Ignorar é melhor do que retrucar

Isso vai de cada um e depende muito da situação... 

(Se bem que existem horas e momentos que a gente tem a vontade de perder o réu primário sem dó nem piedade, sabem.)

Desde que eu mudei de turno, até uns bons meses atrás estava tudo bem no trabalho, mas no âmbito "ter alguém pra conversar", eu estava me policiando muito dado às experiências nada agradáveis que tive anteriormente, então estava mais no meu canto e às vezes conversando rapidamente com uma Tiara* na ida pro almoço quando ainda eu estava no período diurno. 

(*Tiara = nome dado aos fãs e fandom do grupo King & Prince. No caso de fã ser homem, eles se denominam "osu tiara".)

Mas no turno noturno eu trocava algumas palavras com o pessoal que veio do mesmo turno que eu (os veteranos e alguns que entraram meses depois de mim), mas nada de forçar a amizade como eu fiz no passado e quebrei muito a cara. Resolvi deixar o barco andar.

Nessas de deixar o barco andando, durante os intervalos do trabalho e por um bom tempo a gente encerrava mais cedo (mas tinha que ficar até o horário de saída), comecei a conversar com alguns novatos mais porque não tinha o que fazer mesmo. Se a pessoa ia querer conversar comigo, ou não, eu já arcaria com as conseqüências e de alguma forma aconteceu.

Com o tempo, algumas pessoas passaram a conversar mais comigo, talvez algumas tenham a mesma faixa etária ou perto disso. Mesmo gente um pouco mais nova também volta e meia conversavam mas nada forçado. 

Se tem uma coisa que eu não gosto, é brincadeira de mau gosto. E quem não gosta, certo? E ainda depende da pessoa - se a pessoa vê que não gostei, ela pede desculpas, o que é normal para mim. Ou quando faz uma brincadeira, muitas vezes nem é por maldade, é por ingenuidade mesmo (ainda mais se tratando de pessoas que chegaram aqui pela primeira vez, acontece).

Mas existem pessoas sem um pingo de noção tanto no trabalho como na vida que dá vontade de falar algumas verdades, mas melhor poupar a língua e os ouvidos, ou tudo pode conspirar contra você mesma. Por isso que passei a ignorar do que dar atenção, porque afinal, é isso que esse tipo de pessoa quer - atenção.

Sei que existem pessoas que ficam carentes quando vêm parar em algum lugar a milhas longe da família, amigos e tals, mas como cada pessoa tem seu modo de vida, existem aquelas que preferem fazer tudo sozinhas como existem aquelas que demandam atenção. Eu já fui o tipo da segunda pessoa, não é nada legal, por isso passei a ser aquela que se vira nos trinta para fazer as coisas. Do tipo que já me deram a indireta direta: se vira, você não é quadrado.

O duro quando se lida com gente que para ela tem que ser o centro das atenções. Nem leonino chega a esse ponto. Mas conheço gente que apela pra ser puxa-saco de líder, se aproxima de gente veterana para ver se é aceita no grupo (porque comigo isso não vira - não adianta tentar se enturmar num grupo já feito e não sei nem puxar conversa ainda mais puxar saco de alguém).

Antes que muita gente fale que eu tenho inveja coisa e tal, vou logo avisando - não tenho inveja de gente que quer se dar bem em tudo, me dá é raiva que, a gente faz tudo bonitinho, certinho, respeita as ordens, cumpre as regras e no fim levamos esporro e nunca temos nossos esforços reconhecidos, sendo que tem gente folgada que nada acontece. É, a vida tem dessas coisas mesmo.

Mas eu estou ignorando muita coisa ao meu redor. Faço meu trabalho e acabou. Dou atenção para quem realmente merece, que sempre pede com educação e agradece. Como dizem, gentileza gera gentileza e isso vem da educação de cada um. Pelo menos em casa fui educada para nunca ser ingrata e agradecer pelo que tem, especialmente saúde.

Imagem: FB Minions Sinceros

Comments

  1. eu corto logo o pacote da bolacha, da menos trabalho. com passar do tempo a gente vai aprendendo que nao precisamos provar que estamos certo o tempo todo.

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