Como se dirige na "cidade grande" - Parte 2

Quem consegue (ter a paciência de) acompanhar este sítio, sabe que eu pra guiar aqui no Japão, não basta ter a carteira e o carro, tem que ter mais do que vergonha na cara e paciência oriental (só tenho o oriental nesse caso): tem que ter nervos de aço. Como diria marido kinguio, estaria exagerando, mas se um dia quiser dar umas voltas comigo, providencie seguro de vida ou deixe o mesmo com os pagamentos em dia.

Exageros à parte, têm dias mesmo que tenho uma baita duma preguiça de pegar o carro e sair, com motivos já citados ad nauseaum, mas na hora que precisa mesmo, não tenho como dizer não. Engraçado que quando estava na terrinha eu pegava todo dia o carro pra subir e descer as ladeiras da cidade onde morava e não reclamava. Mamãe agradecia quando eu a levava para o mercado, para o clube...

Sabe o que é? Na verdade, se eu tivesse um carro compacto, até que não ia ter tanta preguiça assim, mas ter um 525, fico com medo de acertar a retaguarda na hora de estacionar. Tá, espelho retrovisor tem pra ver o que tem atrás, mas do lado esquerdo do motorista, o espelho lateral automaticamente abaixa e não tem como desativar. Quem andar comigo um dia, vai entender o mecanismo dessa lancha, digo, carro.

Quem já viu o carro, sabe o quanto uma pessoa de metro e meio como eu às vezes apanha ao guiar um carro destes. Parece que fica desproporcional, mas depois que volta e meia vejo cada catatau dirigindo aquelas vans maiores do que o normal, e minha ex-professora de língua japonesa nos tempos de Kaisei, também da mesma altura que eu, dirigia um Land Cruiser, não digo mais nada.

Mas depois de um ano e pouco com o carro, aos poucos a gente se acostuma, mas ainda continuo com receio de errar a entrada de uma rua e não conseguir manobrar depois. Por causa da retaguarda do carro que é maior que minha tanajura. E o medo de acertar o carro e doer o bolso depois. Prova de que eu vivo errando caminho, foi hoje ao ir para o centro de Yokohama (sim, moro em Yokohama, mas é afastado do centrão, que tem o Minato Mirai, Landmark Tower e outras atrações) e errei pela terceira vez o caminho pra ir a loja de departamentos. E pra ir embora estava quase indo pra Kawasaki.

Navegador de bordo tem pra quê??? Se estivesse atualizado, a gente conversa depois.

A história ainda não terminou, pessoal. Ainda neste blog, o talvez desfecho emocionante desta odisséia.

Comments

  1. Concordo, um BMW525 é grande para os padrões brasileiros e japoneses. Mas por que compraram um carro do tamanho do Opala e com a potência do Maverick? Olhe por outro lado, ele não é descartável, como acontece com a maioria.

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