Depois de uma semana que foi pior descrita no primeiro verso da música "A Hard Day's Night" dos meus ídolos mor Beatles (aquela - "foi uma noite de um dia duro/ e trabalhei adoidado/ foi uma noite de um dia duro/ e andei dormindo feito uma pedra"), espero que daqui para frente a tendência será melhorar, embora tenha um exame médico marcado em junho (pra depois marcar uma cirurgia, mas calma, nada grave).
A última semana foi trabalho até no sábado (algo já programado desde março), e nesse horário invertido, domingo foi o único dia que folguei que precisei para fazer tudo o que precisava - oftalmologista, date com namorido a base de junk food e compras no supermercado - e meu relógio biológico que já estava zoado, piorou e acabei dormindo na hora que não era pra dormir e na hora que precisava dormir, custei a pegar no sono. Resultado, três dias que trabalhei a base de café preto sem açúcar, pois energéticos para mim não surtem resultado.
Nas poucas horas que tenho antes de dormir, ou eu assistia aos programas de variedades atrasados (porque a maioria passa à noite) ou eu tirava uma hora para estudar, já que JLPT só em dezembro mesmo. Isso quando não "apagava" de vez tamanho o cansaço que caía mais por causa do meu relógio biológico já zoado por causa de um dia apenas de folga que tive.
Daí andei tendo umas indiretas nas redes nada sociais sobre o fato de "assistir doramas em tempo real", já que desde março estou assistindo tudo atrasado, até mesmo os programas de finais de semana. Culpa minha que eu andei falando isso mesmo, agora aguenta essa gente tacando indireta (ou seja, antes eu ter ficado quieta).
Outra indireta que andei recebendo nessas redes, é que não interajo mais nas brincadeiras de música ou filme, dorama, whatever. Primeiro, que meu tempo anda meio apertado por causa do horário mesmo, e segundo, sei que se posta de um jeito, quem administra a brincadeira fala que tem que ser do outro do jeito que quer, aí vira um inferno. Então, antes de postar a brincadeira, posta as regras antes oras.
Ah, o trabalho... tirando pessoas que sei lá porque cargas d'água estão fazendo aqui, do tipo, faz "corpo mole" pra trabalhar e acaba atrapalhando quem realmente quer trabalhar. Gente assim existe em tudo o que é lugar, é verdade, mas o pessoal "mais novo" acha que trabalhar aqui é igual no Brasil, sei lá, mas que é uma falta de respeito com os demais, isso é. E todo mundo já cansou de reclamar, e só piora. Achamos que, pra melhorar é uma medida drástica - não renovar o contrato de trabalho -, mas vai que de repente vem gente pior...
Uns meses atrás, uma novata veio perguntar para nós se o pessoal que mora aqui se divorcia. Bem, isso existe em qualquer lugar. Pois é... um casal novo, um ano de casados, vieram para cá e o marido odiou aqui. Sei que ninguém é obrigado a gostar, mas tem gente que acaba acostumando ou acaba pegando raiva de vez ao ponto de pedir divórcio e não renovar mais o visto de permanência.
Até aí tudo bem, mas o problema é que o rapaz nem está ligando pro trabalho, atrapalha os demais, e já cansaram de dar advertência. Mas como não vai renovar o visto, automaticamente o contrato também não. O jeito é todo mundo aguentar mais alguns dias, isso se até lá ninguém surtar antes e perder o réu primário. Mas que muitas vezes dá vontade de soltar uns impropérios e mandar calar a boca durante o trabalho, ah, isso dá, porque se nem pedindo com educação adianta...
Mas vamos lá, melhor eu também nem esquentar mais a cabeça com essas coisas - é eu fazer meu trabalho, cuidar da minha vida, e estar de consciência tranquila. E novamente como disseram os Beatles em "We Can Work It Out", a vida é muito curta e não temos tempo pra briga e intriga.
*O título seria, "sem tempo pra futilidades".
Foto: da autora, no Andersen Cafe na estação de Nagoya, quando fui em março.
Comments
Post a Comment