Escolhas, Erros e Acertos


Esta semana, enquanto voltava para casa, fiquei me perguntando se na vida fiz escolhas certas ou erradas, ou estou vivendo na tentativa, erro e acerto.

Eu havia postado sobre a zona de conforto, onde por um lado a gente se sente mais seguro, mas pelo outro, a gente acaba se acomodando e não aceitando outros desafios na vida. Pois bem, desde que resolvi tentar mudar de trabalho, já senti tudo o que não havia sentido desde que comecei a trabalhar aos 18 anos. Que nem naquele desenho do Pica-Pau em que o funcionário da companhia de energia elétrica diz "em meus tantos anos nesta indústria vital, isso é a primeira vez que me acontece".

Como namorido disse para mim muitas vezes - "se a gente não tentar, nunca vai saber se vai dar certo ou não. Nunca tenha vergonha de dizer que não deu certo, porque é muito difícil a gente acertar logo de primeira." (Minhas receitas que tento fazer e acerto na segunda ou terceira tentativa, né.)

Por mais que existirão pessoas que vão apontar o dedo e dizer "eu não te disse?", essas tentativas ficam como aprendizado. Claro que já tive muitas tentativas que deram errado, muito por inexperiência minha, muito por falta de compreensão da outra parte. Melhor dizendo, paciência.

Ah, mas não dizem que errar é humano, mas insistir no erro seria burrice?

Mas depende muito da situação. No meu caso, tentar novamente o JLPT nível 2, TOEIC ou British Council, não seria burrice e sim, aprimorar seus conhecimentos (para ver se muda de vida). Se a gente muda de emprego para ver se melhora no sentido profissional (cof cof cof) e no financeiro (para poder bancar seus estudos e hobbies), seria uma tentativa de conseguir o que queremos. Aí se entra o fator da "terceira parte" aka der certo com o trabalho e os "colegas", a probabilidade de ir tudo bem seria grande, mas quando não acontece o esperado...

A gente não quer nunca ser pessimista, né? Mas logo na primeira semana fiquei num estado "onde fui amarrar meu burro". No que por um lado eu já sabia sobre as regras da empresa, horários, ordem de trabalho, etc., por outro, acabei conhecendo pessoas com personalidades mais duras que a minha. Sabe o que eu mencionei logo no segundo parágrafo, em que eu achava que já tivesse visto na minha vida e aparece mais? Pois é...

Nunca existirá um local de trabalho 100% perfeito, mas que fosse pelo menos uns 60% estava de bom tamanho, se ao menos o trabalho seria mais ou menos, o nível pessoal poderia ser bem melhor. O que percebi que nem um nem outro.

Exceções existem, claro, mas a maioria sequer cumprimenta logo de manhã ao encontrar (depois na primeira reunião de apresentação pedem por favor fazer o devido "aisatsu" ou cumprimentar a pessoa, com "bom-dia", "boa-tarde", "boa-noite", despedir adequadamente com "obrigado pelo dia de hoje, estou indo embora", essas coisas que a gente aprende em casa. Sério que já tive a vontade de dizer que existem pessoas mal-educadas que nem bom-dia falam, mas deixei quieto pra não dar confusão), olham para você de cima a baixo, chegando ao ponto de power harassment ou "pawahara". Tirando superiores que eles cumprimentam e ainda te olham na cara pra saber quem é.

Não quero desanimar ninguém contando isso, toda tentativa é válida mesmo assim. Mesmo a gente acabar voltando pra casa chorando de raiva, mas muitas vezes alivia a tensão que temos diariamente. A verdade é que, quando fica a semana toda nesse estado, melhor pensar em mudar de rumo novamente. 

Porém, com calma, porque tomar decisões no estado de raiva e desespero, o resultado nunca vai ser bom. Sim, já fiz isso e o final não foi feliz. Embora desta vez eu pensei muito e pesquisei diversos lugares e diversos inori denwa e inori mail e às vezes nem uma coisa nem outra, agora eu fico me perguntando se realmente eu fiz a coisa certa...

Quem me conhece, sabe que eu não sou de desistir logo no primeiro dia. Aquelas que vai tentando até onde der, ou até onde vamos parar. De repente, vai que, da noite pro dia tudo acaba mudando (pra melhor ou pra pior). Mas, infelizmente a vida é assim mesmo: cheio de altos e baixos, e cabe a cada um de nós enfrentar do modo que melhor tiver, desde que não prejudique mais ninguém, nem a nós mesmos.

Foto: da autora. Um dia em que fui para Ichinomiya resolver algumas coisas e na volta passei perto de um parquinho, onde fizeram um tipo de balanço em forma de tempurá de camarão (???????), e isso saiu até no noticiário local uns meses atrás.

Comments

  1. Oiee Kiyomi! Eu de novo!
    Achei essa postagem tão prazerosa de ler (aliás todas suas postagens são muito legais de ler), adoro esse estilo de assunto de reflexão a vida, na minha opinião, quando fiz algo certo é sempre quando dá resultado bom pra vc mesma. E fico admirada por vc ter tentado até conseguir, nessas coisas acho que vc fez certo.

    Gente que saudades de ir nessas pracinhas do japão, e muito icônico esses brinquedos com formato de Ebi-furai kkkkkkk

    Kiss
    Tsuki no Shita

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    1. Oiee, PaMu!!! Feliz em receber recado!
      Meldeus, minhas postagens são como a autora, tudo no aleatório hahahaha.
      Sou do tipo de pessoa que só desiste quando não tem mais jeito MESMO, ou quando minha paciência chegou no limite e parar por aí antes que tenha consequências piores.
      Ou se sairem comigo, aí seria outra história.

      Acredita que foi só AGORA que descobri esses brinquedos em forma de ebi-furai??? Tudo porque um programa local mostrou esses brinquedos num parque aleatório em Nagoya!
      Sinal que eu preciso prestar mais atenção nessas coisas.

      Beijão!!

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