Feriado = Tentar se desligar do mundo

O famoso feriado do Golden Week aqui no Japão (que começa no dia 29 de abril e vai até o dia 5 ou 6 de maio - depende quando o dia 5 cai no calendário pra ter um dia de folga a mais, que seja), muita gente emenda e aproveita para viajar, porque é um dos feriados mais longos que temos aqui (nem o de final de ano chega a ser assim), mas tem uma parcela que trabalha nos três dias entre o dia 29 de abril e 3 de maio (meu caso) e tem outra parcela que não tem folga nessa semana (e acaba tendo em outro dia aleatório).

Seja como for, ultimamente meus dias de folga se resumem mais em descansar e tentar me desligar de tudo voltando a fazer as coisas que eu havia perdido uns bons tempos atrás (e tinha agravado na fase em que eu fiquei muito mal emocionalmente e psicologicamente) - assistir filmes, maratonar doramas, ler mangas, assistir animes... Só falta eu voltar a fazer trabalhos manuais que eu deixei de fazer uns bons anos atrás.

Ir passear em algum lugar aleatório, estou fazendo quando dá. Tem o quesito tempo nos dois sentidos da palavra, mas também têm aqueles dias em que o desânimo - ou cansaço do trabalho mesmo - bate e acabo saindo da cama quase na hora do almoço.

Neste feriado fiz pouca coisa, o que é normal, porque eu precisava mais descansar e recarregar as baterias, porque próximo feriado prolongado só em julho.

Assistir capítulos atrasados de doramas da temporada atual: No último final de semana, eu passei mal (peguei um resfriado tão forte que fiquei preocupada, já que boa parte do pessoal do trabalho faltou por conta do COVID) que teve dia que foi chegar em casa, lavar os pratos, tomar banho e... cama, já que qualquer remédio que eu tomo, alguns minutos depois já estou capotada, sério. Com isso, teve dorama que acabei assistindo uns dias depois, graças ao aplicativo TVer que disponibiliza o último capítulo por uma semana. Ou alguns doramas que têm todos os capítulos disponíveis. Felizmente têm outros que estão nas plataformas prime video, Netflix, U-Next, Hulu... 

Hábito de leitura: Sei que noventa por cento do que eu leio é manga, e o restante revistas aleatórias. Mas é uma das formas que eu tenho para aprender a ler os hiragana, katakana e kanji e saber o significado da grande maioria deles, pra saber o quê estou lendo. E para eu saber tal kanji e significado, uso aplicativos para isso (antigamente, eu usava dicionário e tenho alguns de kanji com tradução em inglês).

Eventos: Se não é concerto, é evento de doujinshi. Isso quando acontece eu ir nas duas coisas, ou mais, claro que não no mesmo dia. Concerto é marcado com muitos meses de antecedência, então dá pra eu programar (basta eu conseguir ser sorteada), mas alguns eventos de doujinshi eu acabo sabendo algumas semanas antes da data. Geralmente eu acabo indo nos de sempre - Comic City (fui na 31a. edição do Super Comic City, no feriado), Comic Market e J-Pop Style. Exposições e pop-up stores já cheguei a ir em cima da hora, mas depende muito de quem. Em julho já tenho dois para ir, e mesmo que vão durar pelo menos dois meses, eu quero me programar logo e garantir o ingresso, porque são duas exposições que sei que, se não comprar antecipado, vou sofrer depois - "1964 Eyes of The Storm", exposição de fotos que Paul McCartney fez na época em que os Beatles excursionaram nos Estados Unidos e Europa. E das meninas do CLAMP, que elas farão em julho também.

Ir em lugares aleatórios: Este mês vai fazer um ano que voltei a morar na cidade onde morei em 2013, e estava mais na hora de eu explorar muito mais os outros pontos, ainda mais que agora estou de carro e fica mais fácil de ir aqui e ali. Só que tem lugar que não dá pra ir quando chove, porque são lugares abertos e afastados, e ultimamente quando folgo, chove ou ameaça chover. E quando faz tempo bom, é dia que aproveito para estender roupa e os cobertores no sol. Mas estou aos poucos compensando, como o Kimisarazu Tower e o porto (só não fui catar marisco porque sozinha não compensa). 

Falando em ir sozinha, realmente muitos dos meus programas aleatórios eu estou fazendo sozinha por motivos de que muita gente não gosta de sair comigo. São raríssimas as pessoas que saem comigo, dado a incompatibilidade de folgas e distância. Por mais que de extensão territorial o Japão parece ser "curto", para terem uma idéia, de onde moro, para Tóquio (o centro), levo uma hora e pouco de ônibus intermunicipal (de trem demora quase duas horas). Ou seja, eu tenho que sair cedo de casa para aproveitar o dia, imaginem quando eu resolver ir pra mais longe (daí seriam dois dias). 

Como eu disse antes, oportunidades nunca faltarão, só preciso aprender a me programar melhor as coisas.

Fotos: todos da autora, via smartphone.

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