Postagem especial do mês do LGBTQIA+. Se você caro leitor não curte temática BL (Boys Love), tem preconceito com amor entre pessoas do mesmo sexo, então pode sair desta página e fazer outra coisa.
Algumas emissoras de um bom tempinho para cá estão investindo em temas LGBTQIA+ (por favor, me corrijam se estiver errado) nos doramas. O boom veio com a série "Ossan's Love" e daí por diante foi ladeira acima.
No quesito manga, basta dar uma ida na livraria e a estante na categoria BL (Boys Love) chega a ter mais de duas prateleiras compridas e daquelas que vão até o teto. Isso quando a gente acaba encontrando título BL na seção Josei ou Otona, sim essas coisas acontecem...
Voltando à vaca congelada e sem mais delongas, vou listar alguns doramas com temática LGBTQIA+ que andei assistindo mas resenha que é bom... (Eu sei que tem muitos, se tiverem, por favor me indiquem, eu antecipadamente agradeço)
1. Kieta Hatsukoi (2021): Baseado no mangá do mesmo nome por Wataru Hinekure e Aruko, um mal-entendido em uma borracha, acaba virando uma história de amor colegial e comédia entre Sota Aoki e Kosuke Ida. Curiosamente, o manga foi publicado em uma revista shoujo, então quando fossemos comprar o tankobon, nem adiantava procurar na seção BL, porque estava na seção shoujo. E a versão live-action foi transmitido na temporada de outono de 2021 na TV Asahi aos sábados tardão da noite, tendo Shunsuke Michieda (Naniwa Danshi) e Ren Meguro (Snow Man) nos papéis principais, e teve até supervisão de ativista LGBTQIA+.
3. Bokura no Shokutaku (2023): Tudo começou com um onigiri em um parque. Yutaka Hozumi costumava comer sozinho devido a um trauma de infância, quando um menino - Tane Ueda - aparece e pede o onigiri (que era deveras enorme) e vem o irmão mais velho - Minoru - dar bronca, mas no fim pede para Yutaka ensinar como fazer um onigiri gostoso, já que o menino reclama que a comida que o irmão faz é ruim. Com as constantes idas na casa dos Ueda, Yutaka aos poucos começa a superar o trauma de fazer refeições com mais pessoas e, tanto ele como Minoru começam a ter sentimentos além da amizade. Baseado no manga do mesmo nome escrito e ilustrado por Ori Mita e publicado em volume único pela editora Gentosha (foi publicado na revista Rutile em 2015 a 2017), é uma história BL, sim, mas daqueles de aquecer o coração e o estômago, porque envolve muitas refeições. O dorama foi transmitido na temporada de primavera de 2023 pela BS-TBS as 23h, com Atsuhiro Inukai (Yutaka Hozumi) e Hiroki Iijima (Minoru Ueda).
4. Given (2019): Uma banda amadora formada por quatro jovens estudantes que acabam formando dois casais, mas cada um com seus problemas, dilemas, angústias, dúvidas e tudo o mais, sem contar relacionamentos abusivos, perda de um grande amor, tragédias, mal-entendidos, e a música seria uma forma de escapar desses dramas. O manga escrito e ilustrado por Natsuki Kisu era publicado na revista Chèri Plus (a história foi finalizada em março deste ano), ganhou uma temporada de anime no verão de 2019 pela Fuji Television, um anime movie em 2020 e a versão dorama em 6 capítulos pela Fuji On Demand no verão de 2021. Mas muita gente prefere mil vezes o anime (eu também), sem falar que as músicas são muito boas.
Eu sei que tem mais, sim, mas esses foram o que eu consegui assistir no momento, e eu tenho uma lista enorme daqueles "ainda pra assistir", mas assim que eu conseguir, eu farei uma outra postagem oportuna (e resenha completa deles também).
No podcast Otaku No Kissaten, eles fizeram alguns episódios sobre o tema, vão nos agregadores digitais e ouçam que vale a pena.
Imagens: Chèri Plus, TV Asahi, TV Tokyo, BS-TBS, FujiTV Noitamina.
Nossa, eu sou muito desavisada... Eu to lendo Metamorphosis no Engawa a largos passos já tem muitos dias, ele é meu aconchego diário. Meu conforto. Acho essa manga um amor e me identifico com a idosa. Não sabia que tinha o drama tbm aaaaaaaaaaa. Eu adoro BL com gente mais velha e toda vez que eu assisto é um desmantelo, porque eu choro bastante, sem precisar de muita coisa. Old Fashioned cupcake num tem nadinha de mais e eu passei horas morrendo de chorar, mesmo já tendo lido o manga e percebido muito tempo depois que já tinha lido... Eu leio deliberadamente e quando me assusto, tem um filme e cia. Tbm tenho uma lista enorme de BLs que pretendo assistir, mas é tudo muito esporádico, ainda que constante. Nem sempre eu sigo a lista, mas vou adicionar suas indicações.
ReplyDeleteMuito bom saber que não se usa yaoi, apesar de eu tbm usar BL pra tudo, normalmente essa é a categoria onde se acha manga pra ler nos sites que eu tenho acesso (infelizmente sem renda pra físicos). Não me importo com o uso do termo yaoi tbm, mas sempre rola polêmica com o tema e maus entendidos.
Duvida: Nunca se usou yaoi ou pararam de usar de uns tempos pra cá? Pq no geral, a gente tem acesso a coisas do Japão que já tão desatualizadas, mas chegam aqui como se fossem típicos da cultura e praticadas por todos, quando na verdade é só uma má tradução ou algo específico de uma cidade, por exemplo. To dando um exemplo genérico aqui. Daí sempre chega informações sensacionalistas do tom: "Na ilha exótica do Japão as pessoas fazem assim e assado, pensam desse jeito e comem isso".
Oi Lana
DeleteMetamorphosis no Engawa foi filme e foi exibido no ano passado. Era para eu ter assistido no cinema, mas o filme foi exibido num cinema longe de onde eu morava, então eu acabei assistindo depois quando saiu no Prime (mesmo tendo que pagar a parte, mas acaba sendo mais barato do que eu ter ido no cinema).
É que no Japão ninguém usa o termo yaoi mais. É tudo BL mesmo. Tanto que nas livrarias é BL, porque yaoi caiu em desuso e se perguntarem pra quaSobrlquer fujoshi aqui, dizem que o termo não se usa mais. Tanto que aqui, tudo é BL manga.
Sobre coisas otaku no Japão, eu aconselho a ouvir o podcast Otaku no Kissaten. Eles trazem muitas informações sobre mundo otaku em geral e outras curiosidades do Japão sob o ponto de vista de quem mora aqui.
Agora, essas informações sensacionalistas vêm de gente que nunca morou aqui, nao sabe nada daqui e querem apenas ganhar likes.
Abraços.