Zona de Conforto e Outras Aleatoriedades

Esclarecimento: Isso não significa que estou desmerecendo o trabalho de profissionais da área, muito pelo contrário: admiro muito o trabalho de psicólogos e terapeutas qualificados, porque para entender a mente humana e seus problemas, essas pessoas têm que ser mais fortes que o paciente. O que eu quero dizer nesta postagem é que existem alguns itens que eu mesma não consigo seguir, e nem foi falta de tentar. Mas existem pessoas que conseguem, outras não. Mas não deixe de procurar um profissional caso se sinta perdido. 

No meu caso, bem, eu procurei conselhos com professores do curso que eu fiz por um bom tempo em uma entidade da província. Se não havia procurado um profissional que fale o mesmo idioma, bem, na época ninguém divulgava e fiquei sabendo há pouco tempo...

Muita gente fala sobre "como sair da sua zona de conforto", para melhorar a vida e bem-estar. Podemos estar com segurança e estabilidade, mas com isso nos priva de fazer muitas coisas diferentes, como mudar de emprego, por exemplo.

Confesso que demorei muito para tomar essa decisão, mas era algo que não poderia fazer da noite pro dia por diversos motivos. Mesmo porque eu também precisaria de um tempo para literalmente colocar meu corpo em ordem.

Li muitas postagens sobre dicas de sair da sua zona de conforto, mas existem itens que eu não faço justamente porque eu já tentei fazer e levei a maior bronca, e essas coisas deixam a gente com um pé atrás...

- Tomar a iniciativa: já fiz em algumas poucas ocasiões e fui chamada de exibida por uns bons anos. Pra não dizer puxa-saco. E olha que eu não consigo puxar aquela fita vermelha do pacote de biscoito sem arrebentar ou sem fazer voar biscoito pela casa toda.

- Conversar com alguém novo na primeira oportunidade: se eu nem sei puxar saco, quanto mais puxar conversa com alguém. Certo que, se no momento alguém conversa comigo, em uma hora ela vai se arrepender de ter feito isso. Sim, eu não sou uma pessoa interessante como pensam.

- Ler um livro sobre algo que nunca leu: praticamente eu leio MUITO manga, e de diversos gêneros. Revista depende muito do assunto, e livros... bem, depende também. Já tentei sim, ler algo diferente, e muitas vezes dormi no meio e levei muito tempo para terminar, porque o assunto não me agradou. Acontece comigo assistindo filme ou dorama, e olha que assisto de qualquer gênero - desde comédia escolar daqueles bem aguados até tramas complexas.

- Escutar uma música de um gênero que você não aprecia muito: quem me conhece, sabe muito bem que gênero eu não aprecio e nem adianta fazer eu ouvir que forçado o resultado NUNCA vai ser legal. E pode correr o risco de perder a amizade também. 

Quem ler isso vai achar que eu sou acomodada ao infinito, que sou teimosa e não quero mudar, não quero sair da zona de conforto, vou morrer de depressão, etc., mas existem outras formas que eu faço e que me fazem bem, como testar receitas diferentes que vejo nos programas e nas redes sociais; trabalhos manuais; ir numa cafeteria diferente; experimentar outras comidas mesmo correndo o risco de ter uma indigestão depois; frequentar cursos rápidos; conhecer outras pessoas com o mesmo gosto que o seu em fóruns on line, ou redes sociais... (isso porque agora há pouco mencionei que não sei puxar conversa)

Acho que a gente sai da zona do conforto e a gente nem percebe. Eu, pelo menos, acabei fazendo muita coisa diferente, mesmo durante um mês que tirei férias - desde cozinhar até treinar journaling na minha agenda, ouvir música de outros artistas de j-pop, assistir filmes de outros gêneros... Não diria que viajei por aí porque não tive condições e geralmente agosto pra viajar num calor dos infernos que andou fazendo neste ano, só os mais fortes mesmo.

No máximo Mie-ken e olhe lá. Mas andei descobrindo outros lugares gastronômicos na região, lugares desconhecidos e outras coisas mais. 

Sobre sair da zona de conforto - se realmente você se sente perdido, desmotivado e sem saber por onde começar, melhor procurar ajuda psicológica, pois essas pessoas podem te orientar para sanar aos poucos seus problemas. Na verdade, eu também deveria ter procurado ao menos orientação psicológica, e aqui existem grupos que ajudam até mesmo on line nos tempos de pandemia. Às vezes eu ia no Fórum Internacional (onde estudei por um tempo) para conversar com as professoras para darem algumas dicas de como dar o primeiro passo, onde me consultar, e por aí vai.

Quando dei um basta em junho, para mim foi o primeiro passo para sair da zona de conforto. O resto, vou fazendo aos poucos, porque fazer tudo de uma vez, a situação piora, a gente acaba se enrolando todo e depois para desfazer o novelo emaranhado vai demorar muito mais ainda.

Acredito eu que, quando a gente muda de ambiente, sentimos mais motivados a fazer outras coisas.


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