas que o pessoal vibra durante a sessão, fica em Ikebukuro, mas é que passa animes BL, então sabem... e fora live viewing de concertos que o pessoal parecia que realmente estava na arena, porque pelo telão a história é outra), e também o fato de não vir legendado. Em português, diga-se de passagem. (Aliás, conheço muitos poucos brasileiros que vão aos cinemas daqui, mesmo quando passa algum filme "do estrangeiro". As queixas são as que mencionei no parágrafo anterior)


Claro que existem outras pessoas que moram fora daqui que dariam tudo para assistirem algum filme do seu artista favorito, mesmo inundando o e-mail das distribuidoras de lá, e empresas de streaming (oi, Netflix, por favor, façam a alegria dos fãs de filmes e dramas japoneses) pedindo encarecidamente um pacote completo dos doramas famosos ou não.

Mas espero que em breve, tudo volte ao normal, de ir aos lugares que outrora frequentávamos sem o medo de ser contaminado.


Imagens: todas da autora. De cima para baixo: cartaz luminoso sobre como se prevenir do covid-19 no cinema (Movix Miyoshi); MovieTicket Card e panfleto do filme "Kyuso wa Cheese no Yume o Miru"; quando fui assistir "Jiko Bukken" no United Cinemas Inazawa; os filmes que estariam para entrar em exibição em setembro e outubro (foto tirada dia 28 de agosto) no United Cinemas Inazawa; a rede Toho Cinemas tem parceria com a empresa Illumination, que produz animações como Minions e Pets (foto tirada na Toho Cinemas Tsushima).





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