A verdade é que, quando temos um pouco de tempo sobrando, queremos fazer mil coisas que planejamos no decorrer do trabalho. Daí chega na hora, sempre acontece algum imprevisto e, tudo o que planejou, metade fica pra próxima. Comigo não é diferente.
Muitas vezes eu quero ser aquela pessoa multitarefa, que consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas tive que desacelerar aos poucos no meu próprio trabalho que, se fizer tudo de uma vez, o resultado jamais será bom - e refazer dá trabalho dobrado.
Eu estou aprendendo aos poucos (e a duras penas) dividir melhor meu tempo. Ainda mais que desde metade do mês de abril, estou mais em casa (e sair dela, só quando realmente preciso e saio protegida e previnida). E, para não desregular meu relógio biológico (mais do que já ficou, apesar de ele ter descoberto os finais de semana e feriados), durante a semana eu tenho que acordar mais ou menos no mesmo horário que acordava para ir trabalhar, fazer as refeições quase nos mesmos horários que eu costumo fazer e, intercalar com água.
E o resto das horas? Quem me conhece, sabe que nunca fui do tipo de ficar parada, exceto quando eu preciso tirar um período para recarregar as energias, porque ninguém é de ferro. Tirando fazer a faxina da casa (tenho alergia ao pó e, na primavera a situação piora com o kafunshoo), tiro algumas horas para estudar pro JLPT pra dezembro (eu espero!), reviso o curso de desenho técnico (porque não sei agora quando voltaremos às aulas presenciais), assisto alguns programas de TV para distrair, tento alguma receita encalhada (nem que seja couve refogada).
Mas também não precisa fazer tudo de uma vez só no dia. Você não precisa ler 30 livros nem assistir 200 filmes durante o período de folga. Não precisa ficar se culpando porque hoje você não leu o seu livro encalhado na estante esperando ser lido ou porque hoje você comeu cinco barras de chocolate porque você estava morrendo de vontade de comer. Isso não é competição. Faça no seu ritmo normal e quando tem vontade. É horrível fazer por obrigação, e quando isso acontece, perde todo o prazer que você tinha anteriormente.
Percebi também que, fazer o que você quer/gosta naquela hora, é importante. Porque nunca saberemos o que o amanhã nos espera. Seria viver intensamente? Mais ou menos.
Agradecer todos os dias por você ter saúde, por ter ainda trabalho nos tempos atuais, por ter condições de colocar comida na mesa. E por ter consciência do mundo atual. Agradecer às pessoas que estão se expondo para poder atender a demanda (como funcionários de supermercados, de conveniências, de farmácias, de hospitais).
Se a gente se cuidar, a gente pode continuar vivendo um pouco a cada dia.
Imagens: Gifs via Tumblr e GIF Magazine, imagem via Z Kai Preparation School, foto da autora, e tira via twitter @smileup_project
Muitas vezes eu quero ser aquela pessoa multitarefa, que consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas tive que desacelerar aos poucos no meu próprio trabalho que, se fizer tudo de uma vez, o resultado jamais será bom - e refazer dá trabalho dobrado.
Eu estou aprendendo aos poucos (e a duras penas) dividir melhor meu tempo. Ainda mais que desde metade do mês de abril, estou mais em casa (e sair dela, só quando realmente preciso e saio protegida e previnida). E, para não desregular meu relógio biológico (mais do que já ficou, apesar de ele ter descoberto os finais de semana e feriados), durante a semana eu tenho que acordar mais ou menos no mesmo horário que acordava para ir trabalhar, fazer as refeições quase nos mesmos horários que eu costumo fazer e, intercalar com água.
Beba água, muita água, para hidratar seu organismo, limpar as impurezas e fazer café ou chá.
E o resto das horas? Quem me conhece, sabe que nunca fui do tipo de ficar parada, exceto quando eu preciso tirar um período para recarregar as energias, porque ninguém é de ferro. Tirando fazer a faxina da casa (tenho alergia ao pó e, na primavera a situação piora com o kafunshoo), tiro algumas horas para estudar pro JLPT pra dezembro (eu espero!), reviso o curso de desenho técnico (porque não sei agora quando voltaremos às aulas presenciais), assisto alguns programas de TV para distrair, tento alguma receita encalhada (nem que seja couve refogada).
Como eu faço couve refogada com a couve que eu encontro aqui no Japão, felizmente agora em lugares mais acessíveis, como os mercados da Japan Agriculture e a rede Waku Waku Hiroba:
- 1 pacote de couve manteiga ou couve crespa para salada(a quantidade de folhas no pacote vai depender onde você comprar)- Manteiga- Sal- Pimenta- Alho moído
Numa frigideira, derreta a manteiga e frite o alho até dourar. Coloque a couve previamente cortada e lavada, refogue, acrescente sal e pimenta.
Atenção: as medidas vão do gosto de quem vai comer, porque eu faço no olhometro mesmo.
Mas também não precisa fazer tudo de uma vez só no dia. Você não precisa ler 30 livros nem assistir 200 filmes durante o período de folga. Não precisa ficar se culpando porque hoje você não leu o seu livro encalhado na estante esperando ser lido ou porque hoje você comeu cinco barras de chocolate porque você estava morrendo de vontade de comer. Isso não é competição. Faça no seu ritmo normal e quando tem vontade. É horrível fazer por obrigação, e quando isso acontece, perde todo o prazer que você tinha anteriormente.
(O fato de eu estar postando com mais frequência desde que entrei de "kinkyuu jitai sengen" ou declaração de estado de emergência, é que resolvi tirar muita postagem que estava no rascunho. Eu sei que a maioria é dorama, coisas da JA e mangá, mas também não vou ficar postando sobre a pandemia sendo que tem muito site postando a mesma coisa e isso estressa qualquer um, especialmente se vierem uma enxurrada de fake news. A situação já não está boa e ficarem repassando esse tipo de coisa (porque "fake news" nem pode ser chamada de notícia) piora mais ainda.)
Percebi também que, fazer o que você quer/gosta naquela hora, é importante. Porque nunca saberemos o que o amanhã nos espera. Seria viver intensamente? Mais ou menos.
Sobre viver intensamente, acho que andei me influenciando um pouco nos doramas especiais do 24 Hour Television que andei assistindo (ou dependendo, reassistindo), e muitos dos protagonistas que sabem que estão na fase terminal da vida, resolvem aproveitar o máximo dela, muito para amenizar a dor que sentem, muito para sentirem-se realizados.
Agradecer todos os dias por você ter saúde, por ter ainda trabalho nos tempos atuais, por ter condições de colocar comida na mesa. E por ter consciência do mundo atual. Agradecer às pessoas que estão se expondo para poder atender a demanda (como funcionários de supermercados, de conveniências, de farmácias, de hospitais).
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| Do twitter @smileup_project. Desde o início de abril, são postados diariamente vídeos do YouTube de vários artistas da JA e tiras ilustradas por Yuichi Nakamaru (KAT-TUN). A série "Stay Home 4-Koma" ou "Tirinhas Cômicas de Fique Em Casa", são historinhas curtas de um grupo de alienígenas que, de tanto que gostaram do Japão, esqueceram do próposito inicial, que era dominar o mundo. Nesta tira, é "O que temos que fazer agora" - Lavar bem as mãos, distanciamento social (de dois metros), arejar a casa e agradecer às pessoas que estão trabalhando para garantir comida e saúde. Era para ser publicada de segunda a sexta, mas a receptividade foi tão positiva que Nakamaru decidiu postar todo dia. |
Se a gente se cuidar, a gente pode continuar vivendo um pouco a cada dia.
Imagens: Gifs via Tumblr e GIF Magazine, imagem via Z Kai Preparation School, foto da autora, e tira via twitter @smileup_project
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