Fotografia

Um dos muitos hobbies que eu tenho, mas que eu quase não comento com muita gente, é fotografia. 




Já não é de hoje que gosto de fotografar (mesmo com celular de modelo ultrapassado) e ir em exposições de fotografias. Posso não gostar muito de sair em fotos ou até mesmo fazer selfie (já não sou fotogênica o suficiente e quando não sai conforme o esperado...), mas eu gosto de fotografar, desde flores até prédios. Sei lá porque gosto de fotografar alguns prédios de arquitetura diferente, talvez porque eles sejam diferentes e isso me atrai.


Além disso, eu costumo frequentar exposições de fotografias, e isso vem desde quando morava em Yokohama. Quase todas as exposições que me interessaram foram em Tóquio. Quando mudamos para Aichi, fui em duas, promovidas por um grupo de brasileiros amantes de fotografia. Aí veio a pandemia e quase todos os eventos foram cancelados e/ou adiados para o ano seguinte. 


Confesso que eu tentei fazer curso de fotografia e participar de workshops, mas o que sempre pegava em mim, era o tempo (nos dois sentidos da palavra). Quando tinha fundos para poder fazer alguma coisa, os dias nunca coincidiam; e quando tinha o tempo, a verba estava curta demais.

Na verdade, eu preciso parar de procrastinar muita coisa, esquecer o cansaço e botar a mão na massa. Pelo menos metade do que planejei, está dando certo. Mesmo com a pandemia. Mas também tenho aqueles dias em que eu quero me desligar de tudo e dormir o dia todo (bem que eu gostaria, mas não consigo ficar o dia todo na cama), e tenho aqueles dias de bloqueio criativo, mas isso seria outra história.

Voltando ao tema fotografia, além de gostar de fotografar coisas aleatórias e ir em exposições - fui em vários, como o de fotojornalismo nos anos 60 (promovido pela Asahi Shimbun), duas mostras do fotógrafo Katsumi Ohmura para o telejornal News ZERO (em Yokohama, em 2012; e em Shinjuku, em 2014) e duas mostras do Photo Festival promovido pela comunidade brasileira em Nagoya (2018 e 2019). Sobre livros de fotografias é um caso à parte, pois normalmente não tenho um gênero nem fotógrafo definido. Mas, quem me conhece, sabe muito bem que tenho cinco photobooks e uma edição especial do Masaharu Fukuyama (quatro photobooks de outros fotógrafos, como Herbie Yamaguchi e Katsumi Ohmura, e dois dele mesmo, pois além de cantar, compôr, atuar, ser MC de rádio e TV, nas horas nada vagas, é fotógrafo). Fora alguns de idols em backstage de alguma turnê (isso inclui alguns livros dos Beatles que adquiri aqui).


Apesar disso, eu gosto de fotos de... gatos! Inclusive já vi alguns photobooks sobre o bichano em poses inesperadas. Aquele momento em que o fotógrafo consegue captar a imagem na hora certa. Um dos mais conhecidos é Mitsuaki Iwago, que já publicou vários livros com fotos com os gatos, embora ele já tenha fotografado a vida selvagem. Outra que se especializou em fotografar gatos é Sakura Ishihara, tanto que obteve o certificado oficial para ser especialista em criação de animais de estimação (como trabalho em pet shops e pet cafe) e gerencia um neko cafe.

Embora de algum tempo para cá eu esteja focada em outras coisas que são prioritárias para mim, não deixei o gosto de fotografia de lado. Uma das exposições que eu teria a curiosidade de ir, mas terei que esperar vir para esses lados de Tokai ou Kansai, é do fotógrafo Atsushi Okada, sobre a vida selvagem no inverno em Nemuro, Hokkaido e os cavalos da ilha inabitada de Yururi, que o tornou conhecido mundialmente (a exposição de Okada, "Light at the Edge of the World" está aberta desde 25 de setembro, no Lumix Ginza Tokyo e vai até dia 28 de outubro).

Só preciso no momento, uma câmera decente, porque nem sempre fotos tiradas de celular ficam com qualidade boa. Sei que muitos falam que dá pra se virar com celular, a cada modelo novo, a câmera fica com a definição melhor, mas isso para quem possui o da maçãzinha, né. (Quem olhar para meu instagram, as fotos são bem aleatórias, raramente tem alguma selfie)

Fotos: todos da autora em épocas diversas. 

1 - Antigo Bowls Cafe, em Kamakura, Kanagawa. O restaurante era especializado em donburi - arroz com carne bovina, suína ou peixe, com algas e demais acompanhamentos em cima, servido em tigelas fundas, semelhantes na torre formada que ficava no centro da loja. Desde que eu mudei para Kisarazu (Chiba) em 2013, eu não voltei mais para lá e nem sei se o estabelecimento ainda existe.

2 - Segunda exposição do fotógrafo Katsumi Ohmura para News Zero, em Yokohama. Soube por causa do noticiário mencionado, e na época, em 2012, eu ainda morava em Yokohama, por isso consegui ir na exposição. O forte de Ohmura era fotojornalismo, mas também fotografava eventos e concertos, em especial do Masaharu Fukuyama. Tanto que em 2005, nos 15 anos de carreira de Fukuyama, Ohmura lançou um livro de fotos durante o evento "Fuyu no Daikanshasai", gravação e ensaios para a turnê "Freedom".

3 - Um gato que às vezes aparecia no prédio onde eu morava, em Kisarazu. Como não era permitido animais no apartamento, minha vizinha criava dois gatos do lado de fora. Bem, ninguém falou que do lado de fora não era permitido, então... (só que eu fotografei via celular e meio na pressa, porque vai que o bichano saisse correndo)




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