[Cine-Pipoca Lista] Filmes que andei assistindo nos últimos seis meses (Setembro de 2023 ~ Fevereiro de 2024)

Embora eu tenha feito uma lista em dezembro do ano passado, dos filmes que andei assistindo durante o ano de 2023, depois daquela postagem, a lista aumentou um pouquinho, mas como relembrar é viver, vai ter filme repetido, porque a lista vai dos seis últimos meses (setembro de 2023 até fevereiro deste ano), contando os que andei assistindo em casa, porque final do ano tive dez dias de folga e uma friaca do caramba, então, aproveitei para assistir aqueles que não deu pra ir no cinema...

(E tem filme aí que estou devendo resenha até hoje. Se eu demorar demais, vou ter que esperar sair o filme em DVD para locar ou sair nos streamings para assistir de novo, porque vai ter detalhes importantes que acabo passando batido.)

- Mystery to iu Nakare (2023): Totonou Kunou, um jovem universitário que mora sozinho, nunca trabalhou na vida, não tem amigos nem namorada, acaba se envolvendo em resolver casos junto com a polícia do bairro onde mora, sem querer, e soluciona tudo na base de intuição, no que lê nos livros, no que assiste em filmes e doramas, e ainda acredita em horóscopo e no poder das pedras. No filme, durante uma visita a uma exposição em Hiroshima, Totonou se envolve num caso de família, envolvendo herança.

O detalhe do filme: tem que assistir o dorama que foi transmitido em 2022 e o especial que foi transmitido no dia seguinte da estréia do filme nos cinemas, e se puder, ler o manga inteiro, porque o arco de Hiroshima é encaixado entre dois episódios no dorama...

- analog (2023): Um designer conhece uma jovem mulher em um café, e passam a se encontrar no mesmo lugar, todas às quintas-feiras, cinco horas da tarde, porque a mulher não possui telefone celular. Quando se encontravam, conversavam, começaram a fazer atividades juntos, sairem para outros lugares. Até que um dia, ela não aparece no dia e hora combinado por diversas vezes, o que deixa o designer preocupado e não sabe como fazer para localizá-la.

Aconselho assistir com uma caixa de lenços ao lado, porque do meio pro fim, do nada, comecei a chorar (ou porque naquele dia eu estava sensível pra caramba, só pode).

- Houtei Yugi (2023): Em algum lugar secreto em uma faculdade de direito, um grupo de alunos faz uma reunião simulando um tribunal, julgando os próprios colegas. Anos depois, três deles acabam se envolvendo em um triângulo misterioso - um deles é assassinado, uma é a assassina e outro é o advogado que a defende. Aos poucos, o passado de cada um vem à tona e descobre que há uma ligação entre eles.

Baseado no livro do mesmo nome, o enredo também traz a tona o passado de cada um dos protagonistas, os motivos que levaram a seguir carreira de advocacia, e os motivos que levaram um deles a ser assassinado. Avisando antecipadamente que a história traz muitas situações que podem causar desconforto para pessoas sensíveis.

*Nota mental: nunca mais julgar alguém que diz que assistiu duzentas vezes o mesmo dorama/filme ou ouviu a mesma música trezentas vezes, porque eu mesma assisti quatro vezes o filme e a música de encerramento já perdi a conta de quantas vezes ouvi no iPod.

- Kaibutsu no Kikori (2023): Ao mesmo tempo que a polícia tem que solucionar o caso de um assassinato em série, ela suspeita de um advogado que tem surtos psicóticos, que é atacado por um monstro que carrega um machado. A investigação começa a acreditar que o advogado e o serial killer possuem ligação com o caso de crianças desaparecidas 30 anos atrás.

Quando soube quem era o diretor, já estava esperando mesmo que o enredo ia ser violento - quem já assistiu a algum filme do diretor Takashi Miike, vai preparado psicologicamente, porque violento é pouco. 

- Ano Hana ga Saku Oka de Kimi to mata Deaetara (2023): Após uma discussão com a mãe sobre seu futuro na escola, uma colegial de 17 anos sai no meio da tempestade e vai se abrigar em uma casa abandonada. Nisso, ela acaba acordando em 1945, em plena Segunda Guerra Mundial, e socorrida por um jovem que faz parte do tokkotai (jovens que ingressam na aviação como kamikazes). Ela acaba presenciando como era o Japão durante a guerra.

Eu tinha visto o trailer no cinema, e ainda mais que depois foi reforçado graças a inclusão da música de encerramento do meu divo maior Masaharu Fukuyama, eu acabei indo assistir no feriado de janeiro. Outro filme que me fez chorar até o fim, porque enredo sobre um fato que realmente aconteceu (a Segunda Guerra Mundial, e os jovens rapazes sendo tokkotai), é dolorido demais.

- Fukuyama Masaharu Live Film Kotodama no Kowau Natsu (2024): Live concert que Masaharu Fukuyama realizou no Nippon Budokan em agosto, e editou em forma de filme, com direito a um mini filme com o ator Hinata Hiiragi. O próprio Fukuyama quem dirigiu o live film, e numa entrevista, disse que se inspirou no live movie do Arashi - o "Arashi Anniversary Tour 5X20 Record of Memories", que foi gravado no dia 23 de dezembro de 2019, com mais de 125 câmeras instaladas e drones no Tokyo Dome.

Sempre dizia nas SNS que muita gente aí deveria ao menos ver uma live do Masaharu Fukuyama nem que fosse em DVD mesmo, para ter uma idéia de como ele mais banda de apoio conseguem fazer um show maravilhoso.

- Monster (2023): Quando a mãe nota algo estranho em seu filho único, ela vai até a escola para maiores esclarecimentos, pois tem certeza de que ele estaria sendo abusado pelo professor. O caso é visto do ponto de vista de três pessoas - da mãe, do professor e do garoto.

Um dos filmes mais recentes de Hirokazu Kore-eda, é um tipo de enredo que você tem que prestar muita atenção, porque a história traz temas como mal-entendidos, erros, traumas, alcoolismo, abusos, sexualidade. E além disso, tem o ponto de vista de cada um dos personagens. 

Adendo: no dia 8 de março, na cerimônia da 47a. edição do Nihon Academy (o equivalente ao Academy Awards aka Oscar), a atriz Sakura Endo, que interpreta Saori Mugino, a mãe de Minato, ganhou o prêmio de melhor atriz pela atuação.

- Metamorphose no Engawa (2022): Uma viúva compra um manga BL (boys love) por curiosidade e também por ter achado o desenho muito bonito. A atendente da livraria, que é uma colegial fujoshi e sem amigos, começa a ter amizade com a mulher e além de trocar idéias sobre boys love, também sobre a vida, mesmo com a diferença de idade (a viúva tem 75 anos, e a colegial, 17).

Esse filme eu acabei assistindo no prime quando liberou, porque quando passou nos cinemas, o filme não foi no cinema da cidade onde morava. Mas eu já tinha lido o manga e inclusive foi uma das indicações da Umeko. Quem pensar que o filme vai ter cenas de boys love, esqueçam, porque é só nos mangas que as duas comentam. É um filme sobre amizade não importando a idade, mas os interesses em comum.

- silent love (2024): Um rapaz que perdeu a voz conhece uma jovem pianista que perdeu a visão em um acidente e quer realizar seu sonho de poder fazer um recital de piano. O rapaz a ajuda a entrar no depósito onde tem um piano e ela pode ensaiar sem problemas. Aos poucos, os laços vão se estreitando até que um dia acontece algo que o faz afastar da pianista.

Praticamente é o segundo filme do Eiji Uchida que eu assisto. Ele geralmente costuma colocar cenas de submundo e personagens com algum problema tanto social como físico. Em "Midnight Swan", Uchida aborda temas como transgênero, negligência maternal e outros temas mais pesados (como suicídio, por exemplo). Em "silent love", tanto o rapaz como a pianista possuem as deficiências (ele, mudo e ela, cega) por causa de acidentes. Já aviso que esse filme, quando assistir, vai preparado psicologicamente.

- Yoake no Subete (2024): Uma mulher que sofre de crises violentas de TPM (tensão pré-menstrual) ao ponto de quase chegar a agressão física, e um rapaz que possui síndrome do pânico e não consegue pegar um trem sozinho. Os dois trabalham na mesma empresa, e o chefe deles compreende a situação deles. Aos poucos, os dois jovens começam a ter um laço de amizade para se ajudarem a não terem mais noites longas.

Uma história que aborda temas que são difíceis de comentar, seja por preconceito, seja por desconhecimento, como TPM e síndrome do pânico. Além de outros temas, como grupo de ajuda para familiares que perderam seus entes queridos em tragédias pessoais. E que também homens e mulheres podem ser amigos sem que interpretem que tem romance envolvido.

- Matching (2024): Quando uma responsável por planejamento de casamentos resolve entrar em um site de encontros via celular, não imaginaria que estaria se envolvendo com uma pessoa que no site parece ser bacana e divertida, na verdade acaba perseguindo a mulher. E quando esta acaba conhecendo o dono do site de encontros, e ele garante protegê-la, existe algo mais entre essas três pessoas.

O filme é do mesmo diretor de "silent love" que eu tinha assistido algumas semanas antes, e visto tanto o trailer que, claro que fiquei curiosa em conferir, ainda mais que o tema é atual - sobre encontros em sites de relacionamentos, e nem sempre o resultado é o esperado. Mas o filme vai mais além - serial killer, adultério, stalking, e o risco que corremos se não tomarmos cuidado ao - sem querer - informar algum dado comprometedor.

É que durante esse período, eu assisti mais doramas, embora os da temporada de verão e outono eu passei muito batido por causa de um problema que eu tive durante agosto até perto de novembro. E filme que eu queria assistir no cinema, foi depois que entrou outono. Sei que tinha as opções no amazon prime, já que eu assino anualmente, mas o desânimo bateu tão forte, que nem sei como consegui sobreviver.

Este ano já estou um pouco mais animada, e para isso depende de mim mesma, se eu quiser continuar assistindo os filmes que gosto (porque também ajuda no meu vocabulário).

Imagens: Universal Music Japan (King & Prince), Fuji TV/Shogakukan (Mystery to iu nakare), Asmik Ace (analog e Yoake no Subete), TC Entertrainment (Houtei Yugi), Shochiku (Ano Hana...), GAGA (Monster e silent love), Amuse Inc. (Kotodama), Nikkatsu (Metamorphose no Engawa), Kadokawa (Matching), Warner Bros. (Kaibutsu no Kikori)