Fotografia

Quem me acompanha no Instagram, deve ter percebido que tem muita foto de comida, paisagem e idol, mas muito pouco selfie. Bem, já começa que eu não sou muito lá fotogênica e isso vem desde minha adolescência. E tinha que pedir pra alguém me fotografar, e acho que isso incomoda um pouco.

Vamos ao quesito eu, projeto de fotógrafa: quando eu ainda estava no Brasil, eu fotografava muito com uma Yashica (alguém aí ainda lembra dessa marca?), com filme de rolo, que se não colocasse direito, corria o risco do filme velar, enroscar, travar, tudo isso junto. Sim, perdi muita foto boa nessa inexperiência toda.

Vim parar aqui e como a câmera mencionada era do meu irmão mais velho, eu tive que me virar com aquelas descartáveis, que até meados dos anos 2000 eram usadas em grande escala. Nesse meio-tempo, eu havia comprado uma Olympus mais simples de todos os modelos, ainda de filme de rolo, mas era mais fácil de colocar.

Daí que um belo dia fui numa excursão pro Zooarásia e sumiram com a câmera no ônibus e nunca mais soube do paradeiro dela, inclusive o filme tinha pelo menos dez fotos (o restante estava no outro rolo que ficou na minha bolsa).

Depois que surgiram aparelhos celulares com câmera, vou falar a verdade: nem procurei pesquisar modelos de câmeras mesmo as mais simples, como Lumix ou Sony CyberShot, e por aí vai. E isso vai até hoje, eu enrolando demais pra comprar uma câmera, porque é mais cômodo ter o smartphone...

O que muita gente acha estranho é o fato de eu gostar de fotografia, ir em exposição e ter livros a respeito e não ter uma câmera decente.

Eu fotografo mesmo com o smartphone procurando aprender os demais recursos. Quem tem o da maçãzinha, obviamente deve ter muito mais, mas tenho que me virar com o que eu tenho. Pelo menos algumas fotos estão com a qualidade satisfatória.

Esses dias atrás, fui na cidade de Iga, Mie-ken, encontrar uma amiga de longa data e aproveitamos para ver a iluminação do castelo. Bem, quem assistiu "Shinobu no Kuni", boa parte, se não o filme todo, foi feito na cidade. Pra quem acha que todo filme ou dorama só filma em Tóquio...

Uma das coisas sobre fotografar, tem que ter muita paciência e tirar n vezes a mesma pose e depois selecionar a melhor foto, ops, a que se salva. Isso eu vim aprendendo com o tempo com esse smartphone da Sharp que troquei no ano retrasado.

Quando não muito, acabo fotografando comida. Só estou precisando treinar mais para conseguir uma posição boa e apresentável como as que são postadas no Instagram (mas se eu demorasse muito, o chantili ia derreter, pois o french toast estava ainda quente).

Gosto de fotografar flores, também. Quando fui para Tóquio em junho, logo de manhã fui no Nagisa Koen, em Edogawa, e no meio do caminho, acabei fotografando algumas flores. Lado muito péssimo meu: nunca anoto que tipo de flor é.

Gostaria muito de aprender como fotografar vitrines sem que o fotógrafo apareça refletido. Esses trajes que o V6 usou na turnê final, acabaram sendo expostos também na exposição fotográfica em Osaka, "Guys - Oretachi e", mas como era dentro da galeria, não tivemos como fotografar. O da foto, foi quando fizeram no Nagoya Parco, em abril deste ano.

A fonte do Noritake no Mori, em Nagoya. O local é conhecido por ter os antigos fornos para a confecção das famosas porcelanas Noritake. Atualmente, tem a loja onde vendem-se as porcelanas e outros produtos da marca, um restaurante e cafeteria, a galeria de arte e local para eventos e casamentos.

Tower Records Parco Nagoya. Embora não seja tão grande quanto o de Shibuya, mas é um dos lugares onde muita gente consegue encontrar algumas raridades de seus ídolos e artistas favoritos. De vez em quando, patrocinam exposições e alguns eventos. 

Inazawa Park, onde muita gente vai passear, exercitar, jogar bola... Quando fotografei, foi no outono de 2021, quando as pessoas aos poucos estavam voltando à uma vida normal, e tomando os devidos cuidados.

O jardim que fica dentro do terreno do Museu Nacional de Aichi, onde fui para ver a exposição dos personagens Moomin, no outono de 2021.

O Castelo de Nagoya que ainda está em reformas e, por enquanto temos que admirar a beleza desta arquitetura, combinado com o casal de Shachi de ouro que protege a residência.

Na saída do antigo trabalho, reparando o quão bonito estava o final da tarde.

O que antigamente era uma loja de roupas vintage no Osu Shotengai (Nagoya), acabou se transformando em uma cafeteria, o Kannon Coffee. As mesas e cadeiras nada combinam, mas traz um diferencial para o estabelecimento, além do cardápio variado.

Eu precisaria voltar mais algumas vezes para provar outras variedades, mas como eu folgava somente nos finais de semana, o local - que já é bem pequeno - ficava cheio ao ponto de ter gente na fila por um lugar ou acabar comprando pra viagem.

Dia 6 de agosto, fui para Osaka, no CASO Gallery para a exposição de fotografias realizada por Junichi Okada. Pouca gente sabia, mas Okada também acabou transformando um de seus hobbies em coisa séria por causa do filme "Oto na ri" (2008), em que ele interpretava um fotógrafo, e no mesmo ano foi sponsor das câmeras digitais da SONY, da linha CyberShot. Mas parece que o moço tomou gosto pela arte quando filmou "Himalaya" em 2014, em que também interpretou um fotógrafo. 

Quem conseguiu ir na exposição em Tóquio (ingressos limitados mesmo para quem era do FC), muitos comentaram que as fotos traziam não somente o grupo em si, mas o sentimento e expressões que traziam, tanto que algumas fotos eram distorcidas, superexpostas e desfocadas.

Falando em exposições de fotografias, eu fui em várias aqui, e inclusive tenho alguns livros de fotografias. Por mais que sejam de idols e de idols que resolveram ficar por trás das câmeras, eles provam que eles não são somente rostos bonitos na tela e no papel. Existe dedicação e muito trabalho envolvido. Mesmo os fotógrafos profissionais.

Como eu mencionei: para eu ter conseguido algumas fotos em qualidade aceitável, mesmo pelo celular, tive que ter muita paciência, se bem que muitas vezes eu acabo fotografando na pressa, ou num clique apenas...

Fotos: todos da autora via celular - NEC Medias, Fujitsu Arrows e Sharp Aquos.