[Mangá Time] As Guerreiras Mágicas de Rayearth (Maho Kishi Rayearth/Maho Naito Reiaasu) - Volume 1


Eu já tinha comentado do mangá completo nesta postagem aqui, mas como numas postagens anteriores eu estava cogitando o projeto 365 HQs que tem no Instagram, nem eu sei se tenho tanto mangá assim, mesmo juntando todos os volumes... Vamos tentar, né.



"Magic Knight Rayearth" ou "As Guerreiras Mágicas de Rayearth", como ficou conhecido no Brasil, foi publicado pela revista Nakayoshi da editora Kodansha, nas edições de novembro de 1993 a fevereiro de 1995, e, posteriormente, compilados no formato tankobon A5 entre 1994 a 1995 (depois tiveram outras republicações em 2002).

Falar da arte das meninas do CLAMP atualmente é chover no molhado, mas no início dos anos 90, elas eram mais conhecidas no meio doujinshi, ou mangá independente que eram publicados somente para um público restrito. Mas quando resolveram se profissionalizar, fizeram sucesso com "Seiden - RG Veda -", que tinha elementos da cultura hindu, e "Tokyo Babylon", que dava indícios para a obra posterior do grupo - "X" (outro mangá que entrará nesse projeto).

"Magic Knight Rayearth" foi criado a pedido do editor-chefe da revista Nakayoshi, que queria uma história shoujo que atraísse leitoras mais maduras, deu que as garotas do CLAMP misturaram RPG (Role Playing Game) e robôs. Resultou que a história também ganhou fãs masculinos. Acredito que, depois de "Cardcaptor Sakura", quem tem mais merchandising é Rayearth (pelo que ando vendo nas lojas como Animate e Mandarake, por exemplo).

O primeiro volume, que é a compilação das histórias publicadas pela revista Nakayoshi durante as edições de novembro de 1993 a março de 1994, foi lançado em formato tankobon tamanho A5 pela KC Deluxe em julho de 1994, traz como surgiram as Lendárias Guerreiras Mágicas, seus poderes e as armas.

As três se apresentando quando foram parar em Cefiro, já que elas eram de escolas diferentes. A reação de Fuu e Umi quando Hikaru diz que tem a mesma idade que elas (porque NAO parece!).

Tóquio, 1993. Durante uma excursão escolar na Torre de Tóquio, três estudantes ginasiais de escolas diferentes - Hikaru Shidou, Umi Ryuuzaki e Fuu Hououji - são misteriosamente transportadas para um outro mundo, depois de ouvirem um chamado de socorro. Ao chegarem no mundo diferente, são recepcionadas pelo guru Clef, que explica o motivo das três terem sido convocadas para Zefir.

Zefir é um planeta em que tudo é perfeito, na harmonia e paz. Isso é possível graças às orações da Princesa Emeraude, que é o pilar que sustenta esse mundo. Porém, Zagard, o sumo sacerdote e braço direito de Clef, aprisionou a princesa em uma bolha d'água, impedindo-a de orar pelo planeta, por isso Zefir está aos poucos entrando em colapso. E para libertá-la, teriam que ser pessoas que não fossem do mesmo mundo.

Guru Clef explicando a situação do planeta e o que elas precisarão para salvar a Princesa.

Para que as garotas consigam chegar onde a princesa está aprisionada, elas terão que enfrentar os asseclas de Zagard, conseguir armas, e evoluir seus poderes e armaduras que foram concedidos pelo guru. Sim, para que possam enfrentar as criaturas das florestas, elas precisam evoluir suas armas, e isso acontece quando precisam encarar determinadas situações - como a Floresta do Silêncio, onde nenhuma magia funciona, e a Fonte Eterna, onde elas teriam que buscar o material para que suas armas sejam forjadas. E também libertar os gênios (mashin), que vão ajudá-las a entrar no castelo.

Sobre os poderes que Clef mencionou, só deu tempo para conjurar para Hikaru, pois logo foram atacados por um dos asseclas de Zagard, a feiticeira Alcyon. E as meninas tiveram que fugir para o oeste, onde uma pessoa poderá ajudar a forjar as armas - a ferreira Presea, que mora no meio da Floresta do Silêncio, onde nenhuma magia funciona, ou seja, elas teriam que enfrentar as criaturas da floresta com armas mesmo.

O encontro com Presea, a ferreira de Cefiro e dizendo que a lenda das Guerreiras Mágicas é real.

Apesar da recepção nada convencional, Presea entende o recado que Clef havia dado para ela ao entregar Mokona (uma criatura branca e fofa com orelhas de coelho). E ela se dispõe a fazer as armas para as meninas - com a condição de que elas mesmas teriam que trazer o material, Escudo, o lendário metal que só encontra na Fonte Eterna. E para que elas cheguem até lá, elas teriam que atravessar a Floresta do Silêncio. E como a magia não funciona, elas teriam que ir armadas.

Na primeira fase, quem pensou que o Mokona era apenas um bichinho fofinho, vocês não viram nada ainda...

Com as armas emprestadas ("cada arma pertence a uma pessoa e elas virão até vocês"), as três meninas partem rumo à Fonte Eterna, acompanhadas por Mokona, que, segundo Presea, tem tudo o que elas vão precisar durante a jornada.

Ao enfrentar os monstros que aparecem do nada na floresta, elas acabam encontrando um desconhecido que as salvam.

Será que é aliado do Clef ou de Zagard?


Observações:


  • A história se passa em 1993, ano em que a história começou a ser publicada.
  • As protagonistas estudam em colégios exclusivos para meninas, como uma das colegas de Hikaru menciona no começo da história.
  • Os nomes das protagonistas são relacionados aos elementos naturais e signos. Mesmo na tradução, fizeram o possível para manter o significado (Hikaru = Lucy; Umi = Marine; Fuu = Anne ou Anemone).
  • Na versão inglesa e brasileira, os produtos que Umi menciona - sorvete Haagen-Dazs, a rede de fast-food Mos Burger, e o family restaurant Denny's - foram suprimidos para evitar problemas de direitos autorais.
  • O personagem Mokona foi inspirado pela própria autora, Mokona Apapa. Ele é muito mais que um alívio cômico na história (as tiradas que ele e Umi fazem são dignas de comédia).
  • Uma das diferenças manga e anime: o guru Clef não é transformado em pedra pela Alcyon (isso no manga).
  • Historinha bônus no primeiro volume: a noite cai na Floresta do Silêncio e as três precisariam de um lugar para dormir. Mokona cria um alojamento em forma de ovo, com cama, pijamas e amenity kit para elas. No anime, essa cena existe, mas a parte em que Hikaru tem um sonho, somente no manga.
  • Cada volume traz a ficha completa dos personagens principais.
  • Umi e Fuu gostam de RPG (elas comentam sobre o jogo quando encontram a ferreira Presea, em que elas comparam a situação com o jogo - encontrar seres mágicos, derrotar monstros e ganhar moedas para conseguir armas e magia para enfrentar os monstros mais poderosos nas outras fases).
  • Quando Presea diz que "cada arma pertence a uma pessoa, e as armas chegarão a vocês", é de acordo com a habilidade de cada uma - Hikaru pratica kendo; Umi, esgrima; e Fuu, arco e flecha.
  • Quem tiver todos os volumes (são seis - três da primeira fase e três da segunda), percebe que são três cores respectivamente de cada personagem - vermelho (Hikaru), azul (Umi) e verde (Fuu) - e a evolução da armadura. Na capa, a personagem com a respectiva image color aparece na frente das demais. Na contracapa, traz a personagem com seu respectivo gênio/mashin.


Sou muito suspeita para falar sobre o mangá, porque praticamente foi um dos primeiros que li originalmente ainda no Brasil, quando o anime foi transmitido nos meados dos anos 90, pela SBT, acompanhando o boom dos animes nas terras brasilis - Sailor Moon, Cavaleiros do Zodíaco e Super Campeões (Captain Tsubasa), por exemplo. E foi por causa do anime que passei a procurar mais sobre as obras da CLAMP, graças a um irmão otaku que conseguia facinho os mangás. E mesmo o anime na época ter mudado de horário e dia muitas vezes, ao ponto de muita gente nem ter visto o final (acabei assistindo via LD que meu irmão conseguiu).

Na verdade, do CLAMP, eu prefiro mais os mangás, pois possuem detalhes que até passam despercebidos na primeira leitura, além da arte que é de encher os olhos tamanho a beleza que é. Ao mesmo tempo que os personagens possuem traços mais adultos, repentinamente, numa situação cômica, viram chibis (crianças) ou ganham orelhinhas de gatinho.

Talvez por isso o tamanho do tankobon é B5, ao invés do tradicional tankobon tamanho japonês B6, para melhor visualização, além da textura do papel também ser bem diferente. Mas, na reedição em 2002, o tamanho aumentou um pouquinho e foram incluidos alguns extras (cujo tipo do mangá se chama "shinsoban"). No caso de Rayearth, a edição original trazia historinhas bônus (coloridas) e comentários das autoras no final de cada volume. Não cheguei a verificar [ainda] o conteúdo do shinsoban, pois não costumo ter edição original e especial (exceção feita em CDs e singles, mas é outra história), só porque pode ter mudado uma vírgula. A não ser que tenha muitos extras.

A versão shinsoban, disponível na amazon e na kodansha.

Na verdade, eu tenho a versão traduzida para o português, de 2002, pela JBC. A tradução ficou muito boa, não perdeu a essência do estilo das meninas do CLAMP, mas três coisas pecaram - a qualidade do papel, a impressão nas páginas que eram para ser coloridas mas ficaram no preto e branco (na versão japonesa, as fichas dos personagens foram impressas em outro tipo de papel por serem coloridas) e ausência dos bonus stage. Mas dá para entender por causa do custo e trabalho.

A edição shinsoban ainda dá para ser encontrada em livrarias, mas tem que procurar muito. Mas no site da editora Kodansha tem a edição shinsoban, mas quiser a versão original, que foi o tankoban tamanho B5, vai ter que procurar (e muito) nas lojas de segunda mão. (Minha versão em casa, é o tankoban B5 que consegui nas lojas de segunda mão em 2000, pois nas livrarias estava esgotada, tanto a primeira como a segunda temporadas)

Site oficial das meninas do CLAMP: https://clamp-net.com/

Site oficial para os fãs do CLAMP (inclui em português): https://clamp-fans.com/ja/

Site da editora Kodansha (que tem para ler on line) : https://kc.kodansha.co.jp/product?item=0000032007

Imagens: google, matome-naver, kotomana blog, kodansha, amazon.jp

Fontes: animage, NewType, matome-naver.

Comments

  1. Hoe, Kiyomi-chan! :3
    Resolvi também dar um pulinho aqui no post sobre mangás, hehe! :)

    Eu tenho até vergonha de ter indicado coisas de Rayearth para você, principalmente no período em que foram lançando as figures, quando não tenho essa estória clara na minha cabeça, haha!

    Lembro de ter visto o anime no SBT, mas foi como você disse: ordem errada, mudança de horário sem avisarem e aí não fez sentido algum pra Miyuki-chan aqui - só achava bonito, haha!

    Lembro também de ter todas as bonecas, um quebra-cabeça e acho que um jogo da memória. Hoje, essas raridades valeriam uma nota, né? Mas é, não tive essa visão de mercado e passei pra frente, haha!

    Já que foram suspensos os lançamentos de boa parte dos animes desta temporada, quem sabe não dou uma chance pra Rayearth?! Fiquei curiosa com esse ISEKAI shoujo, haha!

    Beijos de cotovelo, miga~! ;)

    ReplyDelete
    Replies
    1. Ohayou Karupin-chan! XDD

      Que vergonha de indicar, o quê! Eu gosto de Rayearth desde que passou pela primeira vez no Brasil (sim, faz tempão mesmo), meu irmão conseguiu os mangás originais, tem os videos originais (quase tudo pela Fonomag, ja que ele mora em SP e trabalhou quase uma década numa empresa japonesa, onde os colegas que vinham pra cá a trabalho, compravam pra ele) e eu tenho os figures que ele conseguiu em uma loja aleatória na Liberdade. Quando vim parar aqui, imagine o estrago hahahaha

      Eu até tento acompanhar o ritmo do trabalho das meninas do CLAMP, mas o ruim é que elas têm algumas obras inacabadas e sei lá quando elas vão voltar com isso (tô esperando até hoje a conclusão de X). Isso porque eu até hoje não criei vergonha na cara e tô procrastinando Cardcaptor Sakura, isso porque quando saiu a primeira temporada eu já estava aqui!!!

      Nossa, os goods de Rayearth que sairam na época, o pessoal tá vendendo por uma nota preta! Mesmo os figma que sairam agora, estão sendo difíceis de encontrar mesmo em lojas especializadas em figures em Akiba.

      Olha, se você foi daquelas como eu, viu o anime e depois leu o mangá, você deve ter tido o maior choque da sua vida, porque muita coisa difere de forma drástica, tanto na primeira como na segunda temporadas.

      Nem fale, esta temporada teve muito anime que vai ter episodio a ser lançado com atraso, estréias adiadas para nao sei quando, próximo capítulo só depois do Golden Week (vide One Piece, Digimon, Pretty Cure e Fujou Tantei). Espero que não aconteça com Fruits Basket Second Season.

      Alternativa: rever os episódios antigos ou animes que já tiveram a temporada terminada. Bora eu procurar a lista do Noitamina da Fuji TV que teve anime bom pra caramba, o que matava era o horário mesmo.

      Beijao de cotovelo e volte sempre! :-D

      Delete

Post a Comment