"Paul McCartney Photo Exhibition 1963-1964 ~ Eyes Of The Storm"




Quem me conhece faz tempo, sabe que eu sou fã dos Beatles desde minha época do primário (sim, faz tempo mesmo), mas é muito difícil atualmente eu mencionar em qualquer conversa aleatória, até mesmo neste Empório (que é mais fácil ter postagens sobre idols japoneses do que o quarteto de Liverpool).

Quando estava ainda no Brasil, eu cheguei a ter a coleção completa em vinil, livros a respeito deles, e guardava reportagens sobre a banda, mesmo esta ter terminado um pouco antes de eu nascer. Vim parar aqui, e consegui o famigerado livro "Anthology" (que pesa uns bons quilos, e uma verdadeira arma - se tacar na cabeça, ir parar na UTI é pouco), o photobook da turnê japonesa que só saiu aqui e por encomenda ainda por cima, e recentemente o photobook que Paul McCartney lançou mostrando a visão dele sobre o fenômeno da Beatlemania.

"1964 Eyes of the Storm" traz 275 fotos tiradas por McCartney durante o início de carreira com os Beatles, culminando com a famosa "primeira vez" nos Estados Unidos. São fotos que mostram o lado mais intimista e até descontraído do quarteto de Liverpool, além de amigos próximos, backstages com outros artistas, o ponto de vista dele diante dos fãs e imprensa.

Comprei o livro em junho do ano passado, um pouco depois de eu ter mudado de emprego, província e tudo o mais, e como encomendei o original, achei que fosse demorar muito (veio no dia do lançamento oficial!!), e quando peguei o livro para conferir, primeiro é pesado igual ao "Anthology" e segundo, o material e acabamento perfeitos, além das fotos, claro, boa parte nunca vistas até então.

A maioria das fotos é em preto-e-branco, mas somente a parte em que a banda tirou uma folga em Miami (Flórida) é que as fotos são coloridas. Segundo Paul, ele resolveu fotografar em cores a estadia deles em Miami para contrastar com o frio que estava fazendo em Washington e Nova Iorque, além de que, era a primeira vez que iam para lá. E mesmo sendo fevereiro, ainda inverno, Miami estava ensolarado e tempo bom, o que rendeu boas fotos.

Era inevitável que saísse uma exposição e foi o que aconteceu desde o ano passado, que começou em Londres (no National Portrait Gallery, que também ajudou na curadoria das fotos), e está se estendendo nos Estados Unidos e agora no Japão - que está tendo em Tóquio (até dia 24 de setembro) e terá em Osaka (do dia 24 de outubro a 5 de janeiro de 2025).

Quem comprasse o ingresso antes da data oficial de abertura - que foi no dia 19 de julho - teria o direito de trocar por esse ingresso especial na loja dos goods. Mas a foto variava conforme o período. Este, é a segunda versão.

Fui duas vezes na de Tóquio - a primeira porque comprei o ingresso antecipado (antes de abrir a exposição, em julho) e poderia trocar por um ingresso exclusivo, mas dependeria muito do dia que fosse, pois a foto variava conforme a data. E a segunda vez fui para aproveitar o dia em que namorido finalmente estaria voltando para dividir a casa depois de um bom tempo longe por causa do trabalho. Como ele só ia chegar à noite, fui durante a tarde e aproveitei para comprar (mais) goods.

(Se bobear, a probabilidade de eu ir para Osaka no feriado de Ano Novo vai ser grande porque vou acabar emendando com a exposição da CLAMP que não deu pra ir em Tóquio.)

A exposição em Tóquio, até o presente momento em que eu estou postando aqui, está sendo no 52o. andar do Tokyo City View, em Roppongi, Tóquio. Ou seja, começa no observatório e depois no salão montado para o evento (foi uma idéia muito boa - quem for na exposição, aproveita para ver Tóquio do alto, vale a pena). É que para entrar na exposição, no andar da recepção, quem comprou antecipado, tem que apresentar o ingresso para receber um cartão com o QR code para entrar tanto no prédio como na exposição. Quem for somente no observatório, é outro tipo de ingresso.

Logo no observatório, encontramos as seguintes imagens:

No alto do observatório, o self-portrait do próprio autor no espelho do quarto do hotel onde ficaram hospedados em Paris, 1964.

O quarteto, circa 1964 (e eu esqueci de pegar os créditos dessas fotos). O painel fica logo na entrada do observatório.



A câmera utilizada por Paul durante as turnês. Na verdade, seria um modelo igual a que ele utilizou.


Nas reportagens da época, uma delas traz a foto do empresário Brian Epstein com a escultura em bronze dos rostos dos membros da banda. Paul fotografou parte do processo de modelagem, feito pelo escultor David Wynne, em 1964.

A escultura tinha ficado com Epstein, e faz parte da exposição (no Tokyo City View, ela ficava no mesmo lugar do observatório).



A maioria dos painéis era permitido fotografar, exceto os que tinham o aviso. Na verdade, eu não fotografei tanto assim, já que todas as fotos estão no livro que eu possuo, exceto as revistas e jornais.

Os painéis estão divididos conforme o livro - as cidades onde a banda passou, como Liverpool (a cidade natal deles), Londres, Paris, Washington, Nova Iorque e Miami.

Embora eu tivesse ido nos finais de semana, não estava tão lotado como eu havia imaginado. Mas quem foi, ou eram fãs da banda (como eu) ou eram fãs de fotografia, ou ambos. Pelo menos nos dias que eu fui, quase nem tinham estrangeiros (éramos eu e meia dúzia de outras nacionalidades).

Eu sempre gostei de exposições de fotos e não é de hoje que vou em um. Já fui de fotojornalismo (do Asahi Shimbun dos anos 60, e três vezes do Katsumi Ohmura para o news ZERO) e de personalidades (ok, foi do Masaharu Fukuyama em 2007), além de exposição de maquetes em doramas e filmes.

Ainda cogito em praticar fotografia mais como hobby, mesmo usando um celular (velho, por sinal), mas queria aprender as técnicas. 








As fotos que tirei do observatório. É interessante ver a metrópole vista do 52o. andar, e perceber que ainda existe um pouco de verde no meio do concreto, e o quanto Tóquio, a parte metropolitana, chega a ser vasta.

Fotos: todos da autora, tiradas via smartphone Sharp Aquos SH51A (sim, é modelo bem velho mesmo, e sei que vou ter que trocar logo).

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