Parando para pensar muito em algumas coisas e menos em outras


Se tem uma coisa que eu preciso fazer e muito, é parar para pensar sobre muitas coisas que andei (e continuo) fazendo da minha vida. Não é porque bati meio século de vida, eu vou ficar sossegada no meu canto. Mas têm horas que eu deveria (e muitas vezes eu faço).

Esses dias, durante o trabalho, estava me perguntando "que raios estou fazendo da minha vida, afinal?", e se eu ficar pensando demais, os anos voam e praticamente não fiz nada que prestasse nessa vida. E meu defeito é procrastinar e muito, sabendo que tenho vários nós para serem atados e eu vou desatando mais ainda.

Sobre os exames do TOEIC e JLPT que eu era para ter feito no ano passado, boa parte da culpa foi da pandemia, mesmo. Provas canceladas e, quando permitiram, era na base do sorteio, ou seja, pra realizar uma das provas, teria que se submeter a um sorteio devido ao distanciamento social. Mas fui pesquisar no site oficial do TOEIC, e pode escolher um dos dois turnos (até onde lembro, era só um turno, e começava depois do almoço).

Obviamente, muita gente vai preferir fazer a prova logo de manhã.

Eu não prestei o JLPT em dezembro mais por motivos de que estava com receio que fosse cancelado e para pedir o reembolso é um processo meio demorado, sem falar que, quando as inscrições abriram, estava no período em que eu estava correndo com a documentação e quitando meus impostos para renovação do meu cartão de residente aqui. Resultado - acabei ficando lisa pior que quiabo e perdi a inscrição, ou seja, eu estava mais para tentar fazer o exame e correr o risco do mesmo ser cancelado.

Claro que este ano tenho que prestar os dois exames, mesmo abrindo mão de muita coisa (mais do que estou fazendo atualmente).

Nas redes sociais, estou bem parada e interação quase zero. No twitter, cantinho onde eu postava e interagia bem mais, estou mais observando do que dando RT em muita coisa que antes eu fazia. E olha que uns 10 anos atrás foi uma das ferramentas mais úteis nos acontecimentos de 11 de março de 2011. Quem eu sigo, tem a liberdade de postar o que quiser, eu entendo o lado fangirl/fanboy da coisa, e outras opiniões sobre qualquer assunto, mas sabe que muitas vezes fica aborrecido demais e não dou unfollow ou mute por consideração. Então só corro a timeline para procurar o que me interessa - sobre entretenimento aqui (j-doramas, anime e mangá).

No twitter, muitas vezes eu parava para pensar em que postar sem causar conflitos ou acharem que seria maldade, mesmo sendo opinião contrária a dos outros. Já li comentário de gente descendo o malho em um filme/drama/anime/mangá/música/artista que eu gosto/gostei muito, afinal, gosto é que nem b*nda, cada um tem a sua. E nem vou sair mais nas redes sociais defendendo isso ou aquilo, ou botar meu ponto de vista em certas coisas. Comodismo ou conformismo? Parei de ficar discutindo com as pessoas sobre isso ou aquilo, porque a última vez que fiz isso, nem faz muito tempo atrás, só me desgastou. Imaginem como era circa 2011, quando eu era bem ativa em alguns fóruns e redes sociais...

Pensando no meu futuro daqui por diante. 

Estou na versão 5.0 completados em plena pandemia, e ano passado eu tentei aproveitar o tempo sobrando para estudar, já que ficar saindo por aí naqueles dias nem era a melhor opção. Mesmo assim, eu ainda continuo parada no mesmo lugar, tentando sair, mas toda vez que aparece alguma oportunidade, eu acabo esbarrando em diversos obstáculos que me impõe. Teve uma vez que nem quiseram marcar entrevista, já retornaram e-mail alegando que meu currículo não foi aceito porque não preenchia os requisitos necessários (mais connhecido como você não é bonita o suficiente para a vaga, porque o emprego era atendimento ao cliente em uma imobiliária para estrangeiros). 

Atualmente, para eu poder dar o outro passo, eu tenho que ter uma certa estabilidade financeira, porque mudar demanda custos, até receber seu primeiro salário, tem que ter alguma reserva para se manter até colocar tudo nos eixos. Sem falar que, a adaptação demora um pouco mais (pra mim nem é novidade depois de 5 mudanças em 22 anos aqui). E para ter essa estabilidade, eu tenho que reduzir muito meus gastos, seja em coisas do cotidiano, inclusive nos meus hobbies. Nem ir para tão longe como eu fazia, estou fazendo mais.

Leio muito relatos de pessoas que largaram tudo e foram ter outra vida, mas como sei que cada pessoa tem um passado diferente da outra, não posso ficar muito me comparando com elas. O fato de ter alguma especialização na vida, sim, isso conta e muito. E isso vem sendo meu mantra de todo dia quando acordo: preciso me especializar em alguma coisa, especialmente na minha área, que era programação de sistemas...

Na verdade, o título da postagem seria um recado para mim mesma que, eu deveria agir mais em muitas coisas, especialmente no âmbito pessoal e profissional, e pensar muito antes de fazer algum comentário nas redes sociais (porque bem ou mal, as redes sociais podem te ajudar em alguma coisa).

E também parar de ficar reclamando do que os outros fazem (ou deixaram de fazer) e olhar para mim mesma, porque eu também acabo deixando de fazer muita coisa e nem eu mesma percebo isso.

Comments