De julho a setembro, minhas idas ao cinema foram mais ou menos, o mesmo não posso dizer no quesito de streamings, porque trabalhar no período noturno, chego em casa na manhã, não consigo fazer nada que preste, menos limpar a casa e lavar roupa, porque realmente trabalhar à noite já é cansativo, e no verão, dormir durante à tarde é sufocante.
Como disse, fui eu quem escolheu, agora aguenta. O duro é que agora minhas mãos deram de travar e estou à base de remédios pra ver se ameniza as dores, minha pressão sanguínea vive caindo ao ponto de eu ter que parar o que estou fazendo e ficar uns minutos quieta num canto pra ver se volto ao normal e meu exame médico anual me fez passar a manhãzinha no cardiologista...
Agosto não fui ao cinema, mas em compensação fui mais em eventos e exposições. Aí chega outubro, tem uma pancada de filmes que você está interessado em assistir, haja fundos e pipoca.
1. Baban Baban Ban Vampire (2025): Baseado no manga do mesmo nome escrito e ilustrado por Hiromasa Okujima, é uma comédia sobre um vampiro que trabalha numa casa de banhos e o filho do dono que o salvou. Ranmaru Mori, um vampiro de 450 anos de idade, é salvo por Rihito Tatsuno, filho do dono de uma casa de banhos. Em agradecimento, Ranmaru passa a trabalhar para o local em troca de casa e comida, e protege o menino Rihito das maldades do mundo. Mas mal sabe o menino inocente e bonzinho que, quando completar 18 anos, vai virar almoço de Ranmaru, que se alimenta principalmente de sangue de rapazes virgens maiores de idade. A confusão se torna maior quando Rihito se apaixona pela colega de classe e o professor dele é um caçador de vampiros disfarçado.
Na verdade, o filme era para ter sido lançado em fevereiro, mas devido a um mal-entendido com Ryo Yoshizawa no final do ano passado, adiaram para julho (mas teve a versão anime na temporada de inverno), e já saiu no Prime Video. No elenco, além de Yoshizawa que interpreta o vampiro protetor de sua refeição, inclui Rihito Itagaki, Nanoka Hara, Mandy Sekiguchi, Shinnosuke Mitsushima, Gordon Maeda, Takuma Otoo e participações especiais de Shotaro Mamiya, Ahn Mika, Louis Kurihara e Aoki Macho.
PS: Não leve o filme a sério haha.
2. Jiko Bukken Zoku Kowai Madori (2025): Yahiro Kuwata era um operário de uma metalurgia que decide ir para Tóquio para tentar a carreira de humorista. Por indicação de seu líder, vai para uma agência de talentos que fica num lugar decadente, e Yahiro quer ser "talento de residências estigmatizadas". Antes disso, consegue alguns trabalhos como extra em filmes e comerciais até que consegue participar de um programa sobre fenômenos sobrenaturais.
Baseado nos livros "Jiko Bukken Kowai Madori" de Tanishi Matsubara, que ele próprio descreve suas experiências em morar temporariamente em casas estigmatizadas, o filme seria como se fosse uma "segunda temporada" do filme anterior de 2020. No elenco, Shota Watanabe (Snow Man), Mei Hata, Kotarou Yoshida, Kenichi Takito e participação especial de Kazuya Kamenashi (que protagonizou na versão de 2020).
PS: Casas estigmatizadas seriam aquelas em que o residente anterior deixou de viver ou de forma trágica ou de doença ou de solidão. Por lei, ao menos no Japão, as imobiliárias têm que informar ao futuro inquilino que aconteceu algo errado na residência, e essas casas geralmente têm o valor do aluguel mais baixo e taxas reduzidas.
3. Black Showman (2025): Prestes a se casar, Mayo Kamio recebe um telefonema da polícia informando que seu pai, Eiichi, havia falecido. Ao chegar na cidade natal, Mayo descobre que seu pai foi assassinado e a polícia estaria investigando a causa. Repentinamente, aparece Takeshi Kamio, tio de Mayo e irmão mais novo de Eiichi, e, por conta própria resolve investigar quem foram os reais assassinos de seu irmão. No passado, Takeshi era um mágico famoso no exterior e hoje tem um bar temático de mágica em Ebisu. A princípio meio a contragosto, Mayo resolve ajudar o tio, conversando com os seus ex-colegas de escola que ainda moravam na cidade.
Baseado no livro "Black Showman and the Murder in an Obscure Town" de Keigo Higashino, a história segue a linha investigativa, como aconteceu em suas obras anteriores - a série "Galileo" e "Ryuusei no Kizuna". No elenco, Masaharu Fukuyama (que já havia protagonizado em uma das mais famosas séries, "Galileo"), Kasumi Arimura, Tooru Nakamura, Atsushi Ito, Ryo Narita, Erika Ikuta, Sae Okazaki, Atsuhiro Inukai, Subaru Kimura, Katsuhisa Namase, Mari Hamada.
PS: Entretenimento com investigação, é interessante quando o verdadeiro culpado é quem menos a gente espera. Mas a parte de mágica, por favor ninguém tente fazer por conta.
4. Exit 8 - 8 Ban Deguchi (2025): Um homem acaba ficando perdido no subsolo do metrô e para sair, tem que encontrar a saída número 8. Mas se depara com as seguintes regras:
- Não olhe além do normal
- Se encontrar algo errado, volte imediatamente
- Se não, continue
- Saia pela saída número 8.
Parece fácil, mas existem obstáculos e mudanças que acabam fazendo o homem perdido ficar numa procura sem fim. Mas será que uma hora ele vai encontrar a saída?
O filme foi baseado em um game do mesmo nome, criado pela Kotake Create. Inclusive no canal do You Tube administrado por Daiki Arioka - "Hokugo Game" - ele e outros membros da agência chegaram a jogar "The Exit 8". O diretor Genki Kawamura dirigiu e co-roteirizou o filme, que tem Kazunari Ninomiya (que cooperou no roteiro do filme), Nana Komatsu, Yamato Kochi, Naru Asanuma e Kotone Hanase. Antes do filme estreiar no Japão, fez parte do Festival de Cannes de 2025 na parte do Midnight Screenings e ganhou o prêmio de melhor poster design.
Sempre falo para mim mesma que eu deveria também assistir aos filmes que saem nos streamings, já que assino, mas vida real que chama e enquanto eu estiver nesse horário doido que eu escolhi, restam os finais de semana e feriados (isso quando não chamam para trabalhar nos feriados), e a lista vai acumulando junto com os doramas das temporadas.
Mas confesso que estou indo muito mais ao cinema do que na época que eu morava no Brasil, se bem que onde eu morava os cinemas fecharam, tinha que apelar para as videolocadoras, no máximo era ir assistir na cidade vizinha. Acho que estou descontando os anos que não ia ao cinema agora...
E depois tem gente que vive chorando pelos cantos que não consegue viver aqui... (se bem que isso vem de cada um, nem dá pra julgar, sabem)
Imagens: Shochiku, Toho Movies.
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