[Projeto BEDA - Blog Every Day in August] Dia Internacional dos Gatos


Isso porque aqui no Japão, eles comemoram no dia 22 de fevereiro porque o número dois pode ser pronunciado como "nya" e essa data acaba se pronunciando "nya nya nya", que é o miado do gato daqui.

Já fiz postagem mencionando sobre os simpáticos bichanos, e motivos por eu ainda não ter adotado um. Se bem que de uns bons tempos para cá, quem não pode ter um gato em sua casa - pelo menos aqui - "apadrinham" um nas ONGs em todo o país.


Essa opção havia sido mostrada no finado programa da TBS - "NEWS na Futari" - onde Keiichiro Koyama (newscaster e líder do grupo NEWS) foi em uma entidade chamada "goens" (Chiba) onde voluntários resgatam e cuidam de gatos abandonados. No programa que foi no dia 26 de junho de 2020, ele acabou apadrinhando três filhotes que resgatou numa casa em condições de abandono. Os filhotes, que nem tinham 10 dias de vida, foram encaminhados para uma voluntária que cuida de vários gatos ainda na fase de amamentação.

"Koneko no Miruku Volunteer" ou "Voluntários para amamentar os filhotes de gato" existe há vários anos e contribuiu para que zerasse os casos em que gatos abandonados fossem sacrificados. Mesmo depois que os filhotes deixassem de ser amamentados, os mesmos acabavam ficando com os voluntários ou repassados para outros voluntários que teriam condições de cuidar de gatos mais velhos. Ou até mesmo adotados.

Mesmo pessoas que não podem ter um animal em casa, podem ser milk volunteers, indo em alguma instituição ou até mesmo na casa de outro voluntário para ajudar a amamentar os filhotes (como foi no programa mencionado - até hoje, Koyama vai até onde os três filhotes que resgatou para cuidar deles, mesmo ele mesmo tendo um gato de estimação).


Falando em pessoas que amam os simpáticos felinos, o governo da província de Nagasaki, para estimular o turismo e aumento da população, fez uma campanha na internet usando gatos e com vozes de artistas que nasceram na província - Masaharu Fukuyama, Riisa Naka, Neru Nagahama, Yoshikazu Ebisu, Akira Takata, Kiyoshi Maekawa e Hiroshi Bessho, como respectivamente, Masaharu Nekoyama, Riisa Neko, Neru Nyagahama, Nekokazu Ebisu, Nyakira Takata, Kiyoshi Nyankawa, Nekoshiro Bessho. O motivo de ter gatos como felinos-propaganda do governo, vem do ditado japonês - "neko no te mo karitai", ou seja, a situação está tão difícil que ajuda vindo de fora é bem-vinda.


Eu vinha falando dos gatinhos em manga e animes, mas eu tinha esquecido de que eu lia (e leio até hoje) os gibis da Turma da Mônica e peguei a fase em a personagem Magali tinha ganho uma revista própria e logo na primeira revista, já vinha a origem do seu gato de estimação, o folgado mas meigo, Mingau. Ele era um gato de rua que foi adotado pela Magali. Por sinal, Mingau é o primeiro gato personagem da turma, já que a maioria só tem cachorro.


Na série "Turma da Mônica Jovem", teve uma história em que Magali tenta abrir um "Neko Cafe" para não ter que se desfazer dos seus nove gatos (é que Mingau acabou se juntando com a Aveia e teve sete filhotes...), mas como a prática não foi o esperado, ela acabou doando para uma ONG parte deles (a história conta sobre o neko cafe e porque eles são populares no Japão, e a função da ONG de animais). 

Falando em neko cafe, até hoje não fui, e vontade é que não falta. Pois é, o que falta pra mim é tempo nos dois sentidos da palavra, porque ir nesses lugares demanda é grana, e esses lugares não são baratos, e com razão, e já expliquei o porquê.

Ah, sim. Os eternos "garotos de Liverpool" também gostavam de gatos, especialmente John Lennon (que teve mais de 15 gatos em sua vida) e George Harrison, que apareciam com um felino nos braços.

Independente da data e da raça, o importante é cuidar bem dos animais, e tratá-los bem, pois ter um animalzinho só porque é bonitinho ou porque está na moda e depois largá-lo no canto esquecido, aí sim é uma maldade sem tamanho, porque gatos, cães, peixinhos, são seres vivos que demandam mais atenção.

Imagens: TV Tokyo On Line, Nagasaki no Hen, koyamashigedake livejournal, Veja São Paulo.


Comments