Quinze anos que fazem falta

Sei que toda temporada de Formula-1 vem a mesma história: "Nunca houve um piloto como Senna", mas por mais que a gente negue até a última gota de gasolina que saudosismo seria cair no lugar-comum, Ayrton Senna faz falta no "circo" da Formula-1.

Quinze anos depois de sua partida, Senna deixou, além de saudades, o exemplo e preserverança e uma legião de fãs. Uma pena que não deixou sucessores. Antes que joguem mais pedras ainda no meu pobre mas limpinho apertamento, não quero dizer que Rubens Barrichello e Felipe Massa não estão fazendo bom trabalho, muito pelo contrário... Mas é que eles não têm aquela carisma que o Senna tinha, a ponto de comover o mundo todo.

Eu vos digo: depois daquele trágico primeiro de maio de 1994 os almoços de domingo nunca mais foram a mesma coisa. Perdeu aquela emoção de ver as corridas e torcer pro Senna ganhar nem que seja pontuando, pois ver Schumacher ser heptacampeão não vi mais graça alguma. Se hoje as escuderias inventam de acrescentar um ponto aqui e ali e o pobre do piloto depender mais de equipamentos, antigamente dependia era da capacidade física e lógica do piloto. Um errinho ali...

Fica a eterna pergunta: se Senna tivesse escapado daquela curva em San Marino, qual seria a trajetória da carreira dele? Teria sido heptacampeão? Estaria na Ferrari? Teria uma aposentadoria digna e estaria tocando os negócios e entidades que deixou? Estaria ainda no automobilismo mas na Formula-Indy? Todas as respostas se dissiparam naquele dia de maio que parecia ser o pior dia para se ter uma corrida.


Donnington Park, 11 de Abril de 1993 - Ayrton Senna provando que até o Sonic, o porco-espinho da Sega, perde dele... Foto de Mike Hewitt, dos arquivos Life

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