[BEDA em Abril] Randomices e Outras Coisas Aleatórias

- Quem me conhece desde o início deste Empório quando ainda tinha outro nome, eu tenho um lado aleatório muito grande, ou seja, uma hora estou falando de uma coisa e de repente estou falando de outra. Assim como acontece neste Empório que, nem tem como classificar que tipo ele é, porque posto assuntos muito variados, pra desespero de quem me segue.

- Nunca consegui fazer direito um "Dez Mais" de qualquer assunto, em ordem de preferência. Mas gosto de listas e acabo fazendo no Instagram. Se for de artistas (japoneses, claro), doramas e j-pop, estou dentro. Mas minha lista das dez mais sem ser música do mês (ou meses), acho que tem só dos atores japoneses cinquentões que eu gosto e olhe lá.

- Pra eu nunca mais esquecer e estou corrigindo neste Empório todas as postagens possíveis e as tags que, dorama é somente japonês, porque primeiro drama se pronuncia "dorama" em japonês. De outras nacionalidades, melhor procurar, mas não existe dorama no Brasil - eu chamo de novela, como sempre foi desde que a primeira novela foi transmitida na TV brasileira, nada de ficar inventando moda por aí.

- Felizmente ganho bons feedbacks aqui e na minha conta no Instagram quando posto sobre o Emporio. Tenho conta do Emporio lá também, mas ganho feedback na minha conta particular (porque posto nas duas contas). Mesmo sendo dois ou três, mas contam e muito para mim. Sinal que posso continuar melhorando e postando com qualidade, claro.

- Por isso que demoro muito para postar resenha de dorama e de filme: meu problema maior é que sou muito detalhista, e se for postar sobre dorama e filme, coloco ficha técnica e curiosidades que a gente nota durante o enredo e tento não dar spoiler. Na verdade, eu acabo assistindo duas ou mais vezes: porque na primeira vez, a gente assiste por causa da trama, e na segunda, pra pegar detalhes pra não perder o fio da meada, principalmente se for keiji dorama.

- Enquanto eu estiver de férias por tempo indeterminado (e felizmente ganhando com isso), aproveito o tempo para fazer as coisas que deixei acumuladas por falta de planejamento, porque tempo eu sempre tive...

- Embora eu já tenha feito uma postagem a respeito, um dos motivos mais fortes de eu ter me inscrito e estar fazendo sessões de hot yoga em uma academia perto de casa há cinco meses, foi levantar mesmo minha autoestima, por causa de sobrepeso, evitar problemas de saúde (em todos os sentidos da palavra) e comentários depreciativos por longos anos no antigo trabalho. Cinco meses depois, percebi muitas mudanças em mim, desde minha saúde corporal e mental, até ter dado mais ânimo em fazer as coisas.

- Eu sei que muita gente fala direto nas redes sociais "aceita o corpo que tem", respeito a decisão delas. Mas respeitem minha decisão de tentar perder os quilos sobressalentes, porque tenho histórico familiar terrível no quesito saúde e também nem tenho fundos o suficiente para ficar mudando meu guarda-roupa para muitos números acima e que custam um rim e nem encontro nas liquidações de mudança de estação que temos aqui.

Talvez eu seja uma pessoa completamente desinteressante, porque muitas pessoas que eu conheci, nem contato tenho mais. Porque os gostos mudaram, a mentalidade mudou, a vida também. Eu posso ter mudado também, mas sempre estava disposta em sair do conforto do meu lar, encarar sei lá, horas de viagem, para encontrar algum amigo e passar a tarde tomando café e falando de coisas bobas. Dependendo do meu bolso, claro. Se alguém mandava mensagem para mim dizendo que "olha, tal dia estarei perto de sua casa, tem um tempinho prum café?", eu somente negava caso eu estivesse trabalhando. 

Talvez porque muita gente acha que, pelo fato de eu estar trabalhando e morando no exterior, mas exercendo um trabalho nada a ver com escritório, design, ou qualquer coisa que não envolva trabalho não-qualificado, o abismo fica mais fundo. Porque acham que eu seja o padrão das pessoas que vêm aqui, e pensam em trabalhar e ficar em casa, nem sabe o que é diversão ou não sabemos fazer outra coisa.

Ou porque não vim para cá como bolsista de uma Universidade japonesa, ou porque não vim transferida de uma multinacional e ter um cargo executivo. Sei lá, mas acho que talvez eu seja mil vezes mais interessante do que algumas pessoas, mas meu modo de vida chega a afastar.

Afinal, quem gostaria de passar horas conversando com uma pessoa que vive indo ao cinema pra filmes japoneses, assiste somente doramas, gosta de ler manga, repertório musical 90% j-pop (outros 10% seriam os Beatles), vive estudando língua japonesa para tentar pela enésima vez o JLPT para o nível N2, passar e conseguir um emprego "decente" a.k.a. longe de fábricas.

Daí fico me perguntando se, mesmo que eu consiga um emprego "decente", elas voltariam a falar comigo ou seria por puro interesse? 

Felizmente, quem ainda manda uma mensagem para mim perguntando se estou bem, o que ando fazendo da vida, sinal que elas não ligam pelo que eu sou, porque ainda bem que existem pessoas que não ligam se eu trabalho em tal lugar ou tenho gosto duvidoso nas coisas, elas se importam pelo que eu sou por dentro. Da mesma forma que hoje eu prefiro mil vezes interagir com pessoas que sempre me deram apoio, e eu tenho reciprocidade com elas, do que as que apareceram do nada e nem pra dar um bom dia.