Enquanto eu tiver saúde, essa série não vai terminar (assim como muitas que eu faço e demoro anos pra dar sequência), mas quem me conhece, sabe que desde 2006 vou em shows aqui - porque quando eu estava no Brasil, se fui, foi no do Paul McCartney em 1990 num Maracanã lotado.
Muitos vão me dizer que eu só vou nos shows dos artistas de sempre, não vario, etc., mas bem que tento conseguir ingresso de outros artistas, mas existem vários problemas, desde data e local do show - a maioria ou faz em Tóquio, ou em Osaka, ou no meio da semana. Daí eu tenho que pensar no que justificar no formulário de folga remunerada. (Isso eu expliquei na postagem da parte 3)
Tirando dois artistas que realmente tive que encarar uma madrugada de viagem no ônibus e pegar diária no hotel (felizmente consigo pacote de turismo onde tem a ida e volta e a diária, e sai bem mais em conta), o resto foi em Nagoya mesmo.
O ano de 2017 foi o ano que nenhuma das minhas amigas conseguiu ingresso para a live tour do Arashi - o "untitled". Ou aquele ano foi muito concorrido mesmo, porque duas amigas minhas que sempre conseguem, desta vez deu hazure para todo mundo do nosso círculo. E final de dezembro, viajei e fiquei um mês fora.
Mas, em 2018, parece que descontei tudo o que não fui no ano anterior, porque no que deu pra ir, consegui.
Quando abriram as vendas, tentei nos três dias dos Tokyo Dome, porque Nippon Budokan estava fora do meu orçamento. E consegui no primeiro dia do Dome. Ainda mais que caiu num dia de semana, aproveitei que era época do Golden Week e emendei tudo de uma vez, mesmo tendo que pegar uma madrugada de viagem e um dia no hotel.
Na verdade, a tour não era promoção de algum álbum futuro, como a maioria dos artistas fazem, mas era uma tour normal - o conceito de "ONE ON ONE" era, segundo Paul, "como se estivesse interagindo com cada um dos espectadores da platéia, como se fosse um show intimista".
Com 74 anos (na época), Paul continua em boa forma, mesmo a gente sabendo da setlist decor e salteado. Muitos artistas por aí deveriam assistir ao menos um show dele, que, apesar de não usar tanta pirotecnia (ele usa muito na música "Live and Let Die") e outros efeitos de primeira, o que vale muito é que o moço dificilmente tem intervalo entre uma música e outra, exceto no encore, ou seja - quase duas horas de música quase ininterrupta.
E saimos com um saldo feliz nisso tudo. De onde o Beatle consegue TANTA energia assim???
Voltando ao Daikanshasai.
Desde 1998, quando Fukuyama voltou do período em que tirou dois anos de férias de atividades artísticas, ele foi tão bem recebido pelos fãs na época em que lançou o single "Heart", o álbum "SING A SONG", a tour "Hurricane" que, no final do ano resolveu fazer um show de agradecimento aos fãs que esperaram e apoiaram durante todo esse tempo. E assim está sendo quase que anualmente.
Antes, Fukuyama fazia o Daikanshasai no máximo em dois dias, mas como MUITA gente queria ir, porque o show não era restrito só para quem era do FC, acabou durando quase uma semana, incluindo outras cidades (antes era ou no Yokohama Arena ou no Pacifico Yokohama). Aí explica-se o motivo que Fukuyama não se apresentava ao vivo no palco do NHK Hall no Kouhaku Utagassen quando ele fez sucesso com "Ryomaden" - dia 31 de dezembro ele estava fazendo show e aí era transmitido direto do local.
Desde 2014, Fukuyama faz dois shows extras no Daikanshasai - um exclusivo para homens (Yaroya) e outro somente para mulheres (Seijoya). Mas os outros dias é para todo mundo.
No dia que eu fui, dia 21 de dezembro, eu consegui o dia exclusivo para quem era do FC. O repertório varia entre as baladas e as mais agitadas, mas teve duas músicas inéditas que só foram sair em álbum quase cinco anos depois!!!
E volto a dizer, no Daikanshasai o Masaharu não canta "Sakurazaka" e nem adianta pedir no encore.
Antes que me esqueça: na entrada do show, a gente ganha panfletos e uma amostra da maionese Kewpie, que Masaharu é garoto-propaganda do produto.
Um dia eu faço uma postagem do Shizuoka Ecopa Arena. Foi nesse dia que descobri porque têm muitas fãs que reclamam horrores de ir para lá - da estação de Aino (JR), tem uma boa caminhada, sem falar que tem que subir um morro (de esteira rolante, ainda bem). O Ecopa Stadium foi onde teve a Copa do Mundo em 2002, mas tem a arena que fica em frente, que é utilizada para eventos e shows menores.
Embora tivesse a banca de concert goods, desta vez preferi comprar no site oficial da Amuse (agência do Masha), aí não enfrentaria fila e conseguiria item limitado que havia esgotado (o calendário e o mashamaro limitado). Mas tinha o Mashamaro Daruma para o pessoal agradecer e pedir muita saúde e tirar fotinho.
Sem contar o stand que tinha o saco de dormir em forma de sarcógrafo onde Masaharu apareceu no vídeo do FC no ano-Novo.
O set list era variado, como sempre - mas com música inédita e encore diferente dos outros lugares. Mas uma coisa nunca posso negar é que Masha é atencioso com os fãs, interage, mesmo a gente correndo o risco de levar um banho de água durante a música "Tsuyoku Ame no naka" quando ele resolve cantar.
Ah, sim. Teve "Sakurazaka" no set list...
Masaharu Fukuyama Dome Live 2018 ~ Kurayami no Naka de Tobe ("Jump to the Darkness") (Kyocera Dome Osaka, 19 de Maio de 2018). Mal ele havia iniciado o Arena Tour (vide idem anterior), em fevereiro, no aniversário dele, Masaharu já soltava outra bomba, ops, anúncio de Dome Live - no Tokyo Dome e Kyocera Dome Osaka, que foram 4 shows para quem não conseguiu ir no Arena Tour. Se bem que, no Arena Tour, ele fez show em lugar onde sei lá o pessoal descobre.
Fã desgraçada que sou, obviamente fiz a inscrição e puxei uma colega de trabalho junto, já que ela queria ver ao menos um show do moço uma vez na vida (essa minha colega infelizmente foi transferida de trabalho alguns meses depois). E escolhi Osaka por ser relativamente mais perto para nós mesmo sendo de shinkansen.
Embora eu tivesse pego arquibancada, deu para ver bem, graças aos telões também. A diferença do arena tour era que no Dome, o palco tinha outra estrutura e um tipo de balão controlado via remoto, o que o Masaharu batizou de "Tetsuko Hair", devido ao formato ser parecido com o penteado da apresentadora Tetsuko Kuroyanagi.
O repertório ele focou mais nas mais recentes, que nem tinham saído em single. Algumas músicas eram em formato digital, como "Zero" (tema do anime movie de Meitantei Conan) e outras eram do single de 2017, "Seiiki". Claro que incluiu as antigas, como "Dear", "Hello", "niji" e "Peach!!" (esta sem versão fio-dental).
No segundo encore, ele encerrou com "Squall", somente com violão.
(*Detalhe: em 6 de fevereiro de 2019, dia que ele completou 50 anos, Masaharu lançou o álbum "Double Encore", com quatro CDs e dois DVDs, onde ele compilou todos os segundos encores que fez durante a tour de 2018 mais o Mikkai do mesmo ano e o DVD seria o Fuyu no Daikanshasai de 2017, no dia do countdown.)
KAT-TUN - LIVE TOUR 2018 CAST (Nihon Gaishi Sports Plaza - Gaishi Hall, Nagoya, dia 30 de Agosto de 2018). Tenho uma amiga que é fã do KAT-TUN quando o grupo ainda tinha seis membros. Quando, em 2016, reduzido a três membros, anunciaram que iriam entrar no período de "recarregar as baterias" (um eufemismo para "hiato"), o grupo fez show em três Domes - que foi o "10Ks Live Tour", e assim que acabou o show no Tokyo Dome, entraram de férias.
Minha amiga estava perdendo as esperanças quando, no Johnny's Countdown de 2017~2018, o grupo apareceu depois da virada do ano já com música nova, um live especial em Yokohama (o "First Impression ~ Ask Yourself"), e três shows no Tokyo Dome - "UNION". Quando anunciaram o Arena Tour, ela me chamou pra acompanhar.
Como o ingresso era na forma digital, a gente só ia saber onde era nossos lugares no momento da entrada no local. Semelhante aos do Masaharu, mas a diferença era que eu recebia o ingresso físico com o QRCode impresso. No caso dos concertos dos Johnny's a pessoa recebia o QRCode via e-mail do celular duas horas antes de abrirem os portões. Uma forma de coibir revenda.
Pegamos arena, não tão perto do palco principal, mas perto das passarelas onde eles passaram com os trolley cars e da passarela central. Ou seja, a gente viu o trio passando bem ao nosso lado!!
Como era a tour de divulgação do álbum mais recente - "CAST" -, eles focaram muito nas músicas mais novas (o que eu fiquei perdida, porque não tinha ouvido o álbum ainda, exceto duas músicas que tinham sido divulgadas antes nos programas musicais - "Ask Yourself" e "Unstopabble"), mas os sucessos antigos não podiam ficar de fora, como "Real Face" (a versão modificada), "Don't U Ever Stop", "Birth", "Kiss Kiss Kiss".
E teve a apresentação solo dos backdancers, no caso o grupo Uchyuu Six (grupo que o membro do Snow Man, Ren Meguro, fazia parte).
Mesmo com três membros remanescentes - Kazuya Kamenashi, Tatsuya Ueda e Yuichi Nakamaru - o grupo ainda mantém o mesmo ritmo selvagem, sexy e com um pouco de humor, tal como a paródia de um teleshop e improviso instrumental usando materiais inusitados, tal como uma galinha de borracha (cortesia do Nakamaru).
Foi um dos primeiros shows dos Johnny's a introduzir o sistema de lista de concert goods via site, ou seja - você escolhia os goods e gerava o QRCode para apresentar na tenda de vendas no local. A atendente pegava a lista e já trazia tudo. Era conferir e pagar, o que facilitava muito na hora de comprar, evitando filas quilométricas, o que neste show nem fila direito tinha.
Paul McCartney - "Freshen Up Japan Tour 2018" (Tokyo Dome, 31 de outubro de 2018). Quanto menos eu esperava, lá vem o Macca anunciando nova tour, mas desta vez era para divulgar seu novo álbum de estúdio, "Egypt Station", lançado em setembro de 2018.
A tour havia começado em setembro, no Canadá e ia terminar em 2020 se não fosse a pandemia. Os quatro dias de show no Japão foram dois dias no Tokyo Dome, um no Ryogoku Kokugikan (aka a famosa arena de sumô) e o final no Nagoya Dome.
Antes que me perguntem porque eu não tentei o Nagoya Dome, já que era relativamente perto de casa, é que no sorteio eu consegui para Tokyo... de novo (no site do Ticket Pia eu tinha as três opções e escolhi as três. Quando recebi o mail do resultado, deu somente um e foi justo o dia que eu fui)!!
O repertório ele quase não mudava, exceto inclusão de algumas músicas, especialmente do álbum novo (na verdade, ele incluiu apenas duas - "Who Cares" e "Foh You"), mas quem já viu o Beatle ao vivo, ele pode repetir a lista que ninguém vai reclamar, afinal, ele raramente pára, exceto no encore.
Como o primeiro dia de show caiu no dia de Halloween, imagine que ele não perdeu o bom humor e no encore entrou no palco fantasiado...
Quem foi no show do Nagoya Dome, o último da turnê japonesa, o público agradeceu o Paul pelo show, formando com cartazes a frase "Japan Loves Paul" nas arquibancadas e o Hinomaru na arena.
Logo vou fazer a continuação por motivos que, do final de 2018 a 2022 aconteceram muitas coisas e a postagem vai ficar longa.
Imagens: Huffington Post, amuse, ameblog, yomiuri, livejournal.
Para quem quiser relembrar as postagens passadas desta série:
- Primeira parte 29 de Abril de 2015.
- Segunda parte 15 de Fevereiro de 2020.
- Terceira parte 05 de Dezembro de 2021.
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