A Outra Metade do Ano

Ou: Carai! O ano já acabou!

No meu texto referente ao primeiro semestre de ano, fiz uma pequena retrospectiva que aconteceu e que fiz (ou deixei de fazer). Agora, meio com atraso, porque eu também merecia descansar de tudo, ao menos uma semana de folga, carambolas, eu venho terminar o ano que passou. Lá vai...

Julho: Mês que fico um ano mais velha, fico com mais cabelos brancos e neurônios de menos. Torna-se cada vez mais perigoso viajar de avião, vide o que aconteceu em São Paulo. Verão com sol de rachar. Em Saitama chegou a mais de 40 graus. Não fui me esturricar na praia de Enoshima por dois motivos: o trauma que sofri há seis anos atrás que quase fui parar no pronto-socorro por insolação e não encontrei biquini que me caísse bem. Só caíam as banhas.

Agosto: Ainda comendo mais pão, e o sol a pino. O ruim de morar perto da praia é que o ar fica com ares de melado. E haja banho. E sorvete também. Aliás, passei o verão todo tomando sorvete. Mês de finados aqui. Só que a gente trabalhou pior que coveiro em dia de enterro coletivo. Como disse no Golden Week - melhor garantir o piggy-bank forradinho do que chorar por ter gasto tanto e não sobrou nem pro café.

Setembro: Estou tentando lembrar o que fiz neste mês. Lembrei: fui no Festival do Brasil com a galera mais kinguio perto do Meiji Koen. Primo do kinguio internado com a perna engessada. O fenômeno "oshirikajiri mushi". Pintei sozinha os cabelos, mas retocar é um... E o outono chegou, as folhas mudam de côr, como todo ano.

Outubro: Não vi a Grande Abóbora, acho que não fui uma boa criança neste ano. Pudera, foi o mês que quase perdi a paciência no Departamento. Com os ouvintes que ligavam mandando a gente praquele lugar. Fico me perguntando se lá é tão bom assim. Mas de quem foi a culpa afinal? Nunca tomei tanto chá de camomila em toda a minha vida. O duro foi depois que tive que ir ao banheiro direto.

Novembro: Meu velho e bom celular sofreu um pequeno acidente envolvendo usuária desastrada e pressa. Acabei trocando por um que tem até transmissão de TV. Só que assistir a novelinha do Masha foi um martírio: segunda-feira dia da novela com ele, foi o dia que eu saía do trabalho depois que a novela acabou! Troquei de óculos e criei vergonha na cara e comecei a freqüentar academia. Uma pena que no meio do mês seguinte tive que mudar pois onde ia fechou pra reforma geral até março de 2008. Ah, sim. Fui na liquidação em Ikebukuro e como sempre nunca aprendo, saí pisoteada, amassada e descabelada. Lembrei: Tricolor é Penta!

Dezembro: Oba, o ano está acabando, mas o serviço e reclamações continuam piores do que nunca. Haja chocolate. Agora pra aplacar a Catarina que me habita e reclama quando não é saciada. Não consegui comprar ingresso pra ver o Brasil fazer muito mais bonito no vôlei masculino em Tóquio! Confratenização de final de ano numa boa churrascaria em Shibuya. Voltei com uma baita dor-de-cabeça devido a uma combinação de cassis-orange com caipirinha. Nunca mais. Assisti "Tropa de Elite". Assisti "Ratatouille". Não consigo locar "Little Miss Sunshine". Trabalhei no dia de Natal, ninguém merece. Tirando kinguio e meus amigos, os clientes não nos desejaram Feliz Natal. Trabalhei até o dia 30. Peguei resfriado mas mesmo assim fui ao Minato Mirai ver o projeto de fogos e comer MegaTomato do méqui no Yamashita Koen. E no meio do caminho assistindo o "Kouhaku Utagassen" quando a gente parava nos semáforos ( e os homens ganharam. Bem que achei que botar um grupo de 48 meninas vestidas iguais parecendo as Momosu coisa boa não ia dar). Dormi pra acordar no ano seguinte com esperança de vida nova e de que tudo vai dar certo.

... até que justo no primeira noite do ano um #$%&\*@ dos infernos acertou a traseira do nosso carro no estacionamento e fugiu. Se estivéssemos por perto, juro que chamava a polícia.

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