[Dia de Jishuku] Ainda não é o fim



Embora a província onde eu moro já tenha saído do estado de emergência no dia 14 de maio, eu ainda estou em casa (literalmente), porque onde eu trabalho não voltaram às atividades normais (quando eu digo "atividade normal", seria a empresa toda, e não 10% e ainda por cima trabalhando três dias e folgando quatro), e ainda estou evitando sair, exceto ir ao lugares essenciais, aka comida.

Sim, eu sei muito bem que vai ter um monte de gente criticando esse "isolamento social" (se bem que acabou sendo mesmo, as poucas vezes que eu fui ao supermercado e drogaria, a quantidade de pessoas era bem menor do que o costume, todo mundo de máscara e a maioria cumprindo o distanciamento marcado no chão dos estabelecimentos, bem como os caixas de supermercado usando uma barreira para evitar eventuais clientes lesados que desafiam a pandemia e já sabem, né), cada um tem uma opinião própria, mesmo vivendo e presenciando aqui (há controvérsias...)

Mas ainda não é o fim, muita gente com consciência e muitos pinos na cabeça sabe que não podemos descuidar e continuar se previnindo. Desde evitar aglomerações, manter distância segura, usar máscaras (evitam o contágio), lavar bem as mãos e usar álcool em gel. Além do mais, muitos estabelecimentos já providenciam o álcool em gel (ou líquido, desde que seja 70%), medição da temperatura corporal, distanciamento até o caixa e os caixas usando uma barreira de plástico para tentar evitar o contágio. Pode não ser 100% eficaz, mas ajuda e muito.

Pelo menos onde eu moro, a maioria das pessoas estão colaborando no quesito de sair com máscara descartável (e de tecido também) e carregar álcool em gel na bolsa. Felizmente, aos poucos, os estoques de máscara descartável e álcool em gel estão sendo repostos. Não no mesmo preço de seis meses atrás... Mas não posso reclamar de nada, apesar de tudo o que está acontecendo. Minha saúde em todos os sentidos vai bem, obrigada.

Nesse período todo de jishuku, fiquei por aqui mesmo. No máximo, cidade vizinha (se bem que, dependendo do lugar, a divisa da cidade fica a dez minutos de carro). Saímos do estado de emergência, perguntem pra mim se fui pra bem longe... Pois é, fiquei bem acomodada, só quero ver quando eu voltar ao trabalho (tenho que agradecer que ainda tenho emprego também).

Mesmo assim, ainda vou continuar usando meus tempos livres (acredito que terei por um bom tempo) para estudar, traduzir e outras coisas que estava fazendo durante minhas "férias", afinal, não é porque minha folga vai acabar, que eu vou jogar tudo pro alto. Pode ser que eu não venha postar aqui com "aquela frequência" para a felicidade de muitos, mas em off, certamente estarei mais estudando para o JLPT em dezembro (já que o de julho foi cancelado por completo), desenho gráfico e, procurar dicas de programação, já que o mercado de trabalho está em falta neste ramo...

E eu espero muito que o mundo todo saia dessa pandemia. Que todo mundo (quando digo todo mundo é todo mundo mesmo no sentido literal) colabore com o que a ciência, a OMS, pede. Isolamento social, prevenção, quarentena. Para que diminua muito o número de casos. Porque em muitos lugares, a situação já está passando de ser tragédia. E que ninguém venha comparando com outros lugares, porque cada país está tentando fazer a sua parte (mesmo que pequena, mesmo que seja até controverso). E se em alguns lugares o número de casos diminuiu gradativamente, é porque muita gente está colaborando. Não importa se é aqui, na Oceania, na Europa. Cada um tenta fazer o que pode, por mais que muita gente critique o método utilizado em alguns países em que os casos diminuiram ao ponto de sairem da quarentena e levarem uma vida quase normal.

E olha que falta de informação é o que não está sendo.

(Na verdade, eu quero poder voltar à vida normal. De sair de casa sem medo. Mesmo saindo previnida, tomando todos os cuidados necessários. Para ter uma idéia, semana passada, ao ir na livraria, não consegui ficar nem meia hora lá dentro, embora tudo esteja ventilado, e com poucas pessoas. Normalmente eu perco a noção do tempo. Ou seja, desde a pandemia, qualquer lugar que eu estou indo, já estou indo focando na compra de algo e ir embora. Até mesmo em livrarias, que eu gostava de passar um bom tempo lá, inclusive em todas as lojas da rede Book-off - famosa rede de livros e revistas de segunda mão e em bom estado - proibiram a prática de ficar lendo e dependendo, não levar, algo comum e ninguém reclamava.)

Foto: da autora, numa pausa para café durante uma postagem de algum texto.

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