Cada Ingresso Conta Uma História - Parte 3

Para quem não lembra, fiz uma postagem aqui da parte 2 (e se quiserem ler a parte 1, está linkado na postagem).

Desde 2006 vou em shows aqui no Japão, por diversos motivos. Acho que estou descontando tudo o que não pude ir enquanto eu era uma universitária semiperdida no campus e depois virei uma programadora mais perdida ainda.

Em 2016, ano em que fomos transferidos de cidade por causa do trabalho, a maioria dos shows foram na região de Kanto, o que resultava viajar de madrugada e assim que acabasse o show era pegar o ônibus noturno de volta pra Nagoya e folgar no dia seguinte, porque ninguém é de ferro e tem que ter muita disposição pra tentar dormir no percurso num assento que mal reclinava até o final. Isso quando dava na telha, pedia folga remunerada na cara dura mesmo, e pegava uma diária no hotel.


Arashi - "Japonism Show in ARENA"
(Yokohama Arena, 9 de agosto de 2016). Faziam nove anos que o grupo Arashi não fazia shows em lugares menores - desde "Dream A Live" eles passaram a fazer shows nos cinco Domes e no Estádio Nacional. Por causa da demanda de muitos fãs não terem conseguido ir no concerto anterior - o "Japonism Live Tour 2015" -, resolveram fazer uma versão para arenas (Fukui, Hiroshima, Shizuoka, Kagoshima, Nagano e Yokohama). Até aí tudo bem, fiz a inscrição, mas desta vez nenhuma das minhas amigas de concerto puderam ir por causa de distância e financeiro. Eu tinha feito para o Yokohama Arena (porque naquela época da inscrição, eu morava perto), e quando recebi o mail de que tinha sido sorteada...

O lado ruim foi que não deu muito certo o sistema - para evitar fraude e revenda, para entrar tinha que ser por reconhecimento facial. E o ingresso vinha por e-mail em forma de QR Code. Imaginem a confusão que deu, tanto que no primeiro show em Fukui, teve gente que entrou depois que o show começou.

Peguei arena e uma outra amiga minha conseguiu no center, perto do palco auxiliar. No caso do Yokohama Arena, as denominações são diferentes. Enquanto nos Domes, "arena" seria a área perto do palco e "stand" são as arquibancadas, no Yokohama Arena, "center" seria a área perto do palco, "arena" seria as arquibancadas, e "stand" seria a área bem acima de quem fica na "arena". O show diferia um pouco do que foi no Dome, mas uma das coisas que nunca vou esquecer era que, durante a apresentação do Masaki Aiba no solo, em que ele ficou fazendo malabarismo na corda em "Bolero", cada um dos membros ficou em um pedestal em cada canto da arena. Só que eu não esperava que o Satoshi Ohno tivesse ficado bem na minha frente ou seja, fiquei encarando as costas dele um bom tempinho.

Um detalhe quando fui sorteada para esse show - uma semana depois que eu tinha recebido o mail e pago o ingresso, soube que tinha sido transferida para a filial em Aichi-ken. Minha sorte era que eu tinha folga remunerada sobrando e pedi dois dias porque eu não esperava essa notícia nada agradável. Da transferência.


Masaharu Fukuyama - "WE'RE BROS. Taisai in Tokyo Dome"
 (25 de setembro de 2016). Foi concerto somente para quem era membro do fã-clube dele, e foram somente dois dias. Um dos motivos do concerto - o fã-clube BROS. comemorava 25 anos de existência, e inclusive quem estava com o ingresso ganhava presente - um livreto com fotos desde o primeiro volume em 1991 até 2016, que faziam parte do panfleto que vem a cada três meses para os membros.

E, para minha felicidade, meu assento foi na arena, perto da passarela que une o palco principal para o palco do meio, ou seja, consegui ver TUDO de perto.

Foi uma das poucas ocasiões - se não foi a única - que consegui encontrar com uma outra fã do Masaharu que conheço há um bom tempo via Instagram (porque ela também é fã do Arashi e temos o mesmo ochi), que mora em Hong Kong, e quando Masaharu fez show lá em 2014, ela conseguiu ir. Sim, ela é do FC internacional!!

Por eu estar morando em Aichi, e não ter conseguido folga no dia seguinte (e ainda por cima, naquela época eu trabalhava à noite), assim que acabou o show, tive que ir direto para a estação de Tóquio e pegar o shinkansen para Nagoya e mais um trem para casa. 


Arashi - "Live Tour 2016-2017 Are You Happy?"
 (Nagoya Dome, 18 de dezembro de 2016). Sempre digo para minhas amigas que é mais fácil ganhar no Takarakuji do que conseguir ser sorteada para conseguir ingresso para um show do Arashi. Quando abriram as inscrições para a tour de 2016, literalmente a gente arriscou tudo, qualquer lugar serviria (para mim), mas uma delas conseguiu e fomos nós quatro congelar na fila dos goods no Nagoya Dome, conseguir lugar na praça de alimentação no Aeon Mall que fica em frente, e esquecer do mundo por três horas mais ou menos.

Com as minhas amigas de concerto, era a terceira vez que eu ia para o Nagoya Dome (na verdade seria a quarta vez, mas a primeira vez foi para conhecer as meninas em pessoa, já que eu conversava via Twitter e coincidiu de eu estar em Gifu um dia antes de elas irem para o show em Nagoya). Bons tempos em que a gente congelava na fila dos goods, toda vez ou nevava ou chovia, ou acontecia as duas coisas juntas, procurava lugar pra comer na praça de alimentação e tudo lotado, claro. Mas a companhia era a mais importante nessas horas.


Masaharu Fukuyama - "Fukuyama Fuyu no Daikanshasai Sono 16
 (Pacifico Yokohama, 28 de dezembro de 2016). E novamente eu indo no concerto de final de ano do Masaharu, no mesmo lugar que ele fez no ano anterior que eu tinha ido. O lugar é menor ainda do que o Yokohama Arena, mas mesmo assim, consegue lotar com 13 a 14 mil pessoas lá dentro - ocupa cerca de três ou quatro salões do Pacifico Yokohama, perto do Landmark Tower. 

O lado bom era que eu poderia escolher todos os dias do concerto, exceto o dia reservado somente para homens, o Yarouya, que geralmente era no dia 23 de dezembro. Embora eu queria ir no dia 24 de dezembro, que era somente para mulheres, o Seijoya, na altura do campeonato, qualquer dia estava bom, o importante era conseguir.

O show tem momentos mais agitados mas também de calmaria. Mas também teve música inédita - a instrumental "Dogons", que originalmente tinha sido gravado num especial da NHK quando foi ao Brasil, conhecer outros ritmos (como o grupo Olodum em Salvador). Até hoje a música só dá pra ser encontrada no álbum "AKIRA" na versão do FC, e foi neste evento.

(E antes que me perguntem, no Fuyu no Daikanshasai, o Masaharu não canta "Sakurazaka" nem no encore.)

O ano de 2016 foi um ano em que quase nem fui em concertos, por motivos de distância e não ter conseguido ingresso, porque a maioria dos shows, o ingresso é comprado mediante sorteio, por causa da demanda e local. 

E percebe-se que vou sempre nos concertos dos mesmos artistas, mas prometi que eu ia tentar variar, mas tá difícil. Primeiro, a maioria é mediante sorteio, então depende muito de sorte mesmo. E quando acha que vai dar certo, o problema cai no lugar (longe demais), dia (durante a semana é quase inviável pra mim se eu não tiver folga remunerada) e valor (se custar o valor de um rim, tô fora).

Nota: não inclui desta vez eventos especiais, como o Waku Waku Gakkou, que foi em junho, e fomos no Kyocera Dome Osaka. Esse evento seria como se fosse uma aula sobre costumes, economia e ecologia. Um dos motivos porque esse evento não é lançado em DVD é devido direitos autorais de imagem das empresas e pessoas que cedem somente para o evento. Era algo que eu queria tentar explicar para algumas pessoas na minha timeline no Twitter que reclamavam porque a JA não liberava DVD do evento já que muita gente não conseguiu ir, mas acho que minha explicação não convenceu...

Comments