Teste de Proeficiência pra que serve mesmo?

Para quem não lembra, eu havia prestado pela enésima vez o famoso JLPT ou Teste de Proeficiência em Língua Japonesa no final de dezembro passado. E logo que acabou o feriado de fevereiro, recebi o cartão postal da instituição que faz as provas, e eu já sabia o resultado, porque como eu mesma havia informado, depois que eu tinha terminado a prova, eu tinha a certeza que até julho vou ter me afundar nos livros e usar material didático que eu tiver ao meu alcance, se eu quiser passar no N2.

E naquela postagem que coloquei o link já expliquei o motivo de eu conseguir esse bendito certificado de que tenho N2.

Em outras palavras, consegui apenas 40% de pontuação.

Ou seja, não foi dessa vez.

No que para muita gente seria motivo de chorar, jogar os livros pela janela e tacar fogo, no meu caso, bora levantar a cabeça e estudar, porque eu já estava ciente do resultado quando a prova terminou. E nem era pessimismo, era a realidade.

Daí que muita gente perguntaria para mim, por que raios estou tentando prestar exame pra conseguir um certificado? Ainda mais na idade que estou? Nunca é tarde para mudar de vida, claro. E isso muita gente deve estar cansado de saber (mas nunca de tentar).

Nunca neguei que tive meus momentos de desânimo, daqueles que nem pra assistir um noticiário pra ver previsão tempo eu prestava. Mas era uma fase que logo passava (pode ser em minutos, mas também pode ser uma semana), e conseguia voltar ao meu ritmo normal. 

Sobre estudar para o N2, como mencionei, estou usando os recursos que tenho ao meu alcance, porque fazer curso em uma escola de idiomas, eu já procurei e a maioria é em tempo integral, dia de semana e o pacote completo custa três vezes a passagem de ida e volta para o Brasil na classe executiva. E se tem em entidades mantidas pela prefeitura, seriam somente durante a semana.

Como disse, quem consegue estudar nesses lugares, ou é bolsista estrangeiro que consegue bom desconto, ou mora com a família que sustenta, porque não é possível. Bem, possível é, mas só se eu trabalhasse em algum lugar que minha folga fosse em dia de semana, e mesmo assim seria na base de muita negociação, como aconteceu quando fiz, ou melhor, tentei fazer, o curso de língua japonesa para negócios, aka, "keigo". Se eu contar o motivo de "tentei fazer", vou acabar chorando.

Mas também têm horas que eu fico me perguntando pra que serve o teste de proeficiência, sendo que no teste não tem prova de conversação, pelo menos os que andei fazendo. E conversação é o que mais a gente precisa no nosso cotidiano, desde cumprimentar o vizinho até resolver problemas espinhosos na prefeitura, banco e imigração, por exemplo.

Aquelas: melhor eu parar de questionar muito, e ter foco para ver se ainda este ano consigo obter esse bendito certificado, porque ficar no mesmo lugar não dá muito certo, não...

Foto: da autora, em um dos meus muitos rolês solitários.

Comments

  1. Forças! Você consegue sim! Nos falta privilégio, mas força de vontade temos!

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    1. Que Ele nos ouça, porque olha, não sei de onde arranco tanta disposição para tanto.

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