Comparações Esdruxúlas

Que meus amigos leitores do Brasil vão me pôr num espeto e me assar na fogueira de São João antecipada e meus amigos leitores daqui vão fazer o mesmo mas naquela cerimônia de incineração de mamoris e kasaris, mas comparar nosso modo de vida aqui e ali, pode ter certeza, vai gerar muita discussão, mas só pra quem morou em um ou mais países fora do Brasil, sente e como essas diferenças.

Hoje não sei como está a situação do nosso Brasil sil sil, mas quando retornei em 2006 para minhas curtas férias, em três semanas que passei, imaginem as situações que vão desde as toupeiragens até constrangedoras para horror de quem esteve comigo (no caso minha mãe, meu pai, meu irmão caçula, minha sogra e meus cunhados, porque o tempo foi tão curto que nem deu para encontrar meus amigos, o que talvez evitou de eles passarem mais vergonha ainda)...

- Mania de ler revistas, livros, o que for para ser lido em livrarias e raramente comprar o dito cujo: aqui é (quase) normal essa prática e ninguém acha ruim. Se estiver lacrado, obviamente ninguém é louco de arriscar. De todas as vezes que vou em livrarias, passo metade do dia escarafunchando as novidades (vide: livros de música, de design, propagandas...) e na maioria acabo levando nem que for a TV Guide ou alguma revista (an-an, Nikkey Woman...). Vai eu fazer isso nas livrarias tupiniquins e sabem qual é a resposta... Talvez as grandes livrarias têm a liberdade de fazer isso, mas no meu caso, ia comprar revista na banca da esquina...


- Devorar sozinha uma pizza de frango com catupiry: adoro essa iguaria e fazia - na época - seis anos que não sabia o que era uma pizza de frango com catupiry. Acabei por devorar uma destas sozinha. Com meio pingo de culpa. Lição número um: quando se vai com muita sede ao pote, o mesmo quebra. Lição número dois: tenha certeza de que já tem uma certa liberdade na casa da sogra. Literalmente.

- "Aceita troco em balas?", foi o que eu ouvi num boteco quando fui comprar água mineral para ter trocado pro ônibus junto com minha mãe. Não sei se era o calor que estava ou TPM se aproximando, mas retruquei pro balconista que "se eu der esse trocado pro cobrador de ônibus, ele me explusa no primeiro ponto que houver!!!" Ainda se fosse aquela bala 7Belo, tudo bem, pois uma balinha dentro da bolsa, na hora da vontade se faz necessário, mas sabe aquelas de hortelã que já esfarela ao abrir a embalagem? Acho que minha mãe só faltou esconder atrás do saleiro...


- "A Sombra": mesmo quando estava no Brasil, eu detestava vendedora de loja de roupas, sapatos, o que fosse, pegando no meu pé perguntando se gostei, se quero experimentar, se vou ficar só olhando e não levar nada... Eu sei que é o trabalho delas, mas constrange, e acabo não comprando mesmo. Pior que acostumei aqui o fato das vendedoras só falarem uma vez e deixar você a la vonté e quando fui às compras com minha mãe (coitada, essa foi testemunha das minhas toupeirices), nas minhas férias, ao ver as roupas que estavam "na moda", fui constantemente cercada por elas. Detalhe: quem estava pensando em comprar algo era a senhora minha mãe...

- "Devolver o casco": de tanto que aqui, acostumada a comprar quase tudo em garrafas PET (o que fiquei sabendo que elas liberam um conservante, produto, sei lá e pode prejudicar o organismo humano, voltaremos ao uso de garrafas de vidro), quando passei minhas três semanas de (merecidas) férias, tal foi minha surpresa ver na casa de meus pais, um engradado de garrafas de Coca-Cola. Garrafas de vidro retornáveis. Meu pai explicou que, levando o casco vazio, ganha desconto na compra de um cheio. Bem, agora explicado a quem fui puxar em matéria de "gente econômica" (ou como diz namorido kinguio, "mão de vaquice pura mesmo" )...

Bom, pra lembrar de mais fatos, das duas uma: ou eu volto mais uma vez e tiro dois meses de férias (ou menos, se depender das toupeirices) ou o pessoal que voltou pro Brasil contem (nos comentários ou troquemos as idéias via posts) o que andaram fazendo que poderia ter gerado um leve constrangimento. Tá, a história do papel higiênico é antiga...

Comments

  1. Hahahaha... Bom, eu sou vou em livraria grande enão eu leio livros, revistas e afins...

    Ah fala sério uma "sombra" ninguém merece, tb não gosto de loja assim... o pior que até nas "populares" (C&A, por exemplo) eles vão lá nos atucanar... mas por causa do cartão! afff... saco! Daí que não compro tb!

    Uauuuu... um pizza inteira... ia me pesar na balança certo ^^

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  2. Gesiane, e aqui eu continuo tendo esse habito de ir na livraria pra ficar lendo pra ver se compro ou não... Na Book-Off, rede de segunda mao, acabo ficando quase a tarde toda no dia de folga ahahahah

    Aqui, sobre vendedora ficar pegando no pé, parece que são as lojas caresimas. As "populares" eles so perguntam uma vez e depois voce é quem corre atras dele ahah

    Quanto à pizza... lembrando que uma pizza no Brasil vale pra mim as tres refeições!!!

    Beijao!

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