Sopa de Quadrinhos

Confesso: sou leitora voraz de histórias em quadrinhos apesar de estar quase na casa dos "enta". Não existe livro de auto-ajuda melhor do que ler gibis e mangás. Vocês querem coisa melhor do que rir, chorar e tentar traduzir o que está escrito nas histórias mesmo sendo em língua-pátria? Nada contra esses livros, mas prefiro investir meu suado dinheirinho em algo que mesmo sendo histórias irreais, personagens irreais e surreais, mas que posso ao menos garantir meus minutos de distração e esquecer os problemas lá fora.
Tudo bem, tudo bem. Têm dias que fica praticamente impossível de se ler algo, seja por sono ou por ficar espremida na lata de sardinha, mais conhecida como linha Tokaido, Yokosuka ou Shonan-Shinjuku. Se bem que, como tem gente capaz de ler um jornal no meio do aperto, ler um mangá, cujo tamanho chega a ser até a de um Nintendo DS Lite fechado, chega a ser até fichinha.
Como certa vez comentei que gosto de ler gibis, não importando a minha idade, também entrego que gosto de ler mangás. Não aqueles almanacões grossos que depois são reciclados, mas os "tankohons", que junta as doze últimas histórias por aí de um mesmo personagem e vende num precinho meio... hã... razoável. Explicando melhor: seria um almanacão da Turma da Mônica semanal, com histórias individuais da turminha contada em capítulos e depois de um ou dois meses juntasse as histórias capituladas em um livro só daquele tema, entenderam? Fica difícil para nós, mortais que vieram de um país com doze horas (treze, se for horário de verão) de diferença, com alguns costumes diferentes com os daqui, mas a gente se esforça pra acostumar.
Eis os mangás que ficam na minha estante e quando dá na telha (insônia) volto a ler novamente, mas a gente não vende, não troca. Mas a maioria comprei na tal da Book-Off...

Guerreiras Mágicas de Rayearth: Esse foi muito fácil de encontrar os SEIS volumes lançados pela Kodansha em uma loja de livros de segunda, mas não foi o Book-Off na época que morava no interior de Kanagawa. Nem me perguntem o precinho que paguei pelos seis, mas eles continuam na minha estante, junto com a versão traduzida que meu irmão mais novo comprou e trouxe pra cá. Sabe que teve o animê, mas as versões diferem pra caramba. Portanto, quem assistiu o animê e depois leu o mangá, teve um choque tão grande que até hoje tem gente que nem sabe se assiste de novo o desenho ou lê novamente o mangá.



A história das três estudantes do ginásio que nunca se viram na vida, durante um passeio das escolas na Torre de Tóquio, elas são levadas para um outro mundo. Ganham poderes mágicos, armas mágicas e um bichinho esquisito e fofinho que as acompanham durante a viagem para derrotar o vilão e salvar a princesa que era o pilar que sustentava o mundo. Mas o desfecho...
Será que só eu que notei ou a maioria dos personagens foram batizados com os nomes de carros aqui no Japão? E as protagonistas tinham nomes de acordo com os elementos naturais (bom, ficou faltando a terra)? Um dia menos dia, resolvo explicar melhor esse fato...

Suki, dakara suki: Das mesmas autoras do mangá citado acima, essa história comprava bisemanalmente nas bancas e depois comprava o tankohon. História de amor impossível entre uma estudante de ginásio com o professor, que coincidentemente era seu vizinho de casa. Mas muita coisa misteriosa pairava no ar e somente nos finais saberemos da verdadeira história. E quem pensa que nesse amor impossível tem alguma cena picante, esqueçam, viu?



Antes que me esqueça: as autoras dos dois mangás citados, são quatro mulheres que formam o grupo CLAMP. Só que tem um mangá que estava lendo e colecionando mas parou no meio... isso já fazem uns quatro anos!!!!
E ainda fui na exposição que elas fizeram o ano retrasado em Kawasaki. O museu era longe pra caramba da estação, mas valeu a caminhada e ter pago 700 pilas pelo ingresso - as meninas merecem!

Piku Piku Sentaro: O dia-a-dia de um rapaz ilustrador e desenhista freelancer e seu coelhinho de estimação chamado Sentaro. Pode parecer besta, mas as histórias desenhadas por Tsubasa Nunoura cativam qualquer um. Tem horas que esse coelho enche o saco, mas de tão fofinho que ele é, amolece até o coração do dono. Os melhores amigos do coelho são uma gata que adora brincar e brigar com ele, um coelho de tamanho gigante e um coelho com cara de invocado...



E os mangás deste coelho ainda não terminaram! Bisemanalmente na revista feminina "Be Love", as histórias dele continuam...

Isso é uma pequena amostra do que costumo ler, mas nos próximos posts terão mais!

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