Dez Erros Que Cometo...

... e por isso acabo entrando em cada buraco sem fim que nem preciso comentar. 

Errar é humano, isso todo mundo sabe, e como muitos falam, errar pela segunda vez, seria burrice. No meu caso, então...

Mas é óbvio que eu sempre paro para pensar "misericórdia, porque fiz isso, porque aconteceu aquilo, que fiz de errado caramba", e tento não repetir a mesma coisa. Aí passa algum tempinho e vai eu novamente fazendo a mesma c*gada. Ou eu não aprendo ou eu sou masoquista, só pode. Aí acaba ficando sozinha e mal vista e não sabe o motivo, né.

Certo que alguns erros que cometi na vida, eu tento não fazer mais. Aquele momento de um instante de catatonia e vai fazer outra coisa, tem me feito evitar cometer novamente os erros e até novos...

1. Comentar em postagens alheias: isso eu já mencionei diversas vezes e vou explicar de novo. Um bom tempo atrás, eu comentava direto em alguns blogs, especialmente sobre doramas, e eu acabava fazendo uma mini-trivia nos comentários de muitas postagens. O que aconteceu depois - acabei sendo banida de comentar, e eu descobri isso quando os comentários que eu fazia, nem apareciam (alguns blogs, inclusive este, passam pela aprovação do proprietário). Mesma coisa aconteceu em um fórum privado que eu frequentava, mas admito que armei maior barraco virtual, levei suspensão e pedi para me excluirem, porque algumas coisas que comentei tinham um pouco de razão.

Confesso que fiquei muito traumatizada em comentar em blogs alheios - aliás, até hoje estou. Leio vários, quero comentar, mas aí eu paro e deixo pra lá, porque eu vou acabar escrevendo uma bíblia, e o proprietário não vai gostar. Se comento, no máximo elogiar e acabou. 

Era o que eu deveria fazer no Instagram em postagens alheias, especialmente em se tratando de doramas e filmes japoneses. Ninguém é obrigado a saber tudo, claro, mas às vezes a gente nota alguns erros aqui e ali, e dependendo do que for, isso me incomoda (e eu nem sou a pessoa indicada pra isso, porque eu também cometo os meus erros, e isso também me incomoda). Tive que parar de comentar no Instagram por causa de algumas indiretas que recebi. Eis o motivo porque eu criei o Nanimono.

2. Tentar fazer parte de grupos para ver se socializa: eu já sou péssima em comunicação, nunca consegui fazer parte nem em trabalho em grupo na escola (e se me escolhiam, era para eu sozinha fazer o trabalho e o todo mundo levar o mérito, porque do contrário, eu era a culpada). No trabalho foi e continua sendo a mesma coisa. Por mais que falem vamos trabalhar em grupo, dependendo do que for, é mais fácil cada um fazer o seu e juntar os pedaços, tipo linha de produção. Nessas horas, tenho saudades dos tempos que trabalhei em Tóquio, porque, apesar do trabalho ter sido estressante, o que salvavam eram que, o ambiente era bom, o pessoal era bom e as saideras eram boas. Ainda tenho contato com algumas pessoas dessa época.

Percebi que não adianta eu tentar me enturmar em grupos já existentes, porque pegar o bonde andando não resolve muita coisa. E percebi isso da pior forma possível, então melhor ficar no meu canto. Sozinha. 

(Ou ainda manter contato com as pouquíssimas pessoas que ainda tenho consideração e vice-versa.)

3. Procrastinação: eu demoro pra caramba para fazer as coisas, acreditem. Começando por este Empório que está com um monte de postagem no rascunho e, ao invés de continuar, fica enrolando pra fazer. O mesmo vale para outras coisas, como colocar em dia os doramas atrasados, ler os mangas acumulados, até para ajeitar o lugar novo, voltar a estudar pro JLPT ano que vem e dar uma melhorada nos dois blogs que eu tenho, eu estou demorando pra caramba para fazer. Motivo? Segue abaixo....

4. Mania de fazer mil coisas ao mesmo tempo e no fim não sai nada que preste: Eu devo sofrer de TDAH e não procurei saber até hoje. Eu tenho o péssimo hábito de fazer muita coisa ao mesmo tempo e não termina nem 10%. Muitas vezes, acontece de eu estar escrevendo na agenda com a TV ligada em algum programa aleatório, o que algumas vezes eu consigo terminar de escrever. Mas estudar, nem pensar. Eu tenho que estudar fora de casa, senão eu acabo me distraindo. Têm muitos dias de folga que eu preciso dar uma parada e pensar no que eu tenho que fazer primeiro, terminar, para fazer o próximo. Uma das coisas que consigo fazer mais coisas ao mesmo tempo, é, enquanto deixo a roupa lavando na máquina, limpo a casa. Ou ouvindo música ou podcast enquanto cozinho ou lavo a louça ou estou fazendo alguma postagem. 

5. Muitas vezes esqueço de deixar as coisas prontas com antecedência. Quando vou viajar e tenho que ficar alguns dias fora de casa, geralmente eu deixo as coisas prontas dois dias antes, porque se faltar algo, ainda tenho um dia para providenciar. Passagem eu já deixo reservado antes, por causa dos descontos. Mas, já aconteceu de eu aprontar em cima da hora e ter que comprar o que faltou no meio do caminho. Bateria extra para carregar o celular foi uma delas. Cabo de carregador foi outra. Ou esquecer em casa algo e lembrar no meio do caminho, que foi uma sacola que tinha uma garrafa de água e um pão para ir comendo na viagem. 

6. Julgar as pessoas sem olhar para si mesma. Isso está sendo uma das coisas que estou me controlando até no pensamento. Antes, eu comentava nas redes sociais abertamente, sem perceber que eu estava fazendo a mesma coisa. Por exemplo, a pessoa comentava que assistia o mesmo filme ou dorama pela enésima vez, e eu ficava com uma vontade de perguntar se isso não enjoava, mas daí eu lembrava que eu faço a mesma coisa ouvindo música ou ter ido assistir ao mesmo filme quatro vezes no cinema, eu "enfiava o rabo entre as pernas e saía quietinha". 

7. Quando expôr as próprias opiniões... Nas redes nada sociais e em conversas aleatórias, eu realmente expressava o que eu pensava, e isso acabava gerando uma discussão acalorada, e se fosse pessoalmente, só faltava sair na força bruta. Bem, isso também dependia do jeito que eu me expressava, né, porque muitas vezes eu esquecia a delicadeza de lado... Daí, eu acabei guardando as opiniões para mim mesma, até mesmo quando faço as resenhas de doramas e filmes no blog, nem coloco mais minha opinião, porque vai dar é mais dor de cabeça pra mim. Isso pra não cair mais no erro citado no item 1.

8. Ficar se importando com a opinião alheia: Talvez foi um dos motivos que eu tinha entrado naquele problema emocional e psicológico uns meses atrás. Por anos eu ficava naquela neura de que se eu fizesse alguma coisa, o que iriam pensar de mim, desde meu corte de cabelo até a roupa que eu vestia, passando pelos ídolos que eu gosto, meus hobbies e meus rolês aleatórios. Como aconteceu que, com o tempo eu fui me afastando, eu passei a me cuidar tanto fisicamente quanto mentalmente, porque eu precisaria continuar vivendo... para mim mesma.

9. Ninguém gosta de mim: Esse tipo de pensamento acabei de enterrar depois que percebi que realmente sou uma pessoa completamente dispensável, mas ainda que existem algumas pessoas que ainda vêm perguntar para mim se ainda estou viva. Antes, eu ficava completamente magoada quando pessoas que eu tinha um certo contato passaram a me ignorar completamente, como eu havia comentado, como, por exemplo, vinham para o Japão, passava perto de casa e nem pra perguntar se eu teria um tempo livre. Hoje, desencanei, deixa quieto. Quando voltei para o Brasil, de férias, bem que eu tentei encontrar com todo mundo, mas nem todo mundo estava disponível, mas ainda que perguntei...

Povo não me convida pros rolês, festas e saideiras? Hoje, para mim, tudo bem, porque nada adianta eu ir e me sentir deslocada ou até deixada de lado. Melhor mesmo nem me procurarem. Recusei ir em uma festa de final de ano por motivos de que no mesmo dia eu tinha compromisso, mas sei lá se iria valer a pena ir pra ficar isolada.

10. Ficar postando mais reclamações do que assuntos mais animadores. Isso nem precisaria mencionar, mas eu percebi que ultimamente eu vivo postando muito mais queixas do que qualquer outra coisa, como minhas resenhas atrasadas de doramas e filmes que assisti, idas gastronômicas, lugares diferentes e outros assuntos mais animadores. Ou seja, reclamar menos, parar de fazer tragédia, levantar o traseiro da cadeira e agir mais.

Imagem: da autora, no The Coffee.

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