Interação


Muitas vezes eu devo ter comentado neste Empório o quanto eu ando com a interação nula ou quase isso nas redes sociais. No máximo no Twitter pra ver como andam as coisas e no Instagram que me atualizo nos eventos culturais. 

Chega perto do final de ano, e vamos com os eventos musicais nas emissoras daqui. Mas como eu comentei em uma postagem aqui, parece que minha TL no Twitter anda mais parada do que eu interagindo (e só interajo com minhas amigas dos tempos em que a gente ia nos concertos no Nagoya Dome e passava a maior friaca na fila dos goods). 

Ou eu que mudei ou eles que mudaram?

Eu sei que todos passam por constantes mudanças, a gente espera que as mudanças sejam para melhor. No meu caso, as pessoas que antes eu interagia, passaram a ter outros interesses, desanimaram, mudaram de pensamento. Talvez eu seja uma pessoa desinteressantes ao ponto de vista delas.

Eu também sei dos problemas que afligem o mundo, da pandemia, das malfadadas eleições (vou avisando - tive que justificar minha ausência na votação porque na época meu título eleitoral AINDA estava na minha terra natal, eu não tive tempo hábil para transferir para o exterior, porque tem prazo, e depois tem outra: de um tempo antes das eleições NAO é possível fazer a transferência. Então, antes de algumas pessoas nos julgarem por terem "votado" por causa de contagem de votos nulos, brancos e justificados, entendam a situação de quem mora no exterior). Mas não dá pra ficar chorando pelos cantos sempre, se desesperar, achar que o mundo acabou. Na hora a gente pode ficar nesse estado, mas depois de uma boa respirada funda, vamos dar o nosso melhor para tocar a vida.

Talvez porque eu já tenha passado cada apuro nessa vida que, até os inori mails não me abalam mais. Recebo eles e sigo pra próxima. 

Eu sou muito ruim para tentar confortar pessoas. Por mais que seja próxima, eu não consigo transmitir conforto e segurança. Tenho medo de magoar a pessoa por mais que ela esteja, e sei que ela precisa de ajuda. Aí eu fico de mãos atadas, porque se eu tento ajudar, acabo piorando. Se não ajudar, acham ruim (e eu fico de consciência pesada). E na minha timeline do Twitter - uma das contas que mantenho ativa porque é lá que tenho informações - realmente muita gente desanimou geral.

Não vou negar que eu também acabei me afastando demais das pessoas. E como não bastasse, eu também estava perdendo o ânimo de fazer as coisas que eu mais gostava, mas se não fosse conhecer - via Instagram - outras pessoas que possuem os mesmos gostos que eu tenho, nem sei como estaria hoje. Voltando aos poucos e devagar, mas estou indo.

Como eu disse antes, talvez as pessoas com quem antes eu interagia nas redes sociais já sentiram que os assuntos e afinidades já se tornaram "maçantes" e largaram mão disso. Isso porque antes era do tipo "falou mal, leva pancada", bem coisa de fanático mesmo (nem posso falar muito mal dessas pessoas porque eu também era desse jeito). Hoje, onde estão essas pessoas que toda hora enchiam o feed do Twitter com assuntos mil? Dos ídolos? De que a gente estourava o limite de postagens nos dias de musicais (especialmente no The Music Day, que eram 10 a 12 horas de duração, e principalmente na noite do Kouhaku Utagassen)?

Pois é, eu esqueço que pessoas mudam e eu não consigo acompanhar a evolução delas. Não que eu esteja desatualizada, mas os gostos atuais delas não acompanham os meus; assuntos e tópicos defasados; e muita mas muita coisa envolvida. Chegaram até a dar indiretas para mim o fato de "morar no exterior e ter uma vida tranquila" (hahahahahahahaha), que "pode ir nos shows dos idols que quiser" (hahahahahahahaha). 

Pessoal esquece que mesmo morando no exterior, a gente leva a mesma vida que a maioria dos mortais - trabalhar, estudar, pagar contas. E um tempinho pra nossas diversões. Por isso que eu não consigo mais dialogar com essas pessoas justamente porque elas acham que vivo no paraíso, mas não é bem por aí, e quem disse que eu consigo convencê-las o contrário?

Seja como for, aos poucos meu círculo de amizades vai diminuindo. Ou como diria, estou ficando muito seletiva demais. Talvez melhor assim? Poucas pessoas fica mais fácil de se lidar?

Isso vou descobrindo com o tempo.

Foto: da autora, fugindo do café da sereia e indo em um que não é muito conhecido pelo público, mas tem docinhos legais, como o mont-blanc de Kumamoto acompanhado de cafe latte com açúcar mascavo de Okinawa.

Comments

  1. oiiii!! Eu te acompanho desde o começo e adoro o Emporio Kiyomi. Andei sumida por conta de varias mudanças na minha vida, mas estou voltando aos poucos , beijinho

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