Atualizando para Versão 5.0

Ou como queiram interpretar, 50 anos. Cinco décadas. Meio século.

Nem eu acredito que hoje completo 50 anos. E se perguntarem para mim o que mudei nessa versão, talvez alguns quilos a mais e mais cabelos brancos, mas essas coisas a gente resolve mudando os hábitos alimentares e uma boa tintura nas madeixas, mas continuo bem de saúde, da mente e das emoções. 

E ainda na árdua batalha em melhorar de vida profissional, cujo objetivo logo será alcançado se depender de mim mesma (aos poucos estou chegando lá!). 

Ainda continuo gostando de idols, música pop japonesa, meus artistas do estrangeiro (Beatles sempre em primeirão), lendo manga e revistas em japonês (embora eu tenho a mania moderna do tsudoku, que é acumular livros e deixar pra depois), assistir filmes (seja em casa ou no cinema). E ir em cafeterias diferentes, se bem que com essa pandemia, estou evitando sair sem necessidade, a não ser que eu vá quando eu já estou com compromisso marcado. Quesito concertos e eventos... melhor deixar para o ano que vem, quem sabe estaremos um pouco mais seguros, certo?

Na real, eu não ligo muito no quesito idade e gosto pelas coisas. Não é que cheguei na metade do século que eu vou ser aquelas senhoras acabadas e frustradas da vida (mas também não dá pra ter hábitos de garota adolescente, embora eu tenha que saber um pouco a gíria que elas usam atualmente, pelo menos aqui no Japão). O que ajuda em mim é como eu sempre disse: nunca aparentei a idade que eu tenho e, nunca fiz uma intervenção cirúrgia em minha vida (exceto nos dentes), o máximo que eu faço é pintar as madeixas, porque ficar com o cabelo parecendo o pêlo do calico cat ou mikeneko (aquele gato que tem três cores de pelagem, melhor dizendo)... É, vai chegar o dia que vou acabar deixando in natura ou se der na louca, pintar de cinza claro. Acho que pega menos mal.

Não tenho segredo algum, mesmo porque no quesito alimentação, eu até tento ser saudável, mas lembro que comida é algo que não devemos passar vontade... Imaginem eu com cosméticos - tirando o fato de eu usar xampu, condicionador e sabonete sem silicone, parabeno e sulfeto (produtos que acabam com o cabelo e pele), o resto eu sou uma negação e sei disso.

Quero dizer que eu sou uma negação no quesito maquiagem - eu hidrato e passo cremes antiidade e protetor solar - pois saio de casa de rosto tão lavado que, se eu passar alguma base ou lápis, sei lá se fará alguma diferença, mas nesse calor de rachar, nem arrisco. Ainda mais onde trabalho que eu transpiro por causa do lugar, a maquiagem derreteria toda. Quando chega o final de semana, dia que vou para as aulas, ao invés de ao menos tentar passar algo nos olhos... Sai de cara lavada. Mas cheia de hidratante facial e protetor solar, ainda mais usando máscara para evitar a contaminação.

Sempre estou naquelas que um dia preciso treinar "como valorizar seu olhar em tempos de pandemia", porque o que ficam visíveis atualmente com o uso da máscara cirúrgia, são os olhos... E qual o problema da gente levantar nossa auto-estima com maquiagem?!

Mas tenho dias que nem esquento a cabeça com essas coisas tidas como "mundanas". O que mais quero é me concentrar nos estudos, nos livros e na minha diversão doméstica. E se ter 50 anos muda alguma coisa na gente, eu espero que não.


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