Fazendo o bem



Quem mora aqui (e fora também) sabe que dia 11 de novembro, a empresa alimentícia Ezaki Glico, para aumentar as vendas, numa estratégia de marketing, criou o "Pocky and Pretz Day", porque se colocar 4 palitos desses produtos, um ao lado do outro, vira 11.11.



Daí, pra aumentar as vendas, resolveram criar um personagem que, mesmo parecendo horripilante, de causar medo - o "Devil Nino", protagonizado pelo simpático mas troller, muquirana, viciado em games, cara de pau, língua afiada Kazunari Ninomiya. Só pra encurtar a história, Nino era um rapaz muito ganancioso e egoísta, daí como castigo, o cara lá de cima o transformou em um diabinho. E só voltaria ao normal se dividisse o Pocky para outras pessoas. Os comerciais com o "Devil Nino" fizeram tanto sucesso, que mantiveram o personagem por um bom tempo, incluindo o final em que ele teria que enfrentar uma criatura das trevas que estaria dominando a cidade. O público escolheria o final - se ajudaria ou não o diabinho.


Como surgiu o "Devil Nino", no site oficial do Pocky, em 2013.


Baseado no comercial em que o Devil Nino vai para o interior de trem e encontra uma senhora que dividiu uma mexerica pra ele porque achou o diabinho bonitinho. Daí ele divide o doce para ela.

O que eu quero dizer com isso é que, se a gente pratica o bem, temos o retorno. Sempre acreditei que, fazendo as coisas boas e ajudando, por mais que não tenhamos o retorno merecido, já nos sentimos melhor. Apesar que, mesmo se a gente ajuda ao próximo e esta não lhe dá o devido reconhecimento, aí, essa pessoa não espere a segunda vez. Embora ouvi muitas pessoas dizerem que "eu ajudei tal pessoa e ela nem pra dizer obrigado prestou". E', eu sei como é isso.

Mas a gente não pode desistir, por mais que existam pessoas que nem reconhecem, sempre existirão outras que vão dizer um muito obrigado, agradecendo. E isso faz um bem danado.

Ainda lembro em um programa de rádio do Ninomiya, o "Bay Storm", em outubro do ano passado que, uma ouvinte mandou um e-mail dizendo que "se pensar em coisas boas e praticar o bem, quem sabe eu consiga ter coisas boas". Bem, no caso dela, era conseguir ser sorteada pro ingresso do concerto anual do grupo Arashi, na época era o "LOVE" Tour de 2013.

Por mais que eu já tenha levado cada topada na cabeça por eu ter ajudado as pessoas (erradas), eu ainda acredito que o "cara lá de cima" está vendo tudo. E um dia você pode receber em dobro. Posso me decepcionar com as pessoas, mas muitas vezes elas são orgulhosas (ou vergonha mesmo). Nem posso falar nada, porque por outro lado, eu também sou orgulhosa. Demais.

Uma coisa que aprendi com o tempo (e muitas topadas depois) foi deixar um pouco o orgulho de lado e aceitar a ajuda de terceiros para algumas coisas. Aquela história de "não faça todo o trabalho sozinha".

E também saber manter amizades, saber ouvir e compreender as pessoas. Sei que algumas são um osso duro de roer, mas outras nem hesitam em varar madrugada adentro conversando, desabafando, rindo, chorando. Ter um ombro amigo, mesmo distante.

Por isso que tenho que agradecer muito às pessoas com quem ainda mantenho um grande laço de amizade, porque uma ajuda a outra e nesse ponto eu sei retribuir.

(Esta postagem eu programei para ser publicado no dia em que estarei em Nagoya, reencontrando muitas Arashians brasileiras que estão aqui no Japão, batalhando, vivendo, se desdobrando em vinte para se manterem e que mereceram mesmo conseguirem ir nos concertos dos meninos, porque eles conseguem fazer a gente esquecer o quanto a vida é dura, mesmo em 3 horas de pura alegria e emoção.)


Agradecendo imensamente minhas amigas Arashians que moram em outras províncias por terem me dado uma oportunidade imensa de reencontrá-las e também conhecer as demais que, mesmo levando vidas diferentes uma das outras, tem um ponto em comum - gostar desses cinco meninos - que já passaram dos trinta, vai - que fazem a gente esquecer que a vida é dura, mas que a gente pode fazê-la feliz. =)

Imagens - Glico, tumblr e acervo pessoal.


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